Nov 24, 2024

Sindicato e bancada dos trabalhadores repudiam participação unilateral da Petrobrás no seminário sobre benzeno da empresa

Sindipetro Caxias

O SMS Corporativo da Petrobrás patrocina uma grande armadilha para os trabalhadores: um Seminário Internacional sobre Exposição Ocupacional ao Benzeno. Discutido no âmbito da Comissão Nacional Permanente do Benzeno (CNPBz), o objetivo original do seminário seria debater e divulgar o tema entre os trabalhadores, promover um Encontro Nacional de GTB das empresas e formar uma conscientização sobre o risco da exposição a esse produto tão nocivo à saúde humana. Ocorre que a Bancada Patronal, encabeçada pelo SMS Corporativo da Petrobrás, vislumbrou nesse seminário uma oportunidade de divulgar uma teoria forjada para defesa de seus interesses e de tentar emplacar o retorno do limite de tolerância ao benzeno. As Bancadas dos Trabalhadores e do Governo repudiam veementemente a realização desse Seminário de forma unilateral pela Bancada dos Empregadores e solicitam que os trabalhadores não aceitem participar do evento.

Read more

Com impasse na Refinaria de Manguinhos, FUP reitera o seu posicionamento em defesa do monopólio estatal do petróleo

 

FUP
Tendo em vista o recente anúncio por parte do governo do estado do Rio de Janeiro sobre o decreto de desapropriação da Refinaria de Manguinhos, a FUP reitera o seu posicionamento em defesa do monopólio estatal do petróleo. Nos solidarizamos com os trabalhadores da refinaria e seus familiares e cobramos da empresa e do poder público respeito incondicional a todos os direitos dos petroleiros.
A FUP entende que somente o controle da União sobre todas as atividades da indústria de petróleo é capaz de garantir a soberania nacional, a utilização deste estratégico recurso em prol do povo brasileiro, o respeito ao meio ambiente e os plenos direitos da classe trabalhadora. Por isso, construímos em conjunto com os movimentos sociais o Projeto de Lei 531/2009, em tramitação no Senado Federal, que restabelece o monopólio estatal do petróleo, através da Petrobrás 100% pública.
A Refinaria de Manguinhos já nasceu privada e é anterior à Lei 2004, de outubro de 1953, que regulamentou o setor no Brasil, através da criação da Petrobrás. Mas o monopólio estatal só foi consolidado na década seguinte, após diversas mobilizações dos petroleiros, através da campanha "Tudo de petróleo para a Petrobrás". Em 1963, o governo João Goulart anunciou a encampação das refinarias privadas que existiam no país: a União S.A. (atual Recap/Capuava, que pertence à Petrobrás), a Copam (atual Reman/Manaus, que também integra o Sistema Petrobrás), a Ipiranga (no Rio Grande do Sul) e Manguinhos.
No entanto, após o golpe militar, em 1964, o general Castelo Branco desfez as desapropriações, restabeleceu a propriedade privada das refinarias, demitiu centenas de trabalhadores e destituiu direções dos sindicatos de petroleiros que lideraram a campanha pela encampação. Dez anos depois, a Petrobrás adquiriu os ativos das refinarias de Capuava e Manaus e, a partir de então, os sindicatos de petroleiros passaram a reivindicar que as refinarias de Ipiranga e Manguinhos tivessem também seus ativos controlados pela União.
A FUP é a entidade que unificou,  nacionalizou e fortaleceu essa luta, principalmente, após a quebra do monopólio estatal da Petrobrás nos anos 90 pelo governo Fernando Henrique Cardoso. Ao longo dessas duas últimas décadas, a FUP tem pautado suas ações políticas e intervenções junto à sociedade organizada, parlamentares e governos em torno da necessidade de controle estatal e social sobre os recursos energéticos do país, bem como sobre todas as atividades da indústria petrolífera.
Tornamos a reiterar nossa solidariedade integral aos trabalhadores da Refinaria de Manguinhos e esperamos dos acionistas e governantes que qualquer solução que venha a ser dada para o atual impasse tenha por base a garantia integral dos direitos dos trabalhadores e de suas famílias.

FUP

Tendo em vista o recente anúncio por parte do governo do estado do Rio de Janeiro sobre o decreto de desapropriação da Refinaria de Manguinhos, a FUP reitera o seu posicionamento em defesa do monopólio estatal do petróleo. Nos solidarizamos com os trabalhadores da refinaria e seus familiares e cobramos da empresa e do poder público respeito incondicional a todos os direitos dos petroleiros.

Read more

Polo Naval tem acidente com vítima fatal

O operador Marco Antônio Torres, 59 anos, é a mais recente vítima da política de insegurança do Sistema Petrobrás. Marco trabalhava no Polo Naval em Rio Grande, na operação de retirada da embarcação de dentro do dique, realizada no último domingo, 21 de outubro, quando sofreu o acidente. O trabalhador era contratado da empresa Quip, uma das responsáveis pela construção da plataforma P-55. Marco não resistiu aos ferimentos e faleceu na manhã dessa terça-feira, 23. O Sindipetro-RS entrou em contato com a empresa para apurar as informações sobre o acidente, mas ela ainda não se manifestou.

O trabalhador de Rio Grande é a sétima vítima fatal de acidentes de trabalho ocorridos na Petrobrás nesse ano. Desde 1995, quando a FUP criou um banco de dados com os acidentes fatais comunicados pelos sindicatos e pela Empresa, já foram registrados 317 óbitos de petroleiros vítimas de uma política de SMS que nunca priorizou a vida dos trabalhadores. Para a maior parte dos gestores da Petrobrás, a produção e o lucro estão sempre em primeiro lugar, mesmo que isso implique em colocar em risco a saúde e a segurança dos petroleiros. Uma realidade que é ainda mais cruel, quando se trata de trabalhadores terceirizados, que hoje representam mais que o triplo dos efetivos próprios da Empresa.

Facebook