Nov 29, 2024

Petrobrás reafirma 'excelente oportunidade' na exploração do pré-sal excedente

A contratação direta por parte do governo federal para que a Petrobras explore e produza os volumes de petróleo excedente em quatro das áreas do pré-sal, da ordem de 10 a 15 bilhões de barris de óleo equivalente (petróleo e gás natural) “vai garantir a sustentabilidade da produção de petróleo da companhia no patamar de 4 milhões de barris por dia e representa uma excelente oportunidade para a estatal, por tratar de áreas com grande potencial de acumulação de petróleo já conhecido e comprovado”.

A opinião foi emitida em nota oficial da petrolífera brasileira, divulgada neste final de semana, na qual a estatal informa que o contrato não impactará materialmente a financiabilidade do Plano de Negócios e Gestão 2014-2018.

Segundo a nota, “o caixa da Petrobras fechou o primeiro trimestre de 2014, com R$ 78,5 bilhões e o bônus de R$ 2 bilhões a ser pago ao governo, para ter direito a produzir nestas áreas não exigirá novas captações no ano”.

A empresa confirmou que, complementarmente aos R$ 2 bilhões, terá que desembolsar R$ 13 bilhões de 2015 a 2018, a título de antecipação de óleo lucro da União, que também “não impactam materialmente os indicadores de endividamento da companhia nesse período, os quais iniciarão sua trajetória de queda com o crescimento da produção de petróleo já em 2014”.

A autorização para a contratação direta da Petrobras para a produção de volumes excedentes em quatro áreas do pré-sal, nos termos da Lei da Partilha de Produção de Petróleo, promulgada em dezembro de 2010 - que dispõe sobre a exploração e a produção no pré-sal brasileiro – foi dada pelo governo federal no último dia 24 de junho.

Esse volume excedente se somará aos 5 bilhões de barris já contratados em 2010 pela Petrobras sob o regime de Cessão Onerosa. As áreas do pré-sal que terão excedentes contratados são Búzios, Entorno de Iara, Florim e Nordeste de Tupi.

Com volume estimado entre 9,8 e 15,2 bilhões de barris de óleo equivalente, segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), essas áreas possuem baixo risco exploratório. Na avaliação da ANP, são áreas “com 17 poços perfurados e 12 testados, com ótimos resultados: 100% de sucesso exploratório, todos com presença de petróleo”.

Além disto, ressalta a nota da empresa, há projetos de desenvolvimento da produção em andamento, com conhecimento dos reservatórios, das tecnologias associadas, da disponibilidade de bens e serviços e do excelente potencial de produção de até 35 mil barris por dia por poço. “Empresas de petróleo almejam ter acesso a volumes potenciais dessa magnitude, afinal tratam-se de 9,8 a 15,2 bilhões de barris de óleo equivalente, com baixo risco”.

Para a Petrobras, o acesso aos excedentes da Cessão Onerosa permite à Petrobras cumprir e até elevar suas metas de produção a partir de 2020, reduzindo os riscos de sua participação em sucessivas campanhas exploratórias na busca de reposição de suas reservas.

“Esta contratação direta traz como importante benefício a consolidação da indústria nacional. O setor naval brasileiro, por exemplo, cresce em maturidade ano a ano e está preparado para atender as encomendas das atuais e das novas plataformas” observa a empresa.

No entendimento da Petrobras, com a conclusão, até 2020, dos projetos das novas refinarias e fábricas de fertilizantes, os investimentos da estatal no período 2021 a 2030 estarão ainda mais concentrados em Exploração e Produção (E&P). “A receita da Companhia ficará substancialmente maior com a produção de 3,7 a 4,2 milhões de barris por dia no Brasil, frente aos atuais 2 milhões. Assim, os indicadores de endividamento permanecerão bem abaixo dos limites estabelecidos pelo Conselho de Administração” avalia.

A Petrobras sustenta, ainda, que a contratação direta do excedente da Cessão Onerosa, em regime de Partilha de Produção, está alinhada ao Plano Estratégico 2030, aprovado pelo Conselho de Administração em 25 de fevereiro de 2014, que definiu como meta “produzir em média 4 milhões de barris de óleo por dia no período 2020-2030, sob titularidade da Petrobras no Brasil e no exterior, adquirindo direitos de exploração de áreas que viabilizem este objetivo”.

Rede Brasil Atual

Petrobras Distribuidora se destaca na lista das “Melhores e Maiores” da revista Exame

A Petrobras Distribuidora voltou a se destacar entre as mil empresas do Brasil listadas na nova edição especial “Melhores e Maiores” da revista “Exame”. Nossa subsidiária foi líder no setor de Atacado (por fatia no mercado), além de primeira nos rankings de vendas líquidas, geração de riqueza por empregado e comércio por vendas, relativos a 2013.

Em outros indicadores, como lucro, arrecadação tributária, criação de riqueza e produtividade e na lista das estatais, também ficou entre as dez maiores; em Patrimônio, foi a 19ª colocada geral; já no quesito Maiores Investimentos, avançou da 38º posição em 2012 para o 32º lugar no ano passado.

Conselheiro que ocupa a vaga dos trabalhadores na Petrobrás trai a categoria!

No dia seguinte à decisão do governo federal de contratar diretamente a Petrobrás para explorar áreas do pré-sal que giram em torno de 15 bilhões de barris de óleo, o dobro das atuais reservas provadas da empresa, o presidente da Aepet, Silvio Sinedino, que ocupa a vaga dos trabalhadores no Conselho de Administração da estatal, começou a se mobilizar para derrubar essa que é uma das maiores conquistas do povo brasileiro nas últimas décadas. Junto com os acionistas privados, ele se articula para denunciar a Petrobrás à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) por não ter sido consultado sobre a decisão do governo, que referendou a orientação do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE).

"A Petrobrás não vai ver esse óleo tão cedo", afirmou o conselheiro ao jornal Estado de São Paulo, para deleite dos tucanos. "Oconselho é igual à Rainha da Inglaterra", ressaltou o presidente da Aepet para o jornal Valor, tachando a decisão do governo como algo "gravíssimo". As declarações de Sinedino à imprensa caíram como uma luva sobre o mercado financeiro, que derrubou as ações da Petrobrás, fazendo coro à campanha escancarada da mídia, que há tempos vem tentando desmoralizar a estatal com o objetivo claro de desqualificar o seu papel de operadora única do pré-sal.

Apoiado pela Aepet, PSTU, Conlutas e associações de aposentados, ele foi eleito para o Conselho de Administração com os votos da gerentalha tucana, que sempre defendeu a privatização da Petrobrás. Não é de hoje que denunciamos as alianças espúrias dos divisionistas com as forças neoliberais que se articulam por dentro da empresa. Desta vez, eles assumiram explicitamente de que lado estão, ao somarem forças com os acionistas que representam o capital privado na Petrobrás para questionarem publicamente uma conquista que devolve à estatal o monopólio sobre uma das maiores reservas de petróleo dos últimos tempos. 

A FUP e seus sindicatos repudiam expressamente as declarações levianas e inconsequentes do conselheiro eleito, que fala em nome dos trabalhadores, mas não nos representa. Os petroleiros não só apoiam, como aplaudem a decisão do governo Dilma de fortalecer a Petrobrás e a soberania nacional, mantendo sob o controle integral do Estado um recurso estratégico para o desenvolvimento do país. A história e a trajetória de lutas dos petroleiros, que sempre foram marcadas pela defesa intransigente da soberania nacional e do monopólio da Petrobrás, não serão manchadas por aventureiros como Sílvio Sinedino, que ocupa a vaga dos trabalhadores no Conselho de Administração da estatal, mas definitivamente não nos representa.

Rio de Janeiro, 27 de junho de 2014

Direção Colegiada da FUP

 

Fonte: FUP

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