Nov 28, 2024

Plenário vai discutir medidas do ajuste fiscal a partir desta terça

O foco do Plenário da Câmara dos Deputados a partir dessa terça-feira, 05 de maio, devem ser as medidas provisórias que fazem parte do ajuste fiscal e dificultam o acesso a benefícios como o seguro-desemprego e o seguro-defeso (MPs 664/14 e 665/14). As medidas têm sido criticadas por parlamentares da oposição e da base aliada e por centrais sindicais. Nas últimas semanas, ministros da área econômica vieram ao Parlamento para esclarecer dúvidas e defender as propostas do governo.

O líder do governo, deputado José Guimarães (PT-CE), se disse ansioso por debater o tema com a oposição. “Esta é a pauta fundamental e nós vamos fazer um grande debate público e votar o ajuste porque ele é fundamental para o país.”

Para o líder do DEM, deputado Mendonça Filho (PE), o debate irá “desmascarar” o governo Dilma. “Ela dizia na campanha que não mexeria nos direitos dos trabalhadores e, através dessas duas MPs, a conta do ajuste está sendo repassada para os trabalhadores do Brasil.”

Seguro-desemprego

A medida provisória do seguro-desemprego (665/14) já tranca a pauta do Plenário. O texto foi aprovado pela comissão mista na quarta-feira (29), com alterações, como a carência para o primeiro pedido de seguro-desemprego de 12 meses de trabalho nos 18 meses anteriores à demissão. No segundo pedido, essa carência cai para nove meses; e nos demais, para seis meses ininterruptos de trabalho.

O relator, senador Paulo Rocha (PT-PA), negociou esses novos prazos com o governo, que, no texto original da MP, previa carência de 18 meses nos dois anos anteriores à demissão.

Rocha também alterou a medida provisória quanto ao abono salarial, que será pago ao empregado que comprovar vínculo formal de trabalho de no mínimo 90 dias, e não mais 180 dias, como queria o governo.

O valor do abono seguirá a mesma regra do 13º salário, ou seja, só será pago integralmente a quem trabalhar o ano inteiro. Se trabalhou só cinco meses, por exemplo, receberá apenas 5/12 do abono.

Comissão mista

Já a MP 664 pode ser votada pela comissão mista amanhã, às 14h30, e então passará a trancar as votações em Plenário. Na última terça-feira (28), o deputado Carlos Zarattini (PT-SP) apresentou seu parecer com diversas modificações em relação ao texto do governo. Um pedido de vista coletivo adiou a votação.

A principal novidade é a redução, de 24 para 18 meses, do prazo mínimo de contribuição para que a pensão por morte seja concedida para o cônjuge ou companheiro. A Lei de Benefícios da Previdência Social (8.213/91), alterada pela MP, não estabelecia tempo de carência. A medida também exige um tempo mínimo de dois anos de casamento ou união estável, que foi mantido pelo relator – outra regra que não existia na lei.

De acordo com o texto do deputado, se o segurado morrer antes de completar as 18 contribuições ou se o casamento tiver menos de dois anos, o parceiro terá direito a quatro meses de pensão. Esse dispositivo também não constava do texto original da MP.

Pacote anticorrupção

Mesmo com a votação das medidas provisórias, a pauta do Plenário estará trancada por projetos do pacote anticorrupção anunciado pela presidente Dilma Rousseff. As propostas tramitam em urgência constitucional.

A primeira proposta (PL 5.586/05) tipifica o crime de enriquecimento ilícito de servidores e agentes públicos, entre eles políticos. Pela proposta, o servidor ou agente público poderá ser condenado à prisão se apresentar sinais claros de enriquecimento ilícito, isto é, sem origem justificável.

O outro projeto (PL 2.902/11) estabelece a perda antecipada, por medida cautelar, dos bens oriundos de corrupção. Segundo a proposta, do ex-deputado Delegado Protógenes, os crimes de corrupção ativa e passiva e de peculato que causarem expressivos prejuízos aos cofres públicos terão a pena máxima aumentada dos atuais 12 anos para 30 anos de reclusão, além de multa.

Há ainda uma terceira proposta em regime de urgência e que tranca a pauta do Plenário a partir de amanhã, o Projeto de Lei 863/15, do Executivo, que reduz o benefício fiscal de desoneração da folha de pagamentos concedido a 56 segmentos econômicos. A proposta substitui a Medida Provisória 669/15, que foi devolvida pelo presidente do Congresso Nacional, Renan Calheiros, no dia 3 de março.

Fonte: Rede Brasil Atual

Petroleiros podem votar na pesquisa do Senado sobre o PL da escravidão

O PL 4330 mudou de nome. Ocorre que desde 28 de abril ele passou a tramitar no Senado Federal sob o nome de PLC (Projeto de Lei da Câmara), número 30. Agora o Senado está promovendo uma enquete online para saber se os brasileiros são favoráveis ou não a esse PLC.

Na prática o texto é o mesmo do PL4330/2004, que prevê a terceirização em todas as atividades das empresas.

O agora PLC 30 é um retrocesso na vida dos trabalhadores. Sabemos que a terceirização mata. No Sistema Petrobrás, 80% dos acidentes fatais ocorrem com os trabalhadores terceirizados. Da forma como foi aprovado esse Projeto de Lei na Câmara, ele servirá para aumentar o nível de acidentes e adoecimentos dentro do setor de petróleo e no geral.

Por isso, o Sindipetro-RS conclama pela participação da categoria petroleira, votando na enquete do Senado Federal, contra o PLC 30/2015.

Para acessar a enquete, clique aqui

Facebook bloqueia post da CUT

Nota de repúdio à violência da polícia do tucano Beto Richa é retirada do ar

Quem tentou na tarde desta quinta acessar via facebook a nota da CUT em repúdio à violência da polícia do tucano Beto Richa, governador do Paraná, deparou-se com um bloqueio semelhante ao pelotão de choque usado para bater em professores.

O mesmo aconteceu com reportagem veiculada por Jornalistas Livres sobre o massacre do Centro Cívico.

Censura. Resta saber se a pedido do PSDB.

Para ler a nota, clique aqui

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