Nov 25, 2024

Encontro Nacional da CUT discute estratégias de comunicação a partir desta segunda

CUT

Nos dias 8, 9 e 10 de abril, a Central Única dos Trabalhadores promove em São Paulo o 6º Encontro Nacional de Comunicação (Enacom).

Durante os três dias, dirigentes da CUT em todo o país discutirão com representantes dos movimentos sociais, da Academia e da blogosfera mecanismos que possam ampliar a rede de informação da classe trabalhadora e expandir a liberdade de expressão.

Para a secretária de Comunicação da Central, Rosane Bertotti, um dos debates principais do encontro deve ser como fazer com que o poder público enxergue o acesso à informação como ponto estratégico dentro da pauta.

“O governo ainda não mostrou sua posição política sobre a democratização da comunicação. Ao contrário, após a realização da 1ª Conferência Nacional, sinalizou projetos, mas adotou posição extrema ao dizer que não discutiria mais a construção de um marco regulatório. Na questão da banda larga, privilegia as teles o projeto de TV digital não ser aquele que pensamos em conjunto. A comunicação no país não e a diversidade do país”, aponta.

Ao lembrar de recente declaração do ex-presidente Lula sobre a necessidade de os movimentos sociais articularem uma rede de comunicação, Rosane assinalou que isso depende também de políticas públicas.

“Não conseguiremos democratizar a comunicação se não acabarmos com a propriedade cruzada, se não mudarmos a forma de concessão de canais de TV e rádio e não impedirmos que detentores de cargos públicos sejam donos de emissoras, se não estabelecermos regras para termos mais produção nacional, se 70% da publicidade do governo continuar indo para as mãos de grandes grupos econômicos”, critica.

Para expressar a liberdade –Modificar o atual cenário de produção e acesso à informação no país exige a criação de um marco regulatório, um conjunto de regras para o setor.

Para isso, o Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC), que atualmente conta com Rosane Bertotti como coordenadora, promove a campanha “Para Expressar a Liberdade”, que colherá assinaturas em todo o Brasil para apresentar um o projeto de iniciativa popular de um novo marco.

“Se isso não vem do governo e do poder Legislativo, virá do povo brasileiro. Porque quando você não regulamenta, quem faz isso é o poder do Capital. Não queremos censurar a liberdade de expressão de nenhuma emissora, apenas que outros segmentos da sociedade possam ter a mesma liberdade.”

Confira abaixo a programação do 6º Enacom

PROGRAMAÇÃO

DIA 8/4 - SEGUNDA-FEIRA

9h30 – Abertura e Mesa 1: Democratização da comunicação e liberdade de expressão

Convidados:

Paulo Moreira Leite – Jornalista desde os 17 anos, foi diretor de redação de ÉPOCA e do Diário de S. Paulo. Foi redator chefe da revista Veja, correspondente em Paris e em Washington. É autor de “A Outra História do Mensalão - As contradições de um julgamento político”

Venício Lima - Jornalista e sociólogo, pesquisador visitante no Departamento de Ciência Política da UFMG (2012-2013), professor de Ciência Política e Comunicação da UnB (aposentado) e autor de Política de Comunicações: um Balanço dos Governos Lula (2003-2010), entre outros.

João Brant – Radialista, membro da coordenação do Conselho do Intervozes – Coletivo Brasil de Comunicação.

Mediadora:
Rosane Bertotti– Agricultora familiar, socióloga, secretária nacional de Comunicação da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e coordenadora-geral do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC).

12h30 – Intervalo para Almoço

14h00 – Mesa 2: Mídia e Democracia: a relação com os Movimentos Sociais

Convidados:

Luiz Carlos Azenha – Jornalista, blogueiro (“Viomundo”),é diretor geral e conduz o projeto editorial do programa "Nova África", na TV Brasil. Foi correspondente internacional da Rede Manchete, colaborador da Folha de São Paulo, CNN e Rádio Jovem Pan em São Paulo.

Rodrigo Vianna – Jornalistahá 20 anos, historiador, blogueiro (“O Escrevinhador”) trabalhou na Folha de São Paulo, TV Cultura, TV Globo. Atualmente está na TV Record de São Paulo e Record News.

16h30 – Mesa 3: Liberdade de Expressão na Rede

Convidados:

Sergio Amadeu - Sociólogo e Doutor em Ciência Política, militante do Software Livre, é professor da pós -graduação da Faculdade de Comunicação Cásper Líbero. Autor de várias publicações, entre elas - Exclusão Digital: a miséria na era da informação.

Maria da Conceição Oliveira(Maria Frô) –  Blogueira, historiadora, educadora, ativista da educação para igualdade étnico-racial, autora do projeto pedagógico da coleção História em Projetos, entre outros.

18h00 – Mesa 4: Fotografia a serviço dos direitos humanos

Convidado:

João Roberto Ripper – fotógrafo com 35 anos de experiência,é especialista em fotografia documental, social e fotojornalismo. Éfundador da agência-escola Imagens do Povo, criada em 2004, na Maré, uma das maiores favelas do Rio de Janeiro.

DIA 9/4 - TERÇA-FEIRA

9h30 – Mesa 1: O Papel da Comunicação pública

Convidados:

Laurindo Lalo Leal Filho– Sociólogo e jornalista, é professor de Jornalismo da ECA-USP. É autor, entre outros, de “A TV sob controle – A resposta da sociedade ao poder da televisão” 

Ana Luiza Fleck – Presidenta do Conselho Curador da Empresa Brasil de Comunicação (EBC)

ABRAÇO Nacional - Associação Brasileira de Radiodifusão Comunitária

12h30 – Intervalo para almoço

14h00 – Mesa 2: O Desafio de construir novas mídias

Convidados

TVT
Rede Brasil Atual
Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé
Brasil de Fato

16h00 – 18h00 - Mesa 3

Construindo a Comunicação da CUT

Financiamento:Quintino Severo – secretário nacional de Administração e Finanças da CUT

Formação em Comunicação:José Celestino Lourenço – secretário nacional de Formação da CUT

Apresentação do Plano Nacional de Comunicação:Rosane Bertotti – secretária nacional de Comunicação da CUT

Noite Cultural- Sarau

DIA 10/4 - QUARTA-FEIRA

9h00 – Grupos de Trabalho

12h30 – Intervalo para almoço

14h00 – Apresentação grupos

18h00 – Encaminhamentos / Encerramento

Vigilância/Compartilhado da Regap: além de demitr, três trabalhadores são punidos

Sindipetro-MG

No último dia 02, o serviço compartilhado de São Paulo, em mais uma demonstração de que na vigilância da Regap o que vale é a ordem da chibata, suspendeu por 29 dias três trabalhadores. As punições somam a demissão do vigilante Wilson Delbochio num caráter de total desrespeito. O vigilante trabalhava há mais de 25 anos na Petrobrás. Após a transferência da Vigilância para o Compartilhado, uma comissão foi instaurada para apurar algumas irregularidades. Com a conclusão do relatório, o trabalhador foi ouvido no dia 27 de março em São Paulo e demitido por interesse da empresa.
 
A direção do sindicato não admite qualquer tipo de atitude arbitrária e deixa claro que lutará juntamente com os companheiros prejudicados pela reconquista dos seus direitos. O Sindipetro/MG já está na luta pela reintegração do companheiro demitido, e buscando meios de reverter tais punições. 

FUP discute critérios para provisionamento das PLRs futuras

FUP

Os petroleiros voltaram a se mobilizar nesta sexta-feira, 05, quando a FUP realizou mais uma rodada de negociação com a Petrobrás sobre regras e critérios para provisionamento e distribuição das PLRs futuras. A negociação com a Petrobrás foi retomada no último dia 22, quando foram discutidos os indicadores propostos. A reunião desta sexta-feira tratou dos critérios para definição do montante da PLR. Toda a discussão está sendo conduzida pela FUP com base na proposta que foi aprovada em 2008 pelos trabalhadores nas assembléias e cuja íntegra pode ser acessada aqui
O prazo final para conclusão da negociação é dia 10 de maio e a proposta final de regramento das PLRs futuras será submetida aos trabalhadores nas assembléias e, caso seja aprovada, será implementada para a PLR 2014, que será paga em 2015. Portanto, é necessário que a  categoria permaneça mobilizada, acompanhando, passo a passo, a evolução da negociação. As próximas reuniões serão dias 18 e 19 de abril.

Indicadores

Houve consenso com a FUP em relação aos indicadores negociados, exceto o Volume Total de Petróleo e Derivados Vazado (VAZO), que a Federação condicionou à participação das representações dos trabalhadores nas políticas e diretrizes de SMS da Petrobrás. Os outros cinco indicadores que foram acordados são: Eficiência das Operações com Navios (EON-TA); custo unitário de extração no Brasil sem Participações Governamentais; produção de óleo e LGN no Brasil; carga fresca processada no Brasil; Atendimento à Programação de Entrega de Gás Natural (APGN).

A FUP, no entanto, cobrou que a Petrobrás apresente ano a ano as metas definidas para cada indicador, já que a empresa não concordou em negociá-las com os trabalhadores. A FUP quer conhecer as justificativas dos gestores para cada meta estabelecida e assim poder se posicionar. A Petrobrás irá avaliar o pleito.

Montante da PLR

A FUP reafirmou a proposta aprovada pela categoria nas assembléias em 2008 de que o montante da PLR tenha por base os dividendos distribuídos aos acionistas, conforme estabelece a legislação, ao definir como teto os 25%. Na proposta apresentada pela FUP, esse percentual pode variar entre 14% e 25%, de acordo com o somatório das metas alcançadas no ano. A Federação também reafirmou que se, por algum motivo, não houver distribuição de dividendos, a Petrobrás deverá pagar o piso de R$ 13.901,25, que será corrigido anualmente pelo percentual de reajuste salarial garantido no Acordo Coletivo de Trabalho.

A Petrobrás, no entanto, insiste que o montante da PLR seja estabelecido com base no lucro líquido registrado pela empresa, como já vem sendo praticado pela empresa por determinação do DEST.

A FUP cobrou que a Petrobrás apresente na próxima reunião o montante das PLRs pagas ao longo dos últimos anos, bem como os percentuais, tanto em relação ao lucro líquido, quanto aos dividendos. 

Estado de Greve

Conforme deliberação aprovada pelos petroleiros nas assembleias que discutiram o fechamento da PLR 2012, a categoria se mantém em estado de greve em todo o país.  É imprescindível  que os trabalhadores estejam mobilizados para fazer a Petrobrás avançar na definição de regras e critérios justos e democráticos para as PLRs futuras.  Essa é uma negociação complexa, que se arrasta desde 2009 e que, portanto, avançará de acordo com a disposição de luta da categoria.

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