A próxima sexta-feira, 29 de maio, será decisiva para as lutas da classe trabalhadora. A paralisação nacional convocada pela CUT, CTB e outras centrais sindicais do campo progressista será uma importante demonstração de forças das categorias organizadas contra o avanço da agenda conservadora. É nas ruas e em seus locais de trabalho que o povo brasileiro apontará para o governo e o Congresso Nacional que não aceitam retrocessos.
O objetivo é ampliar o movimento iniciado no dia 15 de abril, quando petroleiros, metalúrgicos, bancários, professores, servidores públicos, operários da construção civil, setor naval e várias outras categorias interromperam suas atividades e somaram-se às mobilizações das centrais sindicais e movimentos sociais contra o projeto da terceirização. A paralisação do dia 29 deverá ser ainda mais incisiva, rumo à greve geral que os movimentos sociais prometem realizar, caso o Congresso Nacional e o governo insistam em levar adiante as medidasque colocam em risco direitos históricos da classe trabalhadora e as conquistas sociais garatidas nos últimos anos.
Mudanças na política econômica
A paralisação nacional do dia 29 contará novamente com a participação dos movimentos sociais, ampliando a unidade das forças de esquerda. Além da defesa dos direitos dos trabalhadores, estão também na pauta de luta a reforma política com fim do financiamento privado de campanhas, a defesa da Petrobrás e do pré-sal, a redução dos juros, a retomada do crescimento do país com geração de empregos e renda, o fomento à indústria nacional, a reforma agrária, a ampliação das conquistas sociais e outras medidas que vão na direção contrária da atual política econômica do governo.
A agenda que unifica os movimentos sociais está expressa no manifesto lançado no dia 20, onde economistas, intelectuais, acadêmicos, entidades sindicais, estudantis e de organizações populares se contrapõem ao ajuste fiscal e cobram mudanças urgentes no rumo da economia. “Depois de 12 anos, o país passa por um momento extremamente difícil. O governo parece encurralado e não demonstra capacidade de ampliar o horizonte político de um projeto que fez o Brasil avançar. O país precisa reencontrar o caminho do desenvolvimento e construir uma estratégia política capaz de enfrentar os novos desafios”, ressalta um dos trechos do documento.
“É hora de radicalizar o projeto de desenvolvimento, com o fortalecimento da produção, investimentos na indústria nacional e na agricultura, desenvolvimento de pesquisa, ciência e tecnologia e dinamização do mercado interno. Enquanto o país se submeter aos interesses do capital financeiro e estiver dependente da dinâmica imposta pelos países avançados, especialmente em relação a ciência e tecnologia, nossa economia estará fragilizada”, enfatiza o manifesto, cuja íntegra pode ser acessada na página da FUP.
Fonte: FUP