Nov 29, 2024

Vigilantes lançam campanha pelo Piso Nacional

Vigilantes de todo o país se reuniram na Câmara dos Deputados nessa terça-feira (10), quando lançaram a campanha pelo Piso Nacional dos Vigilantes e participaram da primeira audiência pública da Comissão Especial destinada a debater o Projeto de Lei 4238/12, que trata sobre o tema. A categoria recebeu o apoio de trabalhadores bancários e de parlamentares, que reconheceram a importância de dar início a esta discussão e se colocaram à disposição dos trabalhadores da segurança privada em mais esta luta.

A necessidade de uma ampla discussão foi defendida pelo relator do PL, deputado Nelson Pellegrino (PT-BA). O projeto é de autoria do senador Marcelo Crivella (PRB-RJ) e já conta com mais de 100 apenses abordando temas relacionados à remuneração dos vigilantes e à segurança privada. Além disso, existem equívocos que precisam ser corrigidos, como o conceito de remuneração de acordo com o risco de atividade. Segundo o PL, os salários podem variar entre R$ 800, R$900 e R$1.100, dependendo da função desenvolvida pelo trabalhador.

Para o presidente da Confederação Nacional dos Vigilantes, José Boaventura, esta é uma oportunidade para negociar uma proposta que atenda aos interesses dos trabalhadores. Segundo ele, o processo contará com diversas etapas e levará algum tempo até se atingir consenso, mas ainda assim é uma grande conquista para toda a categoria. “Esta será uma briga para definir valores. Sobre o conceito de piso nacional, até os patrões já concordaram que é necessário ser implementado. O presidente da Fenavist, Odair Conceição, apresentou um estudo mostrando as pequenas variações entre salários das diferentes regiões brasileiras. Isso reforça nossa ideia de que o debate se dará em torno de valores”, afirmou Boaventura.

Valor do piso
O presidente da Confederação Nacional dos Vigilantes, José Boaventura, cobrou a aprovação de um piso salarial de R$ 3 mil. Ele afirmou que a segurança privada também requer a atualização da lei vigente.

"Queremos regras para que possamos de fato preservar a vida das pessoas, preservando a nossa, com condições de oferecer um serviço que seja um serviço de qualidade. E óbvio que um piso salarial digno vai trazer mais valorização e mais qualificação para esses profissionais", disse José Boaventura.

Além da definição do piso, também foi cobrada a discussão e aprovação do Estatuto da Segurança Privada, que atualmente encontra-se no Ministério da Justiça, em fase de avaliação. “Estamos aguardando posicionamento do MJ sobre este assunto. Queremos que, na próxima audiência pública, algum representante esteja presente para trazer nos novas informações”, disse Pellegrino. Também foram pedidas mudanças na Lei 7.102/83, que regulamenta o funcionamento de empresas privadas que exploram o serviço de vigilância e transporte de valores.

Próximos debates
A comissão especial realizará uma nova audiência pública, que abordará a segurança eletrônica nos bancos. Serão ouvidos representantes do Banco Central, além de especialistas e empresas do setor.

Ao final da reunião desSa terça-feira, foi aprovado também um convite ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, para participar da discussão sobre o Estatuto da Segurança Privada.
 

CUT

XVI Congresso Nacional da FUP será em agosto, em Natal

Entre os dias 14 e 17 de agosto de 2014, a FUP realizará o seu 16º Congresso Nacional, que marcará os 21 anos de existência da entidade. O XVI Confup será em Natal, no Rio Grande do Norte, e deverá reunir cerca de 400 trabalhadores, entre delegados, observadores, convidados e assessorias. Com o tema "21 anos de lutas: sem retrocesso, pelo Brasil e pelos trabalhadores", o Congresso debaterá temas da conjuntura política e econômica do país, reivindicações que permearão a campanha salarial da categoria, agendas de luta e também elegerá a nova direção colegiada da FUP para o período 2014/2017.

Os sindicatos filiados já estão preparando os seus congressos regionais para deliberar sobre temas que deverão ser encaminhados ao Confup e eleger as delegações que representarão os petroleiros no Congresso. O prazo para entrega das teses nacionais à Comissão organizadora do XVI Confup termina no dia 04 de julho e as inscrições dos delegados devem ser realizadas até 16 de julho.

Chapa 2, apoiada pela CUT, vence a eleição do CPERS

Com 40% dos votos válidos e quase 90% das urnas apuradas até a manhã desta sexta, 13, a chapa da CUT, encabeçada pela professora Helenir Oliveira, vence as eleições para a direção do CPERS – Sindicato dos Professores do Estado do Rio Grande do Sul – e estará à frente da entidade no período de 2014 a 2017.

O CPERS é o maior sindicato do estado, o segundo maior de trabalhadores na educação e um dos dez maiores do Brasil. A categoria tem mais de 81 mil professores sindicalizados e cerca de 40% deles foram às urnas entre os dias 10 e 11 de junho. Além da direção estadual, também serão eleitos os integrantes dos 42 núcleos regionais espalhados pelo estado.

 Retomada CUTista

Com a derrota da chapa 1, encabeçada pela até então presidenta Rejane de Oliveira, a CUT volta a comandar o Sindicato.  Rejane esteve à frente do CPERS por três mandatos consecutivos e integra a corrente “A CUT Pode Mais”, que contou com apoio das centrais CSP-Conlutas e Intersindical.

“O CPERS é um sindicato importante, filiado à CNTE e à CUT, mas a política que vinha sendo adotada na condução do Sindicato estava indo por um caminho errado, equivocado, porque não estava aglutinando a categoria e nem dando respostas às suas reivindicações”, afirma Roberto Leão, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE).

Segundo Leão, com a vitória da chapa CUTista, o CPERS volta a ter a possibilidade de se reencontrar com o conjunto da categoria, com uma política mais ampla, mais abrangente e continuará a ser um sindicato combativo.

Para Rosane Silva, secretária nacional da Mulher Trabalhadora da CUT, o resultado da eleição indica que a categoria quer um sindicato que a represente. “Com a eleição da CUT a categoria respondeu que quer seu sindicato de volta. Um sindicato historicamente combativo, que lute pelo piso salarial, pelos trabalhadores da Educação do Rio Grande do Sul, que represente verdadeiramente os interesses da classe trabalhadora”.

A dirigente destaca a necessidade de diálogo. “O Sindicato chegou ao cúmulo de incendiar em praça pública um material pedagógico que estava em elaboração. Não se queima material, é uma afronta. É preciso diálogo, antes de tudo”.

Para Claudir Nespolo, presidente da CUT-RS, a vitória da chapa 2 é sinal de uma mudança importante na estratégia de luta do sindicato, que há anos vem sendo desgastado pela falta de diálogo com a categoria e pelo discurso radical que sustenta.

“A direção atual tem um discurso demarcatório e denuncista que afasta as bases na luta por pautas importantes da categoria”, afirma o presidente. “De um sindicato com 87 mil sócios, 5 mil saíram do quadro de sócios apenas nos últimos 3 anos, tudo pela radicalidade da direção atual”.

Claudir sustenta que é preciso cuidado para que o sindicato não se misture com entidades que coloquem em risco um projeto muito maior, de uma sociedade melhor. Para o presidente, as práticas da direção atual são isolacionistas e isso pode fortalecer a colaboração com setores reacionários da sociedade.

CPERS Unido e forte

A chapa 2 alcançou a vitória após uma ampla articulação política da CUT com tendências internas do PT, como Democracia Socialista, Articulação pela Esquerda, PT Amplo, Unidade na Luta, Socialismo 21 e O Trabalho; além da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) e de setores do PDT e do PTB. “Foi essa articulação que possibilitou chegarmos a 40% dos votos e sermos eleitos em primeiro turno”, afirma Nespolo.

O presidente da CNTE, Roberto Leão, ressalta que a chapa vencedora, encabeçada pela professora Helenir, é composta por pessoas que são vinculadas de fato à categoria e por isso são comprometidas com as lutas do Sindicato. “Com certeza, o Sindicato voltará a ter participação nas lutas da CUT, da CNTE. Isso faz com que o CPERS recupere sua inserção política na luta dos trabalhadores de todo o Brasil”, diz.

 Dialogar para garantir e ampliar direitos

“A estratégia CUTista é de diálogo. Diante de uma pauta importante como o piso salarial dos professores, por exemplo, a direção não se empenhou em mobilizar, dialogar, mobilizar novamente e pressionar,  abrindo caminho para as conquistas”, aponta Claudir Nespolo.  “É preciso agir de forma a garantir os direitos básicos para alcançar pautas ainda maiores, como uma melhor Educação“, finaliza.

Por: Henri Chevalier e Paula Brandão (CUT Nacional)

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