Nov 28, 2024

Espaço de denúncias é criado no site do Sindipetro-RS

A partir dessa segunda-feira, 02 de junho, os petroleiros poderão contar com mais uma ferramenta de comunicação entre a categoria e o Sindipetro-RS. Localizado no canto direito do site, o espaço intitulado “Denúncia” foi criado para que os trabalhadores possam denunciar os problemas que enfrentam dentro da Empresa, com total sigilo. Situações como assédio moral, assédio sexual, perseguições, riscos iminentes, problemas de gestão, entre outros, devem ser comunicados ao Sindicato.

 

Para utilizar o espaço, basta preencher os campos obrigatórios de forma correta. O Sindicato entrará em contato através do e-mail fornecido. Todas as denúncias recebidas serão verificadas pelo Sindipetro-RS e consequentemente serão tomadas as medidas cabíveis e necessárias, mantendo resguardada a identidade do denunciado.

Denuncie! Todas as medidas necessárias serão tomadas para garantir que os direitos os trabalhadores sejam respeitados.

 

MPF pede suspensão de disputa para exploração de xisto

O MPF (Ministério Público Federal) de Cascavel propôs ação civil pública para que sejam suspensos os efeitos decorrentes da 12ª Rodada de Licitações realizada pela ANP, que ofereceu a exploração de gás de folhelho (o “gás de xisto”), na modalidade fracking (fraturamento hidráulico), na Bacia do Rio Paraná.

De acordo com o MPF, a ação é necessária em vista dos potenciais riscos ao meio ambiente, à saúde humana e à atividade econômica regional, além de vícios que anulariam o procedimento licitatório. A ação foi proposta em 20 de maio contra ANP, Copel, Petrobras, Bayar, Cowan Petróleo, Petra Energia e Tucumann Engenharia.

De acordo com o MPF, o oferecimento do gás de xisto na 12ª Rodada de Leilões realizada pela ANP foi precipitado e temerário, já que essa técnica de exploração é altamente questionada no mundo inteiro (foi proibida, inclusive, em países como Itália, Áustria, Dinamarca e Alemanha) e representa um potencial e extenso dano ambiental em caráter irreversível, especialmente em relação aos cursos de água e aquíferos que se localizam na região em que ocorrer – no caso, na Bacia do Rio Paraná, atingindo diretamente o Aquífero Guarani, um dos maiores do Brasil.

O MPF pede que seja concedida liminar para suspender imediatamente os efeitos da rodada de licitações na bacia do Rio Paraná (setor SPA-CS) até a realização de estudos técnicos que demonstrem a viabilidade, ou não, do uso da técnica do fraturamento hidráulico em solo brasileiro, com prévia regulamentação do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama). Além disso, pede especial ênfase na realização e publicidade da Avaliação Ambiental de Áreas Sedimentares (AAAS), cujos resultados deverão vincular a possível exploração dos correspondentes blocos, oportunizando-se adequadamente a participação técnica e das pessoas que serão impactadas diretamente pela exploração, como os moradores da Terra Indígena Xetá e da comunidade quilombola Manoel Ciríaco dos Santos, que não foram consultados previamente, em violação à Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT).

Gás de xisto e o fracking – O gás de folhelho é também chamado de gás não convencional, porque está aprisionado em formações de baixa permeabilidade (águas ultraprofundas), além de apresentar alto custo de exploração e produção. Apesar desse tipo de gás ser explorado há décadas em algumas partes do mundo, nunca houve o desenvolvimento de uma técnica economicamente viável para sua exploração, já que o procedimento de retirada das rochas em que fica alojado era caro e demorado.

O fraturamento hidráulico (fracking, em inglês), foi descoberto apenas na década de 1990, por um magnata do petróleo no Texas (EUA). O método consiste em “fraturar” as finas camadas de folhelho com jatos de água sob pressão. A água recebe adição de areia e de produtos químicos que mantêm abertas as fraturas provocadas pelo impacto, mesmo em grandes profundidades. O procedimento envolve a exploração sísmica 3D, a preparação do terreno, a perfuração vertical e horizontal, a fratura hidráulica, a gestão de resíduos e a produção propriamente dita. É importante salientar que a composição química do fluido de fraturamento é segredo industrial. Ou seja, sequer é possível saber quais são, exatamente, os componentes utilizados.

Exames laboratoriais indicam a presença de arsênico, glicol e elementos radioativos, produtos que também estão presentes nos resíduos do fraturamento hidráulico e poderão contaminar a água potável e o ar. Além do problema ambiental da imensa quantidade de água utilizada para a realização do fraturamento hidráulico, há, ainda, a contaminação do solo e da água de poços e lençóis freáticos com o gás metano. “Os danos serão incomensuráveis a médio e longo prazo, além da contaminação da água potável (já escassa!) e, neste aspecto, destaca-se o Aquífero Guarani, os prejuízos também atingirão a economia paranaense, considerando que essa região sobrevive em grande parte da agricultura e da criação de animais.”, destacam os procuradores da República em Cascavel, Carlos Henrique Macedo Bara e Luís Felipe Schneider Kircher.

UOL

CUT-Brasil é eleita para o Conselho de Administração da Organização Internacional do Trabalho

O professor Antonio Lisboa, dirigente da Executiva Nacional da Central Única dos Trabalhadores (CUT-Brasil) foi eleito, nesta segunda-feira (2), em Genebra, para o Conselho de Administração da Organização Internacional do Trabalho (OIT). O líder cutista ficou em quarto lugar entre os 19 mais votados para compor o órgão gestor da instituição.

“No momento em que o capital internacional investe contra a OIT, questionando a liberdade sindical e até mesmo o direito de greve, nossa presença no Conselho de Administração é muito importante para barrar qualquer tipo de retrocesso”, destacou Lisboa. Segundo o dirigente, “é essencial garantir a OIT como órgão regulador das relações de trabalho, barrando concepções neoliberais que buscam acabar com direitos duramente conquistados”.

O ingresso na OIT e a recente eleição do secretário de Relações Internacionais da CUT, João Antonio Felício, para a presidência da Confederação Sindical Internacional (CSI), ressaltou Lisboa, “representam um reconhecimento do papel da nossa Central e do movimento sindical brasileiro no combate ao neoliberalismo, da construção da política de valorização do salário mínimo e da garantia de direitos para o conjunto da classe trabalhadora”.

Representante brasileiro na Comissão de Normas da OIT, Lisboa denunciou a interferência indevida do Ministério Público nos sindicatos brasileiros.

Fonte: CUT

Facebook