Nov 29, 2024

Refap antecipa reunião, mas não apresenta proposta

Na manhã dessa terça-feira (24) o Sindipetro participou de uma reunião com a Refap, com a participação do Gerente Geral. A reunião estava marcada inicialmente para esta quinta-feira (26), mas por conta da mobilização a Empresa pediu para antecipar o encontro. Os representantes da refinaria apresentaram a proposta de calendário de reuniões para discutir os efetivos de setor por setor. A Empresa se comprometeu em apresentar uma solução para o setor de Hidrorrefino já na próxima quinta-feira. Entretanto, o Sindicato reafirmou a necessidade de discutir não só os setores envolvidos na partida, mas também, a reposição dos trabalhadores que estão saindo pelo PIDV, já que está previsto a saída de 60 trabalhadores.

Mobilizações

As assembleias que estavam ocorrendo desde o dia 19 de junho aprovaram para os próximos dias as mobilizações para pressionar a Refap a dar uma solução nessa questão dos efetivos.

 Convocamos os trabalhadores para a paralisação de advertência nas entradas de turnos, com início nessa terça-feira (24), às 23h45min, até às 9h45min da próxima quinta-feira (26).

 

Vamos manter o nível de mobilização para avançar!

 

 

Conceito de trabalho escravo não pode mudar, garante o governo federal

“É uma ordem de governo: não podemos deixar que se altere o conceito de trabalho escravo. Entendemos que não há nenhuma razão ou necessidade de mudar o conceito consagrado no nosso Código Penal”, disse, na tarde desta quarta, em entrevista à CUT, o secretário executivo da Comissão Nacional pela Erradicação do Trabalho Escravo, da Secretaria de Direitos Humanos (SDH) do governo federal, José Guerra.

A CUT defende a manutenção do conceito empregado atualmente.

No próximo dia 1º, deve ir a voto, no Senado, proposta de regulamentação da PEC do Trabalho Escravo que pretende mudar o entendimento sobre o que são ou não condições análogas à escravidão. O governo federal garante que estará mobilizado para impedir a aprovação do texto, que tornaria a definição de trabalho escravo menos abrangente do que a utilizada hoje.

“Vamos repetir a mobilização que tivemos quando da aprovação da PEC do Trabalho Escravo, com a participação dos movimentos sociais, classe artística, sindicatos, grupos de direitos humanos e com a força do próprio governo”, garante Guerra.

O Brasil tem como referência para definir o que é trabalho escravo o artigo 149 do Código Penal, redigido em 2003. “A formulação desse artigo é resultado não só de elaboração teórica, mas também e especialmente de nossa experiência de campo, do trabalho desenvolvido pelos grupos móveis de fiscalização no combate ao trabalho escravo”, explica o secretário.

A experiência brasileira serviu de exemplo para que a OIT (Organização Internacional do Trabalho, da ONU), em sua 103ª Reunião, em junho, elaborasse um protocolo adicional à sua Convenção 29, que trata de trabalho escravo. O novo protocolo amplia o conceito de escravidão, aproximando-o do referencial usado aqui. “Está claro que o trabalho forçado mudou, e não está ligado apenas ao uso da violência. A abordagem original da OIT, redigida em 1930, não incluía a questão migratória, intermediação fraudulenta de mão-de-obra e jornadas excessivas como elementos da escravidão”, diz Guerra.

Expropriação da terra

Guerra diz também que o governo fechou posição de que o processo de expropriação das terras onde for encontrado trabalho escravo deve começar imediatamente, sem a necessidade de aguardar o final do julgamento criminal de seus proprietários. Portanto, a posição do governo é contrária ao relatório preparado pelo senador Romero Jucá (PMDB-RR). Segundo o secretário da SDH, os processos devem ser tratados separadamente.

CUT

Denúncias de violência contra a mulher no Ligue 180 aumentam 60% após campanha

A ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres, Eleonora Menicucci, disse hoje (18) que as denúncias de violência contra a mulher recebidas pelo Ligue 180 nas últimas três semanas aumentaram em 60%. As ligações passaram de uma média de 12 mil para 20 mil por dia.

Eleonora Menicucci atribuiu esse aumento à campanha nacional “Violência contra as mulheres – Eu ligo”, que visa a estimular as denúncias por meio da Central de Atendimento à Mulher - Ligue 180. A campanha foi lançada no dia 25 de maio e incluiu um novo aplicativo para celular chamadoClique 180, que pode ser baixado na internet. O aplicativo permite o acesso direto ao Ligue 180 e contém informações sobre os tipos de violência contra a mulher, dados de localização dos serviços da rede de atendimento e proteção, além de sugestões de rota para chegar até eles.

“A violência contra a mulher é uma chaga que estamos combatendo cotidianamente. É possível combatê-la por meio de políticas públicas de prevenção, proteção e punição aos agressores e por campanhas que mudam a cultura da violência no nosso país, como a campanha 'Eu ligo'”, disse Eleonora, que participou do programa Bom Dia, Ministro, produzido pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República em parceria com a EBC Serviços.

A ministra ainda informou que foram relatados dois estupros de turistas estrangeiras desde o início da Copa do Mundo. Os crimes, segundo ela, foram cometidos por um brasileiro e um estrangeiro. “Mas já está resolvido, tudo foi apurado. Elas já foram embora”, relatou.

Eleonora repudiou as vaias e ofensas à presidenta Dilma Rousseff na abertura da Copa, na Arena Corinthias, o Itaquerão. “Foi lamentável, foi execrável.  As mulheres brasileiras se sentiram agredidas e humilhadas. O Conselho Nacional dos Direitos da Mulher soltou uma nota lamentando e repudiando. Tem preconceito por ela ser uma mulher também”.

A ministra ainda informou que a primeira Casa da Mulher Brasileira deverá ser inaugurada em Brasília até o fim de setembro. A estimativa é inaugurar dez casas até o fim do ano. Esses centros integrarão serviços públicos de segurança, acesso à Justiça, saúde, assistência social e orientação para o trabalho, emprego e renda em 26 capitais.

Rede Brasil Atual

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