Nov 28, 2024

Nota oficial da central critica ação de partidos contra decreto presidencial que cria Política Nacional de Participação Social

O ataque de setores da oposição ao decreto presidencial que institui uma estrutura para a sociedade civil organizada poder participar, debater e apresentar propostas ao governo federal – a chamada Política Nacional de Participação Social – expõe as diferenças de concepção entre um projeto democrático e popular e a velha ideia de que é exclusividade de “especialistas” sem mandato eletivo o papel de assessorar os governos na gestão, planejamento, uso dos recursos financeiros do Estado e na definição de políticas públicas.

Desmascara também alguns que dizem falar em nome do povo, mas que no fundo acreditam em tutela. Pensam que a relação entre Executivo e Legislativo é suficiente para traduzir os anseios de uma sociedade multifacetada e com sérias dificuldades de representação parlamentar como a nossa.

A oposição, segundo informações veiculadas pela imprensa, alega inconstitucionalidade, por entender que o decreto contraria o parágrafo primeiro da Carta, que diz “todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente”. Ora, para quem aplaude as decisões despóticas de magistrados do Supremo Tribunal Federal que jamais receberam um único voto popular para estar onde estão, é risível.

Embora as estruturas de participação popular criadas pelo decreto não tenham poder decisório, mas propositivo, representam um espaço de poder de representantes do povo. Além disso, a oposição finge desconhecer que muitos dos representantes da sociedade civil são eleitos por seus pares para ocupar cargos de direção em sindicatos e movimentos sociais. A hipocrisia dos partidos contrários ao decreto fica ainda mais exposta se lembrarmos que, ao definir o conceito de “sociedade civil”, o decreto abre a possibilidade de representantes de associações empresariais e ONGs participarem igualmente.

A transformação dos espaços de diálogo em políticas permanentes de governo – e não de mandato presidencial –, com calendário definido, é uma proposta que a CUT, demais centrais e movimentos sociais defendem desde os primeiros instantes do governo Lula até aqui, no governo Dilma. Não pudemos fazê-lo anteriormente simplesmente porque não existiam espaços de diálogo.

A participação social já vem se dando por intermédio de Iniciativas como as Conferências Nacionais (a de Comunicação, as empresas do setor ignoraram, zelosas da “liberdade de expressão”), as mesas permanentes de negociação que geraram avanços como a valorização do salário mínimo e a extensão dos direitos trabalhistas para as trabalhadoras domésticas, ou os espaços tripartites que garantiram a preservação da Previdência Pública e Universal e a tomada de decisões políticas que levaram o Brasil a atravessar com coragem os piores momentos da crise econômica internacional, que ainda vitima vários trabalhadores ao redor do mundo.

A importância da prática do diálogo social pode ser demonstrada também pelo período que se seguiu às manifestações de junho do ano passado. Muitos dos movimentos surgidos mais recentemente e que impulsionaram as jornadas de 2013 têm sido recebidos pelo governo e compartilhado experiências e ações com outros movimentos sociais e sindical. Assim também se constroem as mudanças.

Iniciativas para diminuir as lacunas, às vezes abismos, entre a vontade do povo e as decisões oficiais jamais deveriam receber críticas. Só se quem critica quiser mesmo o povo do lado de fora.

E é obvio que, se uma vez adotada pelo governo, determinada proposta elaborada e apresentada no âmbito da Política Nacional de Participação Social seja seguida por todos os ministérios e órgãos federais. Por que deveria ser diferente?

O poder econômico dispõe do lobby. Não lhe interessa, por certo, a ampliação do diálogo social.

Por isso, defendemos o decreto presidencial.

E que isso represente apenas mais um passo rumo a maiores mudanças, como a reforma política, para qual defendemos a convocação de uma constituinte exclusiva e soberana.

CUT

5 de junho: Dia Mundial do Meio Ambiente

Neste ano de 2014, as mudanças climáticas são o tema do Dia Mundial do Meio Ambiente, questão da maior importância para todo o planeta impactado pelas intempéries. É indissociável a relação entre o mundo do trabalho e as mudanças climáticas. Praticamente todas as áreas do trabalho sofrem com o impacto e com as transformações advindas do clima. No entanto, para alguns setores econômicos diretamente relacionados, os impactos podem ser ainda piores. A agricultura familiar, o setor pesqueiro, industrial, a construção civil, os serviços, para citar alguns e os impactos nos empregos e nas condições de vida e moradia das trabalhadoras e trabalhadores são uma grande preocupação para o movimento sindical e social e para setores da sociedade que buscam alternativas que possam mitigar estes impactos.

 

A CUT promove diversas iniciativas e políticas de enfrentamento às mudanças climáticas. A Secretaria Nacional de Meio Ambiente integra o Comitê Gestor e também o Grupo Técnico do Fundo Clima, que tem como objetivo aprovar e acompanhar os projetos reembolsáveis e não reembolsáveis voltados à mitigação e adaptação às mudanças climáticas.

 

Pela CUT pleiteamos a aprovação de recursos a serem direcionados para mobilização e capacitação da classe trabalhadora em projetos de âmbito nacional, voltados para o enfrentamento às mudanças climáticas, iniciativas para a biodiversidade e empregos e na promoção da transição justa.

 

É imprescindível também que o movimento sindical esteja mais embasado por pesquisas, dados técnicos e informações acerca dos impactos das mudanças climáticas nos empregos e possa, assim, buscar alternativas que viabilizem a geração de postos de trabalho decentes e a ampliação de empregos nas fontes geradoras de energias renováveis, ampliando o acesso das trabalhadoras e trabalhadores às novas tecnologias e contribuindo na promoção do desenvolvimento sustentável.


Buscamos também intervir com a visão das trabalhadoras e trabalhadores nas Políticas Públicas que visem a mitigação e adaptação às mudanças climáticas. Enviamos nossa contribuição à revisão do Plano Nacional de Mudanças Climáticas e, neste momento, por intermédio do GT Mudanças Climáticas, Pobreza e Desigualdades do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas (FBMC), também buscamos o fortalecimento das iniciativas e participação da classe trabalhadora em adaptação.

 

Somam-se a isso nossas iniciativas internacionais que, atuando neste tema buscamos aprimorar estratégias para uma transição justa e participação ativa nos processos decisórios por meio das Conferências Internacionais sobre Mudanças Climáticas (COP), articulando iniciativas dos CUTistas, assim como das trabalhadoras e trabalhadores de outras Centrais Sindicais e demais organizações parceiras com a Central Sindical dos Trabalhadores das Américas (CSA) e a Central Sindical Internacional (CSI).

 

Integramos também o IES Brasil que discute as Implicações Econômicas e Sociais das Mudanças Climáticas e que é coordenado pelo FBMC, tratando-se de um conjunto de esforços de diferentes setores da sociedade brasileira na identificação de distintas trajetórias de desenvolvimento que alinhem objetivos socioeconômicos e ambientais, elaborando cenários econômicos para os períodos 2020-2030 e 2030-2050, julgados pertinentes pelos setores mobilizados e que identificam políticas de mitigação que possam revelar melhores respostas quanto a seus impactos econômicos e sociais.

 

As preocupações ambientais avançam muito nas políticas e nos debates mundiais e a CUT está presente nestes espaços colocando a vez e a voz da classe trabalhadora.

 

Neste momento, estamos participando da 103ª Conferência Internacional do Trabalho, em Genebra, e a CUT agora integra o Conselho de Administração da OIT, o que somada à Presidência da CSI, em Berlim, representa dois grandes avanços para nossa Central, haja vista as intensas investidas do capital internacional sobre os direitos conquistados pela classe trabalhadora.

 

Estas e outras iniciativas e participações da CUT e de outras organizações do movimento social e sindical representam nosso compromisso e luta por melhores condições de trabalho e de vida, pois, se não existirá trabalho em um planeta morto é bom também resgatar o geógrafo e escritor russo Piotr Kropotkin que afirmava que mais do que direito ao trabalho, o homem tem direito à vida.

 Escrito por: Jasseir Fernandes, secretário nacional de Meio Ambiente da CUT

Conselho de Aposentados e Pensionistas da FUP reúne-se nesta quinta e sexta em Natal

Nesta quinta e sexta-feira, 05 e 06 de junho,  o Conselho Nacional dos Aposentados e   Pensionistas da FUP (CNAP) realiza a sua reunião semestral para discutir as principais demandas deste importante segmento da categoria petroleira. O Sindipetro-RS está representado pelos diretores Hélio Libório, Antônio Carlos Cadore e Luiz Antônio Lisboa. O local do encontro é o Hotel Porto Mirim, em Natal, no Rio Grande do Norte, onde cerca de 30 aposentados e pensionistas estão reunidos. O coordenador da FUP, João Antônio de Moraes, participa da reunião ao lado de outros diretores da entidade.

Na pauta de discussão estão as conquistas e pendências do Acordo Coletivo, como a retomada do convênio da Petrobrás com o INSS para pagamento dos benefícios da Petros; a equiparação dos níveis pagos pela empresa aos trabalhadores da ativa nos ACTs 2004, 2005 e 2006; avaliação e proposta de melhoria para o Benefício Farmácia e outros serviços da AMS; devolução da parcela do INSS recebida em duplicidade em março de 2013, entre outras questões. 

 FUP

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