Release: Petroleiros gaúchos entram em greve por tempo indeterminado

Porto Alegre (RS) – Os trabalhadores e as trabalhadoras do Sistema Petrobrás entraram em greve por tempo indeterminado à zero hora de segunda-feira, 15 de dezembro, em todo o país. A paralisação nacional foi resultado de um amplo processo de assembleias e expressou a insatisfação da categoria diante de ataques e de ações unilaterais da gestão da empresa. No Rio Grande do Sul, as assembleias realizadas pelo Sindicato dos Petroleiros e Petroleiras do RS (Sindipetro-RS), encerradas na quinta-feira, 11 de dezembro, aprovaram a greve por tempo indeterminado com 95,40% dos votos favoráveis, em consonância com o indicativo nacional da Federação Única dos Petroleiros (FUP), aprovado nas bases dos 14 sindicatos filiados.

Na base gaúcha, especificamente na Refinaria Alberto Pasqualini (Refap), o início efetivo da paralisação ocorre a partir do dia 16 de dezembro, conforme a organização definida pelo Sindicato. Em conformidade com as exigências legais, o Sindicato dos Petroleiros e Petroleiras do RS comunicou oficialmente a Petrobrás, por meio de ofício, garantindo o cumprimento das necessidades essenciais de abastecimento da população, conforme prevê a Lei de Greve (Lei nº 7.783/89). Nas bases da Transpetro no RS (TENIT, TEDUT e TERIG), a paralisação tem início no dia 17 de dezembro.

É importante informar que, desde o dia 11 de dezembro, aposentados e aposentadas estão em vigília, acampados em frente à sede da Petrobrás, no Rio de Janeiro, e seguem mobilizados durante toda a greve.

A mobilização da categoria petroleira tem como eixos centrais a luta por um Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) forte, a distribuição justa da riqueza gerada pela Petrobrás, o fim dos Planos de Equacionamento de Déficit da Petros (PEDs) e o reconhecimento da Pauta pelo Brasil Soberano, que inclui a suspensão imediata dos desimplantes forçados e das demissões no segmento de Exploração e Produção (E&P). As reivindicações buscam assegurar direitos, empregos e o papel estratégico da Petrobrás para o desenvolvimento e a soberania energética do país.

Segundo a presidenta do Sindicato dos Petroleiros e Petroleiras do RS, Miriam Cabreira, “desde o início da negociação, o movimento sindical atuou com o máximo de responsabilidade, buscando construir soluções e avançar em uma negociação que respondesse às necessidades da categoria e ao papel estratégico da Petrobrás. A gente estava conduzindo a negociação com o máximo de paciência e boa-fé negocial possível”.

Os 14 sindicatos filiados à Federação Única dos Petroleiros permanecem mobilizados e cumpriram rigorosamente os trâmites legais previstos na legislação. No Rio Grande do Sul, o Sindicato dos Petroleiros e Petroleiras do RS orienta que a categoria se mantenha atenta às informações divulgadas pelos canais oficiais da entidade, reafirmando seu compromisso com a defesa dos direitos dos trabalhadores, da Petrobrás pública e da soberania nacional.

Assessoria de Imprensa do Sindipetro-RS
Rita Cardoso (51) 9.96351066