Atropelo para abertura de equipamentos
As Unidades foram entregues para a manutenção antes da conclusão da liberação dos equipamentos. Muitos serviços a quente iniciaram nas unidades com equipamentos contendo hidrocarbonetos dificultando o término da liberação e expondo os executantes a riscos e contaminações. Houve a necessidade de interdição de área, devido medição e identificação de explosividade no ambiente gerada por drenagens descontroladas para esgoto.
As análises de riscos foram feitas, muitas vezes, apenas para permitir atividades sob condições críticas que normalmente não seriam executados. Exemplo: movimentação de cargas com chuva.
Até o site Climatempo tem a previsão
Falta de monitoramento de tempestades, a fim de mitigar riscos ou suspender as tarefas. Descargas atmosféricas, içamento de cargas sem segurança, chuva e ventos fortes, são alguns dos perigos a que os trabalhadores estiveram expostos.
Um guindaste teve que ser apoiado às estruturas de uma das torres de destilação para não tombar. Trabalhadores ficaram presos em elevadores e no topo da chaminé dos fornos. Os vigias de espaço confinado tiveram que se abrigar dentro de espaço confinado, o que vai contra os princípios da NR-33. O correto seria contratar um meteorologista e realizar a remoção dos trabalhadores dos locais de perigo antes que as tempestades chegassem. Procedimento comum em outras unidades da Petrobrás.
T-101 mesmo sabendo das condições, arriscaram!
Durante os serviços de manutenção da T-101, ocorreu a queda de funcionários devido ao desbandejamento da torre. As condições de insegurança das bandejas já eram de conhecimento, portanto, não foram tomadas as medidas necessárias para análise e mitigação dos riscos para evitar o incidente.
Vamo, vamo, vamo! O Natal está aí!
Para ajudar a coordenação de parada, responsável pelo planejamento, controle e andamento das atividades manteve uma postura inadequada. Pressionou os trabalhadores da manutenção, na execução de tarefas sem as condições necessárias. Também fez os operadores retornarem para turno antes da conclusão dos serviços de parada. Deixou sem acompanhamento adequado o fechamento de equipamentos apesar dos alertas contrários dos operadores e do Sindicato. Como exemplo, deste descompasso de gestão, um vaso chegou a ser fechado com andaime dentro!
Erro reconhecido.
Após a contestação do Sindicato em reunião no sábado 22/12/12, o Gerente Geral e o Coordenador da Parada reconheceram que “retornar o pessoal de operação para o turno, naquele momento, foi um erro!”. Entretanto nenhuma ação foi tomada para corrigir esta decisão absurda.
Parabéns tu mereces!!!
Quando tiverem lido este boletim, estiverem no almoço com os “colaboradores que tiveram atuação destacada na última Parada de Manutenção” e escutarem o nome do Coordenador da Parada que certamente estará na lista dos que se destacaram na Parada.
Lembrem-se: Por qual motivo mesmo que se recebeu este destaque?!
A Petrobras investe milhões na elaboração de procedimentos e sistemas como o LIBRA, por exemplo. Mas durante a Parada o número de ocorrências aumentou consideravelmente. O que valeu foi a regra de que os prazos são mais importantes que a segurança e os procedimentos foram esquecidos.
Estes são alguns exemplos de como a gestão da Petrobras trata as questões de SMS, na prática!
Já trabalhou, né!
Agora, quem sabe a gente não te paga!!!
E, para finalizar, o excesso de jornada dos funcionários próprios e contratados. Evidência da debilidade na previsão do efetivo na Refap, ainda mais para atender “aos prazos e as tarefas desafiadoras” impostos pelas gerências.
Acordo é para ser cumprido!
Antes da Parada, assinamos um “ACORDO COLETIVO DE PARADA DE MANUTENÇÃO”, onde ficou explícito e muito claro:
“Cláusula 10ª – O saldo entre o número de folgas efetivamente gozadas durante o período acordado e as que os empregados tem direito em razão deste acordo, poderá ser recebido em pecúnia ou compensado até 31/07/2013, a critério do empregado e em período negociado com sua gerência, que se manifestará por escrito à Refinaria, com cópia para o Sindipetro-RS.”
Então, todas as horas extras geradas, desde o período de parada assistida, liberação, manutenção, condicionamento e partida, serão pagas!
Somente se houver interesse dos trabalhadores, expresso por escrito, poderá ficar algum saldo de horas para compensar até 31/07/2013.
Trabalhou, pagou!!!
Já recebemos diversas manifestações que os responsáveis pela freqüência, estão mascarando o pagamento das horas extras, colocando a compensar, descontando os minutos de horas extras troca de turno, colocando dias de folga para compensação futura, etc...
Não bastasse todas as adversidades e desrespeitos ocorridos nesta parada, agora não querem pagar as horas extras, NINGUÉM MERECE!
No fechamento da sua freqüência verifique todas as ocorrências, códigos e alterações. Qualquer tipo de problema não perca tempo! Denuncie para o Sindicato!