“As propostas apresentadas até agora foram ridículas. Alguns grupos tiveram a cara de pau de propor reajuste abaixo da inflação”, contou Biro-Biro.
Rafael concorda com o presidente da FEM-CUT e destaca que não existe justificativa para essa ausência de propostas. “Alguns setores, como o de máquinas, estão com produção intensa e até aumentando a ocupação de sua capacidade instalada”, lembrou. “Parece existir uma orientação para que nenhum grupo apresente propostas”, prosseguiu o vice-presidente do Sindicato.
“Essa postura é inaceitável”, protestou. “Estamos indignados com isso, já que o Sindicato e a CUT fizeram um grande esforço para que o governo federal colocasse o fortalecimento da indústria entre as prioridades de sua agenda”, disse o dirigente.
Entre outras ações que os empresários devem aos trabalhadores, Rafael destacou a adequação do câmbio, a redução dos juros, a desoneração de impostos, a restrição aos importados, o Plano Brasil Maior de fortalecimento da indústria no País e o novo regime automotivo com ampliação do conteúdo regional.
“Tudo isso nos dá autoridade para cobrar um aumento real para os trabalhadores”, acentuou o vice-presidente do Sindicato. “Este é outro motivo porque nossa mobilização é importante, para construir uma nova base de negociações”, concluiu.