Nov 20, 2024

Petros: Conselho Deliberativo e Diretoria alteram Política de Investimentos para reduzir riscos

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Para dar maior segurança ao patrimônio dos participantes e assistidos diante das incertezas que envolvem o cenário econômico mundial, o Conselho Deliberativo (CD) e a Diretoria Executiva da Petros promoveram mudanças na política de investimentos em vigor para este ano. Algumas medidas foram propostas pela Diretoria Executiva; outras, pelo próprio Conselho, responsável por aprovar as alterações. Todas as mudanças são compatíveis com um perfil de investimento mais conservador.

A política de investimentos ajuda a definir as estratégias de alocação dos recursos no médio e longo prazos. Por isso, é importante para o gerenciamento dos planos de benefício. “O documento pensado anteriormente já levava esses fatores conjunturais em consideração, mas resolvemos adotar uma postura um pouco mais conservadora, diminuindo, por exemplo, os limites de exposição de algumas carteiras, como a renda variável”, explicou o diretor de Investimentos da Petros, Licio da Costa Raimundo. 

A mudança na política prevê ainda o aprimoramento dos mecanismos de controle sobre os ativos de maior risco. 

Alterações acompanham perfis dos planos
É importante ressaltar que as mudanças implementadas na política de investimentos são diferenciadas por plano, pois devem seguir o perfil de cada um. Por exemplo, o Plano Petros do Sistema Petrobras (PPSP) é de benefício definido e está em fase de desembolso (paga mais do que recebe em contribuições). Já o Plano Petros 2 (PP-2) é de contribuição variável e está no período capitalização, com trabalhadores contribuindo e poucos pagamentos previstos no curto prazo.

Plano Petros do Sistema Petrobras
No PPSP, a principal meta será a busca de liquidez. Para isso, a Fundação pretende transferir parte dos recursos investidos para a aquisição de títulos públicos. “Esses papéis estão pagando juros bastante atrativos, mas também têm liquidez, à medida que podemos levá-los ao mercado a qualquer momento e transformar em dinheiro”, explica o diretor. 

"Vamos diminuir nossa participação em bolsa de valores. Pode ser que até o fim do ano a renda variável alcance rentabilidade maior do que outros investimentos, mas quando olhamos para o risco que estamos correndo neste momento não vale a pena", avalia Licio. 

Outra decisão importante é que o PPSP não fará novos aportes em Fundos de Investimentos em Participações, os chamados FIPs, além do capital já comprometido. Segundo definição da Comissão de Valores Imobiliários, o FIP é constituído em forma de condomínio fechado e os recursos administrados são destinados à "aquisição de ações, debêntures, bônus de subscrição, ou outros títulos e valores mobiliários conversíveis ou permutáveis em ações de emissão de companhias, abertas ou fechadas, participando do processo decisório da companhia investida". Em outras palavras, o fundo tem influência efetiva na definição da gestão por meio da indicação de membros para o Conselho de Administração nas empresas das quais tem participação.

Ainda sobre o Plano Petros do Sistema Petrobras, as carteiras de renda variável, FIP e renda variável global (investimento no exterior), que juntas estão em 52% do patrimônio do plano, deverão ficar com uma fatia menor que a atual até o final de 2015. Este percentual continuará a ser reduzido nos próximos cinco anos com o objetivo de ficar abaixo dos 50%. Também devem ser feitas mudanças na carteira de crédito privado do PPSP, com redução dos limites de aplicação. 

Plano Petros-2
No PP-2, uma das mudanças é que todos os novos aportes em FIPs terão que, obrigatoriamente, passar por aprovação do Conselho. “É uma novidade em relação à política anterior e, ao nosso juízo, muito positiva”, reitera o diretor. 

Já o somatório da renda variável, FIP e renda variável global (investimento no exterior) deverá ser inferior a 30% dos investimentos do plano. Antes não existia limite para o somatório, mas individualmente o teto para investimento em renda variável era de 25%; FIP, 5% e renda variável global, 1%. Hoje as três carteiras estão bem abaixo deste percentual, somando cerca de 16% do patrimônio do PP-2. 

Também será avaliada a redução do limite de 15% para aplicações em crédito privado. Movimento semelhante deverá ocorrer nos investimentos estruturados e na carteira de participações. 

Vale para todos
Por fim, independentemente do modelo do plano de benefícios, o conselho também aprovou a alteração do benchmark (referencial de mercado a ser alcançado) dos fundos de investimentos imobiliários. A rentabilidade a ser alcançada passa dos atuais IPCA + 5,5% para IPCA + 6%. Na prática significa dizer que os planos perseguirão uma rentabilidade mais alta. 

Segundo o diretor de Investimentos da Petros, ainda podem ocorrer novas alterações pontuais que foram propostas pela diretoria e que estão em debate.

O que muda na política de investimentos dos planos da Petros:
  • No PPSP, aumento de aplicações em títulos públicos, que estão pagando juros atrativos.
     
  • Redução de aplicações em Bolsa de Valores no PPSP.
     
  • Ainda no PPSP, o somatório de recursos em renda variável, FIP e renda variável global (investimento no exterior) será reduzido nos próximos cinco anos, para ficar abaixo de 50%.
     
  • No PP-2, novos aportes em FIPs terão que, obrigatoriamente, passar por aprovação do Conselho.
     
  • O somatório da renda variável, FIP e renda variável global no PP-2 deverá ser sempre inferior a 30% dos investimentos do plano.
  • Nos fundos de investimentos imobiliários, a rentabilidade a ser alcançada terá que ser maior: passa dos atuais IPCA + 5,5% para IPCA + 6%.

 

Fonte: Petros


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