Todo este esforço e mobilização resultaram na aprovação do Projeto já na noite desta terça (7). Agora, ele seguirá para sanção presidencial. De acordo com o texto aprovado, a política de cotas tem validade de dez anos. “A intervenção do Conselho, com toda a sua diversidade étnica-cultural, foi de extrema importância para sensibilização dos parlamentares. A adoção das cotas representa o fortalecimento de iniciativas de combate ao racismo, primando pelo acesso e permanência dos negros e negras no ensino superior”, destacou Julia.
A reserva de 50% das vagas será dividida da seguinte forma: metade destinada aos estudantes negros, pardos ou indígenas de acordo com a proporção dessas populações em cada estado, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e a outra metade será designada aos estudantes que cursaram o segundo grau integralmente em escolas públicas e cuja renda da família é de até um salário mínimo e meio.
Hino à Negritude – Na audiência com o presidente do Senado, o Conselho também reivindicou a aprovação do projeto 2445/07 de autoria do deputado federal Vicentinho que torna nacional o Hino à Negritude composto pelo professor Eduardo Oliveira que faleceu recentemente. “Caso aprovado, essa será outra grande vitória para o movimento. O presidente do Senado se comprometeu a construir e articular ações para aprovação do Projeto”, informou Julia.
* Com informações da Agência Brasil