Nov 27, 2024

Petroleiros estão aprovando greve contra o leilão de Libra

Os trabalhadores da Petrobrás e subsidiárias estão rejeitando a proposta apresentada pela empresa e aprovando greve por tempo indeterminado a partir de quinta-feira, 17. As assembleias já foram concluídas no Rio Grande do Norte, Pernambuco, Paraíba, Bahia e Espírito Santo com aprovação massiva dos indicativos da  Federação Única dos Petroleiros (FUP). No Amazonas, as assembleias terminam nesta terça-feira, 15, mas os  resultados parciais de aprovação da greve não têm como ser revertidos. Nos demais estados do país, as assembleias prosseguem até quarta-feira, 16, e os resultados parciais também apontam a aprovação dos indicativos da FUP.

Além de uma nova proposta de Acordo Coletivo, os petroleiros exigem a suspensão imediata do leilão de Libra, que está previsto para acontecer no próximo dia 21, e a retirada de votação do Projeto de Lei 4330, em tramitação na Câmara dos Deputados, que trata da regulamentação da terceirização.

Desde o dia 02, os petroleiros estão acampados junto com os movimentos sociais, na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, pressionando o governo a cancelar a licitação do Campo de Libra, a maior e mais importante descoberta de petróleo dos últimos anos. Na próxima quinta-feira, 17, data indicada para o início da greve, haverá mais uma grande manifestação nacional contra o leilão de Libra, com marchas e mobilizações em vários estados do país.

Nos últimos meses, os petroleiros têm realizado uma intensa campanha junto com as centrais sindicais e os movimentos sociais para impedir que o governo privatize o campo de Libra.  No aniversário de 60 anos da Petrobrás, no último dia 03, a categoria realizou uma paralisação nacional de 24 horas,em protesto contra o leilão. Além disso, os petroleiros têm participado de atos e manifestações públicas, denunciando os riscos à soberania e os prejuízos que a nação brasileira terá caso Libra seja ofertado às empresas privadas.

Outro ponto central da greve dos petroleiros é a retirada de tramitação do Projeto de Lei 4330, que sob o pretexto de regulamentar a terceirização, piora consideravelmente as condições de trabalho e ataca direitos históricos da classe trabalhadora. Soma-se a isso a luta por avanços na campanha reivindicatória, que mobiliza a categoria há dois meses, sem avanços por parte da Petrobrás. No último dia 07, a empresa apresentou uma proposta que está sendo amplamente rejeitada pelos trabalhadores.

CUT promove nesta quarta (16) debate sobre Leilões de Petróleo e Marco Regulatório do Setor

Considerando a importância do petróleo como recurso natural fundamental à promoção de um desenvolvimento nacional soberano com justiça social, a CUT promove nesta quarta (16) o debate “Desenvolvimento Nacional e Marco Regulatório do Petróleo”, que visa aprofundar a política adotada no setor.

Na ocasião, estarão presentes a Diretora Geral da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Magda Chambriard, e o presidente da Federação Única dos Petroleiros (FUP), João Antônio de Moraes.

O debate ocorrerá no auditório amarelo do Sindicato dos Bancários de São Paulo (Rua São Bento, 413), com início às 14h30.

No mesmo horário será possível acompanhar o evento pelo site da CUT.

CUT

Todos contra o PL 4330! Artistas gravam vídeo denunciando o projeto da escravidão

As centrais sindicais e demais entidades de classe que lutam contra o Projeto de Lei 4330 ganharam a adesão de um grupo de artistas brasileiros, que estão se mobilizando nacionalmente para barrar o PL. Nesta última semana, a Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), uma das entidades que integram o Fórum Nacional de Combate à Terceirização,  começou a massificar nas redes sociais dois importantes vídeos gravados por Camila Pitanga, Wagner Moura, Dira Paes, Osmar Prado, Bete Mendes, Priscila Camargo, entre outros artistas nacionalmente conhecidos.

Nos vídeos eles alertam para os riscos do PL 4330, o qual classificam como "algo muito grave". De forma clara e direta, eles explicam o que acontecerá no Brasil em termos de trabalho, caso o projeto seja aprovado. "Imagine a escola de seu filho, os hospitais, as construtoras, todos substituindo os seus trabalhadores por profissionais com menos direitos e garantias", alertam. "Terceirização se dá quando o trabalho de alguém é vendido por intermediário que lucra com isso", explicam, informando que o PL 4330 "pretende autorizar essa prática de forma generalizada" e declaram categoricamente que "o resultado será prejudicial a todos os brasileiros, pois os trabalhadores perderão direitos e garantias, conquistados com anos de lutas".

Os artistas que participam da campanha contra o PL 4330 integram também o Movimento Humanos Direitos (MHUD), que desenvolve ações contra o trabalho escravoe outras questões que violem ou coloquem em risco os direitos humanos. Os vídeos foram realizados em uma parceria da MHUD com a Anamatra e estão sendo compartilhados por todas as entidades que seguem na luta para derrotar o projeto da escravidão, como alertam a CUT e demais centrais sindicais. Acesse aqui os vídeos e ajude a compartilhar em suas redes sociais.

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