Nov 23, 2024

Só o voto pode salvar nosso pré-sal, a sexta maior reserva de óleo do mundo

reservas

Com a aprovação hoje na Comissão Especial da Câmara dos Deputados, por 22 votos a 5, do projeto entreguista que José Serra fez passar no Senado – em parte pelo medo-pânico do governo afastado de assumir abertamente o combate pelo pré-sal, por conta do desgaste da Petrobras – resta pouca ou nenhuma esperança de que se vá reverter o resultado no plenário,.

Embora todos os esforços devam ser feitos para obstruir e atrasar sua transformação em lei, isso será inevitável.

Como será inevitável que a recuperação do nosso petróleo terá de ser compromisso central e explícito de qualquer um que pretenda aspirar ao voto popular e nacionalista nas eleições de 2018.

Mesmo antes de pedir voto, é dever de qualquer brasileiro ou brasileira de bem exigir a retomada da propriedade da Nação sobre uma riqueza que poucos fazem ideia do tamanho que tem.

Hoje, o blog do engenheiro e professor Roberto Moraes, publica as estimativas da Rystad Energy, consultoria norueguesa especialidade em petróleo. É a imagem que reproduzo no alto do post, originalmente publicada pela Bloomberg.

Os números da Rystad, elaborados a partir de pesquisa em  60 mil campos de petróleo no planeta, ainda são modestas perto do estudo do o Instituto Nacional de Óleo e Gás da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (INOG-Uerj) que estima as reservas do pré-sal em pelo menos 176 bilhões de barris de óleo de reservas de petróleo, o que deixaria o Brasil como quarta maior reserva.

É ‘só’ isso o que este medíocres criminosos estão entregando.

Tijolaço

Participantes da VI Plenafup fazem ato em frente à afiliada da Rede Globo

Mais de cem petroleiros, estudantes e outros trabalhadores se manifestaram hoje, 7 de julho, contra o governo golpista e em repúdio a todas as tentativas de entregar o petróleo e o pré-sal para as mãos da iniciativa privada. A escolha do local do ato em frente à afiliada da TV Globo, a InterTV, foi justamente pela cobertura da TV Globo, sempre denegrindo os trabalhadores e financiando o governo golpista.

Desta forma, segundo o coordenador da FUP, Zé Maria, é necessário denunciar que os governantes estão querendo entregar o patrimônio nacional e desmoralizar os movimentos sociais. Assim, “a nossa missão é conscientizar as pessoas do período de golpe que estamos vivendo, além de fazermos uma defesa intransigente do petróleo e do pré-sal do Brasil”.

A importância da manifestação na cidade de Campos dos Goytacazes é muito representativa, levando em conta que o local é um dos mais beneficiados pelos royalties do petróleo.

FUP

Atividades da VI Plenafup começam nesta quinta-feira, 7, em Campos - RJ

De quinta a sábado, petroleiros de todas as bases estarão reunidos no município de Campos, no Norte Fluminense, para a sexta edição da Plenária Nacional da FUP. Com o país refém de um governo golpista e entreguista, é preciso unidade para construção de uma grande frente de resistência à avalanche de ataques que ameaça a democracia, os direitos da classe trabalhadora, as políticas públicas e sociais e a soberania nacional.

A Petrobrás e o Pré-Sal estão no centro desse desmonte e por isso os petroleiros precisam rearticular a luta nacional da categoria em defesa da estatal e do petróleo brasileiro. Não por acaso, o tema desta VI Plenafup é "Manter acesa a chama da resistência", mesmo mote de luta que marcou a categoria em 1995, quando a FUP realizou o seu primeiro congresso nacional, em meio a demissões, punições, intervenções nos sindicatos e tantos outros ataques do governo Fernando Henrique Cardoso.

Naquela época, assim como hoje, os petroleiros tinham acabado de sair de uma greve que entrou para a história da categoria. Vinte e um anos depois, os trabalhadores do Sistema Petrobrás voltam a enfrentar o mesmo projeto ultraliberal de desmontes e de privatizações, que coloca em xeque direitos e conquistas e ameaça entregar ao capital internacional a maior reserva de petróleo da atualidade.

É em meio a esse cenário, que os petroleiros irão deliberar sobre reivindicações, estratégias e calendários de luta. Quatro painéis de debate serão realizados, com participação de lideranças das Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, parlamentares, movimentos sociais e jornalistas independentes.

O local escolhido para sediar a VI Plenafup foi o Instituto Federal Fluminense, na cidade de Campos, região Norte do estado do Rio de Janeiro, base do Sindipetro-NF, que completa esse ano duas décadas de existência. A celebração será com petroleiros de Norte ao Sul do Brasil, que deixarão sua marca nessa plenária decisiva para definir os rumos da categoria. Afinal, nunca foi tão necessário "manter acesa a chama da resistência".

Confira a programação da VI Plenafup:

Quinta-feira - 7 de julho

10h - Painel 1

Conjuntura política e econômica: rearticulação das forças sociais na reconstrução do projeto político, popular e democrático

Debatedores:  Gilmar Mauro, pela Frente Brasil Popular, Vítor Guimarães, pela Frente Povo Sem Medo, e Sérgio Nobre, secretário nacional da CUT

14h – Eleição da Mesa Diretora e aprovação do Regimento Interno

15h - Eleição da tese guia

17h - Cerimônia de abertura da VI Plenafup

Sexta-feira - 8 de julho

10h - Painel 2

Perspectivas de enfrentamento para resistir ao golpe jurídico e midiático no Brasil

Debatedores:  Deputado Federal Wadih Damous, Laura  Capriglione, do coletivo Jornalistas Livres, e Paulo Moreira Leite, diretor do portal de notícias Brasil 247 e autor dos livros "A outra história da Lava-Jato: uma investigação necessária que se transformou numa operação contra a democracia" e "A outra história do Mensalão: as contradições de um julgamento político"

14h - Painel 3

O golpe é contra o trabalhador: Como enfrentar os ataques aos direitos e conquistas sociais dos trabalhadores?

Debatedores:  Senador Lindbergh Farias e Alysson de Sá Alves, do DIAP

Sábado - 9 de julho

09h - Painel 4

A defesa do pré-sal e da Petrobrás como motor do desenvolvimento nacional e de resistência ao projeto neoliberal

Debatedores: representantes da FUP no GT Pauta pelo Brasil, Pedro Celestino, do Clube de Engenharia, e Gilberto Cervinski, da Coordenação Nacional do MAB

12h - Reuniões das forças políticas

15h - Plenária de discussão da pauta da categoria e calendário de lutas

19h - Solenidade de encerramento

Domingo - 10 de julho

Retorno das delegações

FUP

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