Nov 27, 2024

MP não fará mais rescisão trabalhista em 2014

Em reconhecimento à importância de os sindicatos assumirem a tarefa de homologação das rescisões de contratos, o Ministério Público do Trabalho (MPT) e Estadual (MPE) fecharam um acordo ontem com cerca de 70 representantes de centrais sindicais e federações, que dá aos sindicatos a exclusividade na análise das demissões. A decisão foi tomada após informações de que, em cidades do Interior do Estado, alguns sindicatos não estariam prestando o devido auxílio aos representados.

Após aproximadamente três horas de reunião, no Memorial do Ministério Público, em Porto Alegre, ficou decidido que, a partir de 2 de janeiro, o MPE não prestará mais assistência ao trabalhador na rescisão do contrato. A partir de hoje, os promotores e juízes de paz terão a obrigação de, ao serem acionados pelas empresas, orientá-las a buscar o sindicato e só poderão realizar o serviço caso a organização prove que o sindicato se negou a realizar a atividade. Às centrais sindicais e federações caberá o papel de consultar as bases e encontrar soluções para operacionalizar o serviço.

Para conseguir atender aos trabalhadores de todo o Estado, uma solução apontada por seus representantes é o fechamento de parcerias entre sindicatos de diferentes cidades. Essa passagem de representação poderia ser feita após um curso de formação oferecido na sede do sindicato, para que o parceiro conheça os acordos coletivos e dissídios da categoria, além do repasse do carimbo do sindicato ao qual o trabalhador pertence para que não haja problemas na retirada do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

O procurador regional do Trabalho da 4ª Região, Ricardo Garcia, lembrou que os sindicatos receberam o poder de julgar as rescisões graças à sua histórica luta pelos direitos trabalhistas e advertiu que admitir a intervenção estatal sobre tais decisões é um retrocesso. “Quando colocamos o Estado entre o trabalhador e o sindicato, estamos abrindo mão de uma das prerrogativas do sindicalismo, a autonomia”, defendeu.

Além da dificuldade logística para chegar a todas as cidades, outro entrave apontado pelas centrais e federações para o melhor desempenho das entidades é a diminuição da receita dos sindicatos, agravada por uma política do Tribunal Superior do Trabalho (TST), que torna a contribuição opcional. Porém, preocupado com a falta de informações acerca do assunto, o procurador-chefe substituto do MPT, Rogério Fleischmann, avisa que, ao contrário do que muitos sindicatos acreditam, ninguém pode obrigá-los a assinar o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) do TST e que “o papel da Justiça é analisar de que forma eles atuam, e não diminuir seu custeio”. 

Além disso, o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Claudir Nespolo, destacou que o papel dos sindicatos não é apenas carimbar a rescisão, mas analisá-las. “As empresas não podem ter toda facilidade do mundo para demitir”, defendeu.  Prevendo os possíveis problemas operacionais dos sindicatos com a maior demanda, ficou acordado, ainda, que haverá uma nova reunião no dia 14 de fevereiro, na sede do MPT em Porto Alegre.

Jornal do Comércio

Assembleia Geral Extraordinária na Refap

Pelo presente Edital, conforme os artigos 16º e 17º dos Estatutos desta Entidade, ficam convocados os trabalhadores e as trabalhadoras, da Refinaria Alberto Pasqualini – Refap/Petrobrás S.A. para, de acordo com o presente calendário, constando locais e horários das sessões da assembléia, discutir, apreciar e deliberar sobre a seguinte ORDEM DO DIA:

  1. Aprovar a manutenção da atual tabela de turno, abaixo, ou definir a forma de escolha de uma nova tabela;

 

 

      2- Autorizar o Sindipetro-RS a celebrar acordo referente a tabela de turno.

Calendário:

 

 

Fernando Maia da Costa
Presidente do Sindipetro-RS

Assinatura do Acordo Coletivo 2013 consolida campanha vitoriosa

A FUP e seus sindicatos concluíram nesta última semana uma das mais emblemáticas campanhas reivindicatórias dos últimos anos, com conquistas significativas, após uma greve de sete dias. O acordo conquistado, que teve mais de 80% de aceitação da categoria, foi assinado no dia 28 pelo coordenador da FUP, João Antônio de Moraes, pela presidenta da Petrobrás, Maria das Graças Foster, e pelo gerente geral de Recurdos Humanos, Antônio Sérgio Oliveira Santana.

 

Além de um ganho real médio de 2,07%, o ACT resolve questões estruturais da categoria, garantindo o fundo garantidor para os trabalhadores terceirizados, a isonomia dos três níveis pela qual os aposentados e pensionistas lutam há quase dez anos, horas extras a 100% para o administrativo, a reestruturação do benefício farmácia, a implementação dos auxílios refeição e alimentação, a extensão do programa universitário para todos os cursos, o avanço automático de pleno para sênior nas carreiras de nível médio, o restabelecimento das dobradinhas de todos os feriados nacionais laicos, a implementação da AMS para os aposentados e pensionistas da Transpetro e Petrobrás Biocombustível, entre tantas outras conquistas.

 

A FUP e seus sindicatos continuam buscando através do processo permanente de negociação com a Petrobrás e subsidiárias uma nova política de SMS, o regramento das PLRs futuras (no próximo dia 04, haverá mais uma reunião com a empresa), um acordo nacional de regimes e jornadas para as paradas de manutenção, o atendimento das pendências relacionadas à AMS e Petros, a revisão das carreiras de nível médio, a recomposição dos efetivos próprios, o adicional de periculosidade para as unidades operacionais, medidas efetivas de combate aos assédios moral e sexual, melhores condições de trabalho para os terceirizados, entre outras reivindicações que seguem norteando as lutas da categoria.

FUP

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