Nov 28, 2024

Mais Mulheres na Política

No último dia 25, ocorreu na Assembleia Legislativa o lançamento da campanha nacional Mais Mulheres na Política. O evento, que tem o apoio da ONU, contou com a presença de mulheres com cargo no poder legislativo e executivo, nos âmbitos federal, estadual e municipal. As representantes do PCdoB, PMDB, PT, PDT, PP, PDT, PSDB, PPS e PSB apresentaram suas experiências e dificuldades que enfrentaram e continuam enfrentado para exercer a função política.

Apesar das divergências ideológicas, elas foram unânimes quando o assunto é participação das mulheres na política. "Se, somos aproximadamente 50% da população, por que nas instâncias de poder somos, em média 10%?"

A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) destacou que o nosso país ocupa posições vergonhosas quanto à participação das mulheres no poder Legislativo. No mundo, entre 188 países, ocupamos a 124ª posição. Dentre os 20 países latino-americanos, só estamos a frente do Haiti, nesta situação. As mexicanas, por exemplo, ocupam 37% das vagas em seu parlamento, e as argentinas 36%.

 As principais barreiras apontadas por elas são:

· Desestímulo da participação em geral, mas, sobretudo das mulheres, nos espaços de poder;

· A sobrecarga social que as mulheres vivem com acúmulo de tarefas de cuidados (lar, filhos, idosos) e trabalho externo ao lar.

As mulheres que vencem essas barreiras e decidem ingressar na política enfrentam:

·O preconceito da sociedade, da família e dentro dos partidos;

·Não recebem apoio dos partidos para tornar suas candidaturas viáveis, como verba e tempo de TV para as campanhas;

· Para cumprir a cota de 30% de gênero, os partidos requisitam “laranjas” que tiram o espaço das que efetivamente querem concorrer.

Por isso, elas se posicionaram contra o financiamento empresarial de campanha e o voto distrital, pois eles favorecem os candidatos com maior poder econômico.

Na mesma semana, vimos o congresso apressar a discussão da reforma política e colocar em pauta justamente esses temas. Ficou evidente que os deputados estão legislando em causa própria para se manter no poder e não permitir que aumente a pluralidade de ideias e que efetivamente se consolide a democracia em nosso país.

Leia aqui a matéria do Senado Federal sobre essa campanha que chegou ao RS na última semana.

Aposentados e Pensionistas: prazo de adesão para o pagamento dos níveis termina no dia 13 de junho

Em cumprimento ao acordo conquistado pela FUP e seus sindicatos, a Petros começou a pagar em março os níveis de 2004, 2005 e 2006, garantidos aos aposentados e pensionistas do Plano Petros, que há mais de uma década lutavam por esse direito.

Até o momento, a Petros recebeu mais de 8.000 Termos deTransação Individual e concedeu mais de 4.500 revisões de benefício, implantadas nas folhas de pagamento de abril e maio de 2015.

Entretanto, uma parcela significativa de assistidos ainda não enviou à Petros o Termo de Transação Individual, documento que formaliza a concordância com a proposta de pagamento de níveis para quem não tem processo judicial. Por isso, a FUP alerta aos assistidos que o prazo final para envio da proposta de acordo administrativo termina no dia 13 de junho.

FUP

Novas regras do seguro-desemprego são ruins para trabalhadores e governo

Em coluna na Rádio Brasil Atual, a coordenadora executiva do Dieese, Patrícia Pelatieri, comentou as novas regras de acesso ao seguro-desemprego e abono salarial, e afirma que os trabalhadores mais vulneráveis serão prejudicados. “O mercado de trabalho tem uma característica negativa, que é a rotatividade, pela qual roda anualmente na media dos setores, mais de 50% de todos os trabalhadores. Ao observar o crescimento da taxa de desemprego que vem acontecendo, nós vamos ver que essa medida de restrição deve afetar em 2015 um número ainda maior de trabalhadores.”

A economista afirma que se a medida fosse aprovada em 2014, dos 8 milhões de trabalhadores que acessaram o seguro-desemprego, cerca de 1,3 milhão seriam excluídos do programa.

Patrícia explica que além de prejudicar o trabalhador, o ajuste irá gerar déficits nos cofres públicos. “O dinheiro destinado ao trabalhador até que ele consiga uma nova profissão vai direto para o consumo. Agora, sem esse recurso, o governo economizará de um lado, mas deixará de arrecadar do outro. Num cálculo preliminar, o governo deixará de arrecadar R$ 2,2 bilhões ao ano.”

Segundo ela, os cortes reforçam uma estrutura desigual e injusta na sociedade. Para ela, o sistema tributário brasileiro é caracterizado por punir quem recebe menos. "Enquanto as famílias com até dois salários mínimos gastam quase metade de sua renda com recolhimento de tributos, as famílias com o rendimento superior a 30 salários mínimos, gastam um quarto da renda pro mesmo fim”, explica.

“O mais eficiente para o governo e mais justo para a sociedade seria fazer um ajuste tributário que incidisse mais sobre a renda e o patrimônio, com um sistema que privilegie a progressividade", diz Patrícia. "Várias propostas das centrais sindicais vão nesta direção e foram oferecidas ao governo como alternativa para sair da crise.”

Fonte: Rede Brasil Atual

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