Faz tempo que o jogo de empurra entre a área do Compartilhado e o RH vem causando diversos problemas à categoria. A gestão de pessoal deveria ter a função de preservar a tranquilidade e o atendimento às questões legais e ao Acordo Coletivo de Trabalho, mas o jogo de empurra tem feito diversos estragos. O último ocorreu agora no pagamento das horas-extras da Parada de Manutenção.
No dia 29 de abril, o Sindipetro-RS participou de reunião, na SRTE, para tratar da realização da Parada de Manutenção. Lá o Sindicato solicitou a manutenção dos trabalhadores de turno no seu respectivo regime, sem a transição para o administrativo. Também solicitamos que, após a parada, fossem encaminhadas ao Sindicato a relação de todos os envolvidos e cópia dos registros de ponto, para confirmação do atendimento e respeito às jornadas e limites de jornadas estabelecidos.
Após duas reuniões com o RH da empresa, ficou acertado que nenhum trabalhador de turno teria seu regime alterado e estaria garantida a preservação da carga horária, conforme ACT.
Veio a parada e, com ela, muitas foram as dúvidas levantadas sobre as jornadas e o estabelecimento de limites de horas extras, dias trabalhados e cobranças por necessidade de pessoal para atender os prazos.
Ao final, o mínimo que a categoria esperava era o respeito ao que fora discutido com a área de Recursos Humanos e o consequente pagamento das horas devidas.
Mas, infelizmente, uma vez mais a categoria foi “relegada”, destratada e desrespeitada, pela gestão da Refap e da Petrobrás!
O jogo de empurra.
Cobrado pelo Sindicato sobre as dúvidas e problemas que surgiam, o RH da REFAP disse que a responsabilidade é do Compartilhado. RH informou ainda que havia contatado o Compartilhado e a resposta foi: "por falta de pessoal suficiente, não conseguimos tratar todas as ocorrências e que só será possível pagar as horas faltantes, no mês de agosto". Também que o Gerente Geral havia se envolvido para sanar o problema, mas não sabemos se não teve empenho suficiente ou se o Compartilhado tem autonomia e não deve explicações, oficiais, aos GG´s das unidades.
Solicitamos, então, que a Gerência da Refap enviasse uma mensagem aos trabalhadores e às trabalhadoras explicando os fatos e garantindo a solução de todas as pendências. A resposta da Refap foi de que não poderia fazer, que estariam esclarecendo individualmente e que eram poucos casos.
Tudo indica que está vigente, na Petrobrás, a Lei da Mordaça, onde gerentes locais não podem esclarecer o que está acontecendo, pelos meios de comunicação da empresa, talvez por revelar a incapacidade da gestão da empresa em reconhecer os seus próprios erros.
Quanto ao Compartilhado, bem, desde muito tempo vem fazendo “presepadas”, no tratamento das questões referentes às relações de trabalho.
Primeiro criou um sistema que estabeleceu um cálculo de dias de trabalho, onde penaliza, unicamente os trabalhadores em turno, quando do seu retorno de férias, fugindo totalmente do que estabelece a legislação, em relação ao regime de trabalho de seis horas, conforme a Constituição de 1988. Fato que inclusive consta do ACT, para solução e até hoje não foi solucionado, pelo RH.
A bem pouco tempo atrás, segundo comunicação do RH, o Banco do Brasil deixou de emitir cheque administrativo, por conta disso pagariam as rescisões contratuais, após a homologação, desrespeitando o que determina a legislação trabalhista. Agora, desrespeitam, mais uma vez a legislação trabalhista, que determina que as horas trabalhadas acima da jornada, no mês, sejam pagas imediatamente.
Se há falta de pessoal, como está muito evidente, na maioria dos setores da empresa, quem será responsável por adequar?
A dúvida que fica, ao final, é: quem realmente é responsável por cuidar das relações de trabalho, pois tratamos com o RH, que assume compromissos, mas quem não cumpre é o Compartilhado, que deixa a força de trabalho no "pendura aí!".
Em função de mais esse desrespeito, solicitamos que todos e todas, que estão sendo lesados pelo Compartilhado/RH, encaminhem, para o e-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo., a cópia dos seus registros ponto, com todas as informações de tratamento ou não, para podermos ver o tamanho dos “poucos casos”, que estão pendentes e tomarmos as devidas providências. Logo em seguida, chamaremos uma reunião, na sede da entidade, para tratarmos com o jurídico.