Nov 28, 2024

Mais dois sindicatos elegem chapas fupistas. Das nove eleições, FUP venceu sete

Petroleiros estão respondendo nas urnas a aliança espúria do PSTU com gerentes tucanos

Foram concluídos na noite desta sexta-feira, 09, mais dois processos eleitorais em sindicatos petroleiros (MG e PR/SC) e, mais uma vez, a FUP foi referendada nas bases pelos trabalhadores. No Sindipetro-MG, os petroleiros rejeitaram massivamente o projeto político do PSTU e de seus aliados, que há oito anos vêm tentando minar a unidade nacional da categoria. Com 72% dos votos, a Chapa 1, apoiada pela FUP, CUT e CTB derrotou a chapa divisionista. Dos 943 trabalhadores que compareceram às urnas ao longo da semana, 658 votaram na Chapa 1 e apenas 264 escolheram a Chapa 2, composta pelo PSTU. Foram registrados cinco votos brancos e 16 votos nulos. O diretor da FUP, Leopoldino Martins, foi reeleito coordenador do Sindipetro-MG.

No Sindipetro-PR/SC, os petroleiros rejeitaram veementemente a tentativa do PSTU de formar uma chapa oposicionista e encerraram nesta sexta-feira a eleição que referendou com 95,8% dos votos a chapa única fupista. O atual presidente do Sindipetro, Silvaney Bernardes, foi reeleito. A Chapa única – Unidade e Renovação - é formada por membros da atual diretoria, mas 40% de seus integrantes são de novos militantes. 

Das nove eleições sindicais realizadas desde dezembro do ano passado, a FUP venceu sete. Além de Minas gerais e Paraná/Santa Catarina, os trabalhadores elegeram chapas fupistas também nos Sindipetros Espírito Santo, Rio Grande do Sul, Bahia, PE/PB e Amazonas. Outra importante eleição segue em curso no Sindipetro-NF, onde a FUP, CUT e CTB apoiam a Chapa 1 - Avançar com segurança. A votação prossegue até o dia 23.

Além de fortalecerem a unidade nacional, através da FUP, os petroleiros estão se manifestando nas urnas contra as alianças espúrias dos divisionistas. Não é de hoje a parceria deles com o que há de mais retrógado na gestão da Petrobrás. Entre seus principais aliados, estão gerentes tucanos e dirigentes de associações de aposentados famosos por servirem de correia de transmissão para a direita da empresa.

Esse, portanto, éo momento de avaliar os compromissos e a atuação dos que pleiteiam liderar as lutas da categoria. Vamos eleger direções sindicais classistas, que de fato defendam os interesses dos petroleiros, seja nos fóruns de negociação ou nos embates diários com os gerentes.  

 FUP

“Direita e mídia querem tirar a Petrobrás do posto de operadora única do pré-sal”

Trabalhadores e trabalhadoras da FUP e seus sindicatos programam um ato nacional em defesa da Petrobrás para a próxima quinta-feira (15), às 10h, em frente à sede da estatal no Rio de Janeiro. O principal objetivo é mostrar a importância da empresa pública para os trabalhadores no Brasil, contrapondo os ataques maciços realizados pela grande imprensa.

 

“[A Petrobrás] é uma empresa que tem impulsionado o desenvolvimento e o crescimento do país. As investigações precisam ocorrer, mas isso não pode fazer com que a empresa seja prejudicada. Ela é patrimônio da sociedade brasileira”, lembra o diretor da Executiva Nacional da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Roni Anderson Barbosa, em referência às denúncias contra a estatal.

 

O diretor executivo aponta, ainda, o papel central da Petrobrás em vários setores da economia brasileira. Segundo o petroleiro, o ataque do movimento conservador tem interesse eleitoral. “Querem colocar a Petrobrás como uma forma de atacar Governo Federal, atacar a presidenta Dilma. E pouco interesse apresentam, de fato, pela Petrobrás”, complementa. Para ele, a empresa tem papel central na vida de categorias trabalhistas como metalúrgicos, petroleiros e indústria naval, e não deve servir para ataques eleitorais.

 

No passado, tentou vendê-la; agora, diz defendê-la

“Nós sabemos que a direita que ataca a Petrobrás, e quer fazer a CPI agora, quis vendê-la no passado. Precarizou a empresa, diminuiu número de trabalhadores, tomou decisões muito ruins e fez o contrário do que diz que quer fazer agora”, destaca Roni. Para ele, os ataques tem estreita relação com o pré-sal e com as eleições.  “A direita e a mídia golpista querem mudar a legislação e tirar a Petrobrás de ser a operadora única do pré-sal. Por isso faremos essa defesa.”

 

O movimento também contará com a CUT, CTB, UNE e Via Campesina, e pretende reunir cinco mil pessoas.  

 

Outras regiões

Também no dia 15, haverá uma manifestação pela Petrobrás em Recife, em frente à sede administrativa da estatal. Na semana seguinte, no dia 27 de maio, será a vez dos trabalhadores e movimentos sociais de São Paulo.

 

*com informações da Rádio CUT e FUP

Mês das Mães também é mês de lutas!

Em 2006, no Estado de São Paulo, aconteceu uma das maiores chacinas já vistas em nosso país. Durante uma semana, mais precisamente entre os dias 12 e 20 de maio, policiais e grupos paramilitares de extermínio assassinaram, aproximadamente, 532 jovens de periferias paulistas. Na época, a imprensa divulgou o massacre como uma “resposta” aos ataques do PCC, mas o que ocorreu foi uma verdadeira matança de trabalhadores pobres, negros e moradores de periferia, vítimas históricas da violência do Estado brasileiro. Os relatos de moradores dão conta que, entre aqueles dias, a cidade de São Paulo estava um caos. A polícia não queria a população na rua e, por isso, deu o toque de recolher. Para ela, quem estivesse na rua depois do horário determinado era considerado inimigo e assim, muitos jovens inocentes foram tratados como bandidos e tiveram suas vidas abreviadas.

 

Para lutar contra a injustiça e a impunidade dos responsáveis pela tragédia que ocorreu na semana em que se comemora o Dia das Mães, familiares e amigos das vítimas se organizaram no Movimento das Mães de Maio. O objetivo do Movimento é que mude a política de segurança pública do Estado, que hoje é de repressão e extermínio. A luta das mães é a luta pela democracia, ética na polícia e para que seja banido dos boletins de ocorrência o auto de resistência e a resistência seguida de morte, onde a maioria desses casos acabam em inquéritos arquivados.

 

O mês das mães é um mês de lutas. E parafraseado a Presidenta Dilma Rousseff: “Porque a história de um grande país não se faz com uma juventude sendo objeto de violência. Se faz com a juventude viva...” Que mães e filhos  possam viver em paz, com dignidade e esperança, juntos, lutando por um país melhor.

 

 

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