Nov 28, 2024

FUP dá o recado para a Petrobrás: saída para a crise não é encolher

A Gerência Executiva de Desempenho Empresarial  da Petrobrás apresentou à FUP e aos seus sindicatos nessa quinta-feira (11) uma avaliação técnica sobre a situação financeira e operacional da empresa nos últimos anos. Foi uma resposta à cobrança que a Federação  fez ao presidente Aldemir Bendine para que as representações sindicais sejam ouvidas no processo de elaboração do novo planejamento estratégico da companhia.

 

Os gestores da Petrobrás compararam os resultados da estatal com os das principais  petrolíferas privadas, destacaram os impactos da queda dos preços do petróleo em todo o setor e, especificamente, nos resultados da empresa; discorreram sobre os desafios em relação ao endividamento e novos financiamentos e reforçaram a necessidade de reposicionamento da companhia.

 

A direção da FUP ressaltou que reconhece as dificuldades que a Petrobrás atravessa, principalmente em função do novo patamar dos preços do petróleo, lembrando que essa não é a primeira vez que isso ocorre e que a empresa venceu outras crises semelhantes no passado.  Os petroleiros questionaram a comparação da estatal com o setor privado, que tem interesses bem diversos ao de uma empresa pública.

 

A FUP deixou claro que  saída para a crise não é encolher e sim continuar crescendo, de forma integrada e mantendo investimentos estratégicos, inclusive, em seu corpo técnico, que tem sido o maior aliado e responsável pelos excelentes resultados operacionais da companhia. Os dirigentes sindicais destacaram a importância das mudanças estruturais nos rumos da estatal a partir de 2003, quando a empresa saiu do limbo da privatização para tornar-se uma gigante do setor e principal indutora do desenvolvimento do país.

 

"Foi em função disso que a empresa atravessou a crise de 2008, com financiamento de bancos públicos brasileiros, crescendo e levando adiante investimentos estratégicos que possibilitaram a exploração do pré-sal.  A Petrobrás pode e deve buscar soluções criativas para a atual crise que caminhem nessa direção. É fundamental que a companhia se fortaleça como uma empresa integrada de energia, comprometida com a política de conteúdo nacional para que continue gerando emprego e renda no país",  frisou o coordenador da FUP, José Maria Rangel.

Fonte: FUP

 

Professores do Paraná encerram greve histórica

Na manhã dessa terça-feira (9), mais de 10 mil pessoas participaram da assebleia que encerrou uma greve histórica de 40. Com ampla maioria dos votos, a categoria decidiu aceitar a proposta do governo do Estado e encerrar a paralisação, com o compromisso de manter a luta. Desta forma, os professores e funcionários de escolas da rede pública estadual retornam aos colégios nesta quarta-feira (10).

 

O presidente da APP-Sindicato, Hermes Leão, destacou a repercussão mundial da greve e os aspectos positivos que a resistência trouxe para a categoria. “Temos uma avaliação de um movimento vitorioso e nós vamos continuar numa luta intensa em cada local de trabalho, em cada diálogo com pais, mães, estudantes e com a sociedade. Sairemos desta greve de cabeça erguida, com condições de continuar fazendo muita luta e representando bem junto com nossos colegas trabalhadores a defesa do serviço público”, afirmou.

De acordo com ele, embora a greve esteja encerrada, a categoria manterá o estado de alerta e de luta. “Estaremos atentos e ao primeiro sinal de descompromisso do governo com os direitos ou qualquer outra medida que trate de ataque aos nossos direitos o formigueiro da APP entrará em movimento novamente”, completou. Segundo Leão, além das questões relativas aos direitos dos trabalhadores, a defesa da escola pública de qualidade permanece no centro da pauta. 

Melhorias na infraestrutura, remuneração e novos concursos públicos fazem parte dos temas que precisam ser aprofundados. “Não vamos descansar nessa luta durante os quatro anos de um governo que vê o estado como um espaço de políticas mínimas e de desmonte de direitos. Nós vamos estar de plantão, 24 horas por dia cuidando da escola pública e dos direitos dos educadores”, argumentou.

A presidenta da CUT Paraná, Regina Cruz, acredita que a categoria acertou no momento de encerrar a greve. “A sociedade paranaense está com os professores e funcionários de escola. A greve foi vitoriosa por ser um movimento de resistência, para que não fossem retirados direitos e isso com muito suor e sangue foi conquistado. A Luta continua, nunca vamos esquecer o 29 de Abril”, afirmou.

 

A proposta
A categoria aprovou 3,45% de aumento a ser pago em outubro deste ano. Já a inflação referente a 2015 será zerada em janeiro de 2016, quando será pago 8,5% de reajuste ao funcionalismo público.  A proposta foi formulada pelos deputados estaduais que negociavam em nome do Governo do Estado com a APP-Sindicato e o Fórum dos Servidores Públicos Estaduais.

 

O Governo do Estado também assumiu alguns compromissos com a categoria caso a greve fosse encerrada. Entre ele está o não lançamento das faltas e consequentemente do desconto dos dias de paralisação, a não perseguição a servidores públicos na greve inclusive diretores e PSS´s (professores contratados por regime temporário), entre outras como não dar seguimento a ação judicial contra a APP-Sindicato.

Calendário Escolar
Embora a retomada das aulas ocorra já nesta quarta-feira (10) ainda não há uma definição sobre a sequência do calendário escolar na rede pública estadual. A previsão é de que uma mesa de negociação possa definir quais serão os prazos que atendam tanto os trabalhadores quanto os estudantes. A expectativa é de que outras entidades como o Conselho Estadual de Educação e o próprio Ministério Público participem deste fórum.

 

“Calendário de reposição tem compromisso do governo de uma mesa de debate na sequência, porque precisamos olhar todas as possibilidades da forma mais adequada, que organize tantos os professores e funcionários como garanta o direito de cada estudante deste estado a um ano letivo de 2015 que traga o conjunto de conteúdos e o programa escolar a todos”, garantiu o presidente da APP-Sindicato, Hermes Leão.

Fonte: FUP

 

CUT faz ato contra terceirização no Brasil, em conferência da OIT

A CUT realizou um ato de denúncia e protesto contra o projeto de terceirização total, ontem, durante a 104ª Conferência Internacional da OIT, que está sendo realizada nesta semana, em Genebra, Suíça. A manifestação foi acompanhada e apoiada por 30 centrais sindicais de diferentes países.

 

“Nosso objetivo era mostrar à comunidade internacional a tentativa em curso no Brasil de liberar a terceirização em todos os setores e atividades da economia”, relata o secretário de Relações Internacionais da CUT, Antonio Lisboa, que coordenou a manifestação.

 

Além de dirigentes sindicais, participaram o procurador-chefe do Ministério Público do Trabalho brasileiro, Eduardo Camargo, e representantes da Anamatra (Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho).

 

A CUT estava representada também por Maria Godói de Faria, secretária-geral adjunta, por Graça Costa, secretária de Relações do Trabalho, por Junéia Martins Batista, secretária de Saúde do Trabalhador, e por Maria Júlia Reis Nogueira, secretária de Combate ao Racismo.

 

“O ato e o debate gerado reafirmaram que a terceirização do trabalho é uma estratégia internacional, não é um ato isolado do Eduardo Cunha, que é apenas um instrumento do capital”, conta Lisboa.

 

A OIT foi representada por Anna Biondi, dirigente adjunta do ACTRAV, o departamento para atividades dos trabalhadores.

 

Fonte: CUT

 

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