Os trabalhadores da Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE) realizaram um ato público e deram um abraço simbólico à sede da empresa, em Porto Alegre, reforçando a defesa do patrimônio público, durante ato público realizado ao meio-dia desta quinta-feira (19).
A atividade foi coordenada pela CUT Metropolitana e contou com a participação de todas as entidades que integram a Frente em Defesa do Patrimônio do Povo Gaúcho: CUT-RS, Senergisul, Sindiágua, SindBancários, Fetrafi-RS, Senge, Sintec, Uniproceee, Associação dos Engenheiros da CEEE, Associação dos Técnicos da CEEE e Aapergs.
Após concentração a partir das 11h30, os trabalhadores saíram de mãos dadas em caminhada da esquina da Rua Joaquim Porto Vilanova, esquina com a Avenida Ipiranga, até a entrada principal do prédio da CEEE, no bairro Jardim do Salso.
Houve manifestações de representantes das entidades presentes, bem como do deputado estadual Jeferson Fernandes (PT). Todos destacaram a importância da unidade na luta em defesa das empresas públicas, pois nenhuma está totalmente protegida. Somente a luta coletiva poderá enfrentar os ataques do governo Sartori (PMDB).
CUT-RS aponta quem é o inimigo dos trabalhadores
“Várias empresas estão na mira e não podemos gastar pólvora com chimango. O inimigo dos trabalhadores é o grupo RBS, que é o diário oficial e o porta-voz do governo do Estado. Não se trata dos repórteres, mas dos donos que se articulam com as federações patronais e que querem concluir o projeto iniciado pelo governo Britto”, alertou o presidente da CUT-RS, Claudir Nespolo.
Ao afirmar que “o governo Sartori representa os grandes interesses dos grupos econômicos”, ele chamou os trabalhadores a intensificar a mobilização. “Os deputados têm medo da pressão nas bases”, apontou o dirigente da CUT-RS.
“Temos que pressionar os deputados para que defendam as empresas públicas. O jogo não está definido. As peças ainda estão se ajustando. E os trabalhadores são sujeitos e não objetos que podem ser jogados”, frisou Claudir.
Ele chamou a atenção para a importância para preservar as empresas públicas e alertou para as conseqüências das políticas neoliberais para os trabalhadores. “A privatização, a parceria público privada e a concessão significam precarização do trabalho”, destacou.
Claudir pediu a solidariedade de todos os trabalhadores. “Temos que ser solidários, incluindo quem trabalha na iniciativa privada, para defender as empresas públicas”, ressaltou.
Avaliação
“Vencemos mais uma etapa na luta em defesa do patrimônio dos gaúchos, com o mesmo sucesso que tivemos quando abraçamos no dia 11 setembro o edifício-sede do Banrisul, onde fica também a administração da Corsan”, avalia o coordenador da CUT Metropolitana, Carlos Pauletto.
Para ele, “o sucesso do evento só foi possível graças à unidade das entidades e à presença dos trabalhadores, que mesmo na sua folga de almoço estiveram lá e participaram ativamente desta luta que é de toda a sociedade gaúcha”.
“Precisamos mais do que nunca proteger o patrimônio público e reafirmar que não podemos entregar as empresas públicas, como a CEEE, que foi construída ao longo de muitos e muitos anos, com esforço e investimentos do orçamento do Estado. Ela não pertence ao Sartori nem ao PMDB, mas sim ao povo gaúcho”, concluiu Pauletto.
A manifestação foi encerrada com o tradicional salchipão (salsichão com pão).
Fonte: CUT-RS