Nov 27, 2024

Movimentos sociais fazem 'rolezão' contra discriminação em São Paulo

O Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) organizou ontem (16) atos públicos em dois shoppings centers da capital paulista, chamados para chamar a atenção para a discriminação contra jovens da periferia que têm organizado passeios coletivos a centros de consumo das regiões centrais da  cidade. Também participaram da organização do protesto os coletivos Periferia Ativa e Resistência Urbana.

Convocados pelas redes sociais e realizados nos shoppings Jardim Sul (região do bairro do Morumbi) e Campo Limpo (região metropolitana), os 'rolezões populares', como foram chamados, também foram barrados pela Justiça, que deferiu liminares proibindo o acesso dos manifestantes. As portas dos dois empreendimentos foram fechadas e seguranças foram posicionados para reprimir as manifestações – que acabaram ocorrendo no entorno das instalações. Não houve confronto com a polícia.

Segundo a coordenadora estadual do MTST, Ana Ribeiro, o movimento decidiu apoiar os rolezinhos porque entende que os jovens estão reivindicando lazer e cultura para a periferia. “A gente está em uma luta por moradia na periferia, mas isso é uma luta imediata. Tudo que tem relação com a cidadania do povo da periferia a gente apoia”, disse.

No Jardim Sul, um dos participantes do protesto, o açougueiro Lucas de Jesus disse que foi à manifestação para defender o direitos dos jovens pobres de frequentarem os centros comerciais. “Nós não estamos podendo entrar no shopping. Vários amigos meus já foram barrados”, reclamou o jovem, de 18 anos.

Os manifestantes que participaram do ato no Shopping Jardim Sul são, em sua maioria, moradores das ocupações Faixa de Gaza, em Paraisópolis, e Capadócia, no Campo Limpo. No protesto que esteve no Shopping Campo Limpo, os participantes eram moradores das ocupações Vila Nova Palestina, no Jardim Ângela, e Dona Deda, no Parque Ipê, todas na zona sul.

Em entrevista à Rádio Brasil Atual, Guilherme Boulos, coordenador nacional do MTST, disse que lamentar que parte do Judiciário concorde e conceda autorização aos shoppings "para impedir a entrada de jovens pobres, de jovens negros", e que tais medidas "escancaram o muro social que nós temos."

O ativista afirmou ainda que os shoppings é que estão cometendo um crime, ao impedir o direito de ir e vir do cidadão e que novos atos contra a discriminação social serão organizados. Boulos reafirmou que, de forma geral, o fenômeno dos rolezinhos reflete a ausência de espaços de lazer para os jovens das periferias das grandes cidades. "O que não pode é esse movimento ser criminalizado."

Rede Brasil Atual

Dia 21 reunião para tratar níveis dos aposentados e pensionistas

Após garantir a vitoriosa conquista do pagamento dos três níveis (2004, 2005 e 2006) para os aposentados e pensionistas que têm ações transitadas e julgadas favoráveis pela Justiça, a FUP terá uma nova reunião dia 21 com a Petrobrás e a Petros para discutir o pagamento dos demais assistidos do Plano Petros.  Em reunião com a FUP nesta última semana, a empresa informou que atualmente existem cerca de oito mil ações na Justiça do Trabalho referentes aos níveis, movidas por 21 mil aposentados e pensionistas.

Destas ações, 900 estão em fase de execução e já tiveram a autorização do Conselho Deliberativo da Petros para pagamento imediato, tão logo apresentem à Justiça os devidos cálculos. Cerca de três mil assistidos serão beneficiados por essa conquista, garantida na campanha reivindicatória de 2013, conduzida pela FUP e seus sindicatos. Segundo cálculos da Petros, essas ações já transitadas em julgado envolvem aproximadamente R$ 150 milhões.

No dia 21, serão tratados com a FUP os desdobramentos do ACT em relação às 6.500 ações em tramitação no TST e a outras 600, nos TRTs, impetradas por cerca de 18 mil aposentados e pensionistas do Plano Petros. Outra reunião será realizada com a empresa no dia 27 de janeiro para discutir o procedimento em relação aos aposentados e pensionistas sem ações, bem como a situação daqueles que perderam na Justiça. Segundo a Petros, a Fundação ganhou 1.235 ações transitadas em julgado, com decisões contrárias ao pagamento dos níveis, referentes a aproximadamente 3.500 assistidos. A FUP pleiteia que a Petrobrás efetue o pagamento dos níveis a todos os assistidos, conforme conquistado para aqueles cujas ações já foram transitadas e julgadas favoráveis.

FUP

José Maria Rangel vence primeiro turno da eleição para o CA da Petrobrás

O atual conselheiro eleito e diretor de Saúde e Segurança da FUP, José Maria Rangel, venceu o primeiro turno da eleição para a vaga dos trabalhadores no Conselho de Administração da Petrobrás. Ele conquistou 4.127 votos e disputará o segundo turno com Sílvio Sinedino (Sindipetro-RJ), que obteve 2.395 votos. A eleição será retomada no dia 01 de fevereiro e prossegue até o dia 09 de fevereiro. Ao todo, 94 candidatos disputaram a vaga dos trabalhadores no CA da Petrobrás. José Maria obteve 30,33% dos votos válidos e o segundo colocado, 17,60%.

A FUP e seus sindicatos agradecem os votos conquistados por José Maria Rangel e parabeniza todos os candidatos que participaram do pleito, bem como os trabalhadores que valorizaram essa importante conquista que é eleger democraticamente seu representante para o principal órgão decisório da Petrobrás.  No segundo turno da eleição, vamos ampliar a participação dos trabalhadores nesse processo decisório e garantir mais um mandato classista, através da reeleição de José Maria Rangel. 

Veja aqui a entrevista de Zé Maria à Rádio-NF

Trabalhadores no CA, uma conquista histórica!

A participação de um representante dos trabalhadores no Conselho de Administração de empresas públicas é uma recente conquista da classe trabalhadora e, em especial, da FUP, que desde a sua fundação luta pela democratização da gestão da Petrobrás. Pleito que foi levado pelos petroleiros ao presidente Lula, logo após a sua eleição, em 2002.


No dia 29 de dezembro de 2010, após dois anos de tramitação no Congresso Nacional, foi sancionada a Lei nº 12.353, que assegura o direito de trabalhadores elegerem um representante do Conselho de Administração de empresas públicas, sociedade de economia mista, subsidiária e suas controladoras em que a União detenha maioria do capital social. Foi a resposta do então presidente Lula a uma reivindicação histórica da classe trabalhadora, principalmente dos petroleiros, que, através da FUP e de seus sindicatos, tanto lutaram pela democratização da gestão da Petrobrás.

FUP

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