Nov 27, 2024

Trabalhadores de P-33 tiveram que tomar banho de água salgada

Os trabalhadores de P-33 enviaram um manifesto no final de quinta, 9 ao Sindipetro-NF denunciando as péssimas condições de habitabilidade da plataforma, devido a uma contaminação por água salgada da água do banho e da que abastece os camarotes.

O sindicato acionou a gerência de SMS da UO-BC o dia seguinte, pela manhã , que informou que o problema havia sido resolvido.

Para a direção do Sindipetro-NF, a Petrobrás não poderia ter deixado a contaminação chegar ao ponto de contaminar a água do banho, que pode ser prejudicial à saúde. 

Leia a íntegra do Manifesto de P-33:

Gente é o que inspira a gente. Mas que gente?

Nós trabalhadores de P-33 viemos através deste denunciar ao Sindipetro-NF, solicitando a posterior publicação no sítio desta entidade, o descaso com a habitabilidade e saúde do trabalhador na unidade.

Recentemente, ocorreu  por degradação de linhas e drenos em alguns tanques, contaminação da água para banho e utilização nas acomodações da unidade com água salgada.

Este fato, por si só já nos inspira a não acreditar na falida gestão de SMS, mas o descaso, para nossa tristeza, vai além do ocorrido.

Com o intuito escuso de não gastar verba com a gente, o que recorrentemente dizem os inspirar, não nos será disponibilizada outra agia via rebocador, em caráter emergencial, ou não, para que possamos, ao fim de nossas jornadas, fazermos nossa assepsia e necessidades básicas, com o mínimo de respeito à vida, saúde e segurança também, afinal cabe lembrar que os chuveiros das acomodações são elétricos e já existem casos relatados de choques, por conta da alta condutividade da agia salgada, e também reações nas peles e olhos de alguns trabalhadores.

Essa gente, que inspira não sabemos quem ou o que, anda cansada de ser tratada como número e não como GENTE DE VERDADE e deseja que a triste realidade da UO-BC após incêndios, mortes, descasos com a saúde da força de trabalho e tantas outras mazelas que há tempos nos assolam comecem a mudar e nos inspirem a fazer uma PETROBRÁS melhor, mais correta e realmente inspiradora.

Saudações, trabalhadores e trabalhadoras de P-33
 
Sindipetro-NF

Para secretário da CUT, rolezinho da periferia é legítima ocupação do espaço pelos jovens

Nas primeiras semanas de janeiro, os chamados “rolezinhos” – encontros de jovens da periferia de grandes cidades para passear, ou “dar um rolê” – tomaram o centro dos debates sobre desigualdade, racismo e espaços para lazer no Brasil.

Organizado pela Internet desde dezembro de 2013 e escolhendo os Shopping Centers como locais de reunião, o movimento se tornou símbolo da ocupação de um ambiente tradicionalmente reservado à classe média. Alcançou a maior repercussão após a rápida e violenta repressão policial no Shopping Metrô Itaquera, no sábado (11), que incluiu balas de borracha e bombas de gás lacrimogêneo.

Para Alfredo Santos Junior, Secretário Nacional de Juventude da CUT, a reação de setores mais conservadores da sociedade em relação aos “rolezinhos” representa o medo das elites de ter seu espaço – historicamente baseado na desigualdade – ameaçado por setores que são sistematicamente excluídos desta realidade.

“É preciso pensar o Shopping também como meio de apartheid social”, afirma o dirigente. “Ele materializa a desigualdade histórica no acesso aos bens e, com a ascensão financeira vista nos últimos anos, é um ambiente que sofre impacto. E outra coisa: Shopping é considerado local de divertimento individual, para que não haja riscos de ações e encontros organizados que possam levar ao questionamento do status quo. Quando se vai a esses lugares em grandes grupos, há o medo de quebra da lógica atual”, lembra.

A lógica atual, para Alfredo, passa pelas contradições inerentes ao Capitalismo e à segregação, pela discussão do direito à cidade e da Mobilidade Urbana, pela Cultura e, ainda, pela questão do racismo. “Durante os rolezinhos, até agora, não foi registrado nenhum caso de furto, roubo ou assalto. Nada. Mesmo assim, a imprensa aborda como se fosse algo prestes a acontecer. Isto é uma questão racial, onde se classifica os cidadãos perigosos ou não por meio da cor de sua pele e classe social. Quando o público não é visualmente caracterizado como da periferia, quando não é negro, não é criminalizado.”.

Como exemplo, Alfredo cita eventos ocorridos no Nordeste no final da década de 90, chamados de “bondes”. Nos “bondes”, jovens de classe média agiam de forma violenta em encontros coletivos acontecidos em espaços públicos e privados. “Como se tratava de um público mais de classe média, a ação até era reprimida por seguranças particulares do Shopping, mas nunca criminalizada. Não havia Polícia Militar. E aí devemos incluir o componente social e o racial.”.

Para o Secretário, a grande violência, na visão das elites, é a presença da periferia nas regiões mais centrais da cidade. Um VÍDEO que circula na Internet mostra jovens alunos da USP no Shopping Eldorado, em São Paulo, cantando e subindo em mesas da praça de alimentação. Os seguranças não interferem no movimento.

Prisão para averiguação

Alfredo lembra também que, na periferia, quando não há testemunhas e mídia, as repressões são ainda mais violentas do que as ocorridas no Shopping de Itaquera. As balas não são de borracha, são verdadeiras, e as vítimas têm características específicas. “A violência do Polícia Militar, que não deveria nem mesmo estar fazendo a segurança de ambiente privado, passa pelo estereótipo do que ofereceria risco: negro, jovem e pobre.”.

O assunto dialoga com outra questão trabalhada pelos movimentos sociais em relação à Juventude: os autos de resistência. Desde 2012, o Projeto de Lei nº 4471, pelo fim dos autos de resistência - uma medida da época da Ditadura que dificulta a investigação de mortes e lesões corporais cometidas pela polícia – está em discussão. Alfredo lembra que algumas ações ainda hoje utilizadas em abordagens policiais são originadas no período militar e não são leis. “Reter alguém sem motivos é criminalização prévia, com base em aparências. Vimos isso na ditadura militar e nas manifestações de junho. Não está no ordenamento jurídico brasileiro”, afirma o dirigente.

Música

Depoimentos publicados na imprensa apontam que os jovens dos “rolezinhos” entoavam letras de Funk, gênero musical, no Brasil, associado à criminalidade e às regiões de periferia. Alfredo lembra as origens da música e reafirma que a questão central das reações contra o movimento é a aparência do público.

“O preconceito não é exatamente com a música em si, mas com a população que ouve essa música. Se vemos a letra de algumas músicas de Sertanejo Universitário e compararmos com Funk Ostentação, por exemplo, há conteúdos bem parecidos. Mas o biotipo de quem ouve, as vestimentas e o ambiente das músicas são diferentes. Se um grupo negro, cantando Funk, assusta, será que um grupo branco, cantando música de outro padrão, assustaria?”, questiona o dirigente, que não deixa de lado o fato de que várias letras são relacionadas ao acúmulo de capital. “É importante questionar o Capitalismo, mas a questão central, nesse caso, é a não criminalização do direito de ir e vir”.

O Estado

A reação aos encontros movimentaram as redes sociais. Um dos argumentos mais frequentes é o de que o Estado precisa garantir espaços de lazer e cultura nas regiões mais afastadas para evitar esse tipo de atitude, que seria uma reação à inexistência de políticas públicas para a juventude da periferia.

Alfredo lembra que, apesar de parecer um argumento bem intencionado, é preciso cuidado com a lógica subentendida na questão. “Claro que não podemos nos esquecer da importância de valorizar espaços da periferia. É importante termos equipamentos públicos perto de nossas casas. Mas todos temos o direito de ir e vir em qualquer espaço. Esse é o ponto central. Não podemos cair na lógica da grande imprensa e da classe média, que buscam, com uma adaptação deste discurso, confinar a periferia na periferia. A cidade é de todos.”

A repressão e perseguição policial não são as únicas consequências sofridas pelos jovens, lembra o Secretário de Juventude. Há também a perseguição social. “Muitos organizadores e participantes dos “rolezinhos” estão sendo perseguidos socialmente. Perdem seus empregos pela estigmatização do movimento alimentada, inclusive, pela mídia. Como os patrões dessas pessoas, via de regra, não concordam com os ‘rolezinhos’ – até por serem de outra classe social – eles sofrem represálias sérias como essas”, afirma Alfredo. “O que se diz a esses jovens é que eles não podem ocupar este espaço quando, na verdade, podem.”

CUT

Primeiro turno termina nesta quarta, 15. Garanta já o seu voto em JOSÉ MARIA RANGEL

O primeiro turno da eleição que definirá o representante dos trabalhadores no Conselho de Administração da Petrobrás termina quarta-feira, dia 15 de janeiro, às 23h59. A FUP e seus sindicatos indicam o voto em José Maria Ferreira Rangel, conselheiro eleito no ano passado. Diretor da Federação e coordenador do Sindipetro-NF, ele tem provado com o seu mandato a importância de uma representação classista no órgão que determina as principais políticas a serem seguidas pela maior empresa do país.

Além de atuar com total transparência e ouvindo os trabalhadores, através de encontros pelo Brasil afora e de seu blog www.zemarianoca.org.br, o atual conselheiro vem pautando o seu mandato por uma nova política de saúde e segurança para os trabalhadores, contra os leilões de petróleo e gás, pela defesa intransigente da manutenção dos investimentos da Petrobrás no Brasil e para derrubar as limitações impostas aos conselheiros eleitos, que são impedidos de discutir e votar questões relativas aos empregados, como remuneração, relações sindicais e previdenciárias.

Leia aqui o pronunciamento de José Maria Rangel.

Em conjunto com a deputada federal Fátima Bezerra (PT/RN), Zé Maria formulou o Projeto de Lei 6051/2013, que visa suprimir da Lei 12.353/2010 o parágrafo 3º do artigo 2º, que impõe essas limitações aos representantes de trabalhadores nos Conselhos de Administração de empresas públicas e estatais. O projeto deu entrada em agosto na Câmara dos Deputados Federais, onde já foi aprovado por unanimidade na Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público e agora encontra-se na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJC).

COMO VOTAR

Para votar na extranet, basta acessar o site eleicaoca.petrobras.com.br e siga os mesmos passos de como votar pela intranet. Dê preferência ao navegador Internet Explorer, que tem funcionado melhor:

1) No portal da Petrobras, clique na aba em verde Petrobras e aguarde aparecer um banner na parte superior, onde se lê "Eleição de Representante dos Empregados" . Clique sobre esse banner.

2) Em seguida abrirá uma página da Eleição. Você deve ter em mãos sua chave e senha para efetuar o login.

3) Após fazer o login, abrirá uma nova página da Eleição com um quadrado verde no meio, onde está escrito VOTE AQUI. Clique nesse quadrado e você poderá escolher seu candidato, após preencher novamente os campos que pedem chave e senha.

4) Clique em José Maria Ferreira Rangel.

5) Confirme seu voto.

6) Seu voto estará validado quando abrir uma página onde está escrito: "Voto efetuado com sucesso no candidato: JOSÉ MARIA FERREIRA RANGEL".

FUP

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