Nov 28, 2024

Trabalho só pode ser decente se for seguro e saudável

No mundo todo, ocorrem anualmente 337 milhões de acidentes de trabalho não fatais, que resultam, no mínimo, em três dias de afastamento do trabalho. Além disso, a cada ano, surgem 160 milhões de casos novos de doenças relacionadas ao trabalho. E ocorrem 2,31 milhões de mortes relacionadas por acidentes e doenças, das quais 1,95 milhão por doenças e 358 mil por acidentes.


Os dados foram apresentados ontem (28), Dia Mundial da Segurança e Saúde no Trabalho pela Diretora do Escritório da Organização Internacional do Trabalho (OIT) no Brasil, Laís Abramo. Ela participou do III Seminário de Valorização do Trabalho e Vida, realizado pelo Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil de Porto Alegre, com apoio do CREA-RS. O evento reuniu empresários, sindicalistas, trabalhadores, integrantes de órgãos públicos e privados e debatedores na busca de soluções para os maiores problemas da Construção Civil.

“O trabalho só pode ser decente se for seguro e saudável”, disse Laís Abramo, enfatizando que deve haver um fortalecimento da capacidade nacional para implantar uma política nacional de segurança e saúde do trabalho. Isso pode ocorrer por meio da mobilização dos parceiros sociais apoiando a política nacional e as ações locais.


Laís Abramo também destacou que a realização da Copa do Mundo de Futebol no Brasil em 2014 pode abrir uma série de oportunidades para que os temas do mundo do trabalho sejam favorecidos com a realização deste evento e também outros, como as Olimpíadas de 2016.


A Diretora da OIT notou que eventos como a Copa do Mundo têm grande potencial de geração de recursos para setores direta ou indiretamente envolvidos no planejamento, preparação e execução dos jogos; grande oportunidade para investimentos em setores chave da economia do país e grande potencial de geração de empregos.


Esses fatores abrem caminho para potencialidades como trabalhos e empregos de qualidade, ambientalmente sustentáveis, permanentes, para jovens e outros grupos menos favorecidos no mercado de trabalho (mulheres, negros/as, pessoas com deficiência). Da mesma forma, existem riscos embutidos, tais como: trabalhos informais e precários, acidentes de trabalho, jornadas exaustiva, trabalho infantil e exploração sexual de crianças e adolescentes, trabalho em condições análogas à escravidão e tráfico de pessoas, desrespeito aos direitos dos trabalhadores migrantes e problemas ambientais e impactos sociais nas populações que vivem nas imediações dos estádios.

OIT

Divisionistas se aliam à direita e fazem o jogo da mídia contra a Petrobrás

Nesse momento  grave em que os petroleiros e os movimentos sociais voltam às ruas para defender a Petrobrás dos ataques privatistas da direita, os divisionistas se unem à gerentalha tucana para municiar os detratores da empresa. Em mais um factóide sem qualquer sustentação de conteúdo, o Globo publicou no domingo, 27, matéria de página inteira, cuja manchete - "PT provoca crise em fundo de pensão da Petrobrás"-, por si só já denuncia a intenção eleitoreira do jornal que apoiou a ditadura militar e todas as políticas tucanas de privatização e de ataques aos direitos dos trabalhadores.

Com informações distorcidas e sem embasamentos técnicos e/ou atuariais,  a matéria usa como fontes os conselheiros da Petros que fazem oposição à FUP.  É clara a aliança dos divisionistas com os neoliberais que ainda estão entranhados na gestão da Petrobrás, alimentando os tucanos e a mídia na tentativa de linchamento público da estatal, com fins eleitoreiros e privatistas.  Ou será que alguém ainda tem dúvidas sobre isso?

A matéria vazia e cheia de denuncismos sobre a participação de ex-sindicalistas e petistas na gestão da Petros mais parece um boletim de campanha eleitoral dos divisionistas, que sem o menor constrangimento, tentam tirar proveito político da guerra sórdida armada pela direita para tentar desmoralizar a Petrobrás.  Enquanto a FUP, a CUT, a CTB, a Via Campesina, a UNE e tantos outros movimentos sociais comprometidos com a soberania e os interesses do povo brasileiro se unem em mais um grande movimento nacional para defender a Petrobrás dos entreguistas, o PSTU, a AEPET e outros divisionistas atuam na direção contrária, servindo de correia de transmissão para os que atacam a estatal.

Já vimos esse filme várias vezes. A irresponsabilidade e o oportunismo dos divisionistas podem custar caro não só aos petroleiros, como ao povo brasileiro. Alianças espúrias com a direita nesse momento crucial colocam em risco as conquistas dos petroleiros, como também o patrimônio nacional e o desenvolvimento do país.  É nessas  horas  que sabemos de que lado estão as direções sindicais e os representantes da classe trabalhadora. 

A FUP e seus sindicatos têm lado e por isso estão novamente nas ruas para impedir que a Petrobrás seja golpeada por aqueles que sempre defenderam os interesses privados das elites econômicas e financeiras que tanto já usurparam os trabalhadores e o povo brasileiro. E os divisionistas, de que lado estão?

FUP

Coletivo Nacional de Mulheres sai em defesa da Petrobrás e repudia campanha da mídia

O Coletivo Nacional de Mulheres Petroleiras da FUP encerrou com êxito e após muito debate político, neste domingo (27), o II Encontro Fupista realizado no auditório do Sindipetro Bahia. Aberto na sexta à noite, com um coquetel e apresentação da banda de percussão Didá, composta só por mulheres, o evento reuniu trabalhadoras de vários estados.

 

A mulher fupista, assim como todo o movimento sindical petroleiro, repudia a campanha de setores da mídia nacional contra a Petrobrás - patrimônio do povo brasileiro - e convoca para o combate àqueles que pretendem fazer palanque eleitoral usando a estatal.

 

Estiveram em Salvador trabalhadoras do Sistema Petrobrás dos Sindipetros de SP, RN, RS, MG, PR\SC, Caxias\RJ e, claro, da Bahia, além de representantes do Sindiquímica do Paraná e Bahia, da CTB, CNQ, CUT e da  Secretaria de Política para Mulheres do governo baiano.

 

Na abertura, o coordenador da FUP, Antônio Moraes, disse que o “machismo e o patriarcado são os pilares que oprimem a sociedade e que para se avançar nos direitos das mulheres os homens precisam compreender e participar dela.”  

 

Já o coordenador geral do Sindipetro, Paulo César Martin,  lembrou que na Bahia houve avanço na representação feminina na entidade, que acaba de eleger uma nova diretoria com 14% de mulheres, o mesmo percentual de trabalhadoras petroleiras no estado.

 

A Resolução final do II Encontro Nacional das Mulheres Fupistas será divulgada na segunda (28) e entre as deliberações estão a proposta de criação da Secretaria das Mulheres na FUP, a urgente implantação da política de cotas nas direções dos sindicatos, produção de uma revista para divulgação das ações do Coletivo Nacional, a busca pela igualdade de direitos entre homens e mulheres e a necessidade urgente de garantir cada vez mais a participação das mulheres nas esferas de poder e espaços de representação.

Sindipetro-BA

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