Em audiência realizada terça-feira (17) em Brasília, com o procurador-geral do Trabalho, Ronaldo Fleury, e o chefe da Coordenadoria Nacional de Promoção da Liberdade Sindical (Conalis), João Carlos Teixeira, a FUP cobrou uma apuração rigorosa sobre as práticas antissindicais cometidas pela Petrobrás e por suas subsidiárias durante a greve dos petroleiros.
A entidade reiterou as denúncias já feitas às Superintendências Regionais do Trabalho sobre as excessivas horas extras realizadas pelas equipes de contingências que a Petrobrás utilizou ostensivamente durante a greve e que causaram uma série de acidentes. A FUP também relatou as ações truculentas da empresa no combate ao movimento, com uso, inclusive, da força policial dentro das unidades de produção, bem como as intimidações e ameaças feitas contra os trabalhadores que aderiram à greve.
Foi cobrado ainda que o Ministério Público responsabilize por improbidade administrativa os gerentes que integraram as equipes de contingência, financiados pela Petrobrás para violarem o direito de greve. Esses fatos serão investigados pela Coordenação Nacional de Combate às Irregularidades Trabalhistas na Administração Pública (Conap), órgão fiscalizador do MPT.
Ao final da audiência, ficou estabelecido que as Procuradorias Regionais do Trabalho investigarão os fatos relatados pelas entidades sindicais. Na próxima semana, durante a reunião semestral da Conalis, que reúne os procuradores regionais de todo o país, serão discutidas estratégias de atuação em relação às práticas antissindicais da Petrobrás e ações de proteção aos grevistas.
A FUP orienta os sindicatos a continuarem denunciando às Procuradorias Regionais toda e qualquer arbitrariedade cometida pela Petrobrás e suas subsidiárias antes, durante e após a greve.
Fonte: FUP