Nov 30, 2024

Informalidade do emprego no Brasil cai de 55% para 40% em 10 anos

Categoria: Noticias
Acessos: 414 times

Na última década, a informalidade do emprego no Brasil teve redução acentuada, de 55% em 2002 para 40% em 2012, segundo estudo da McKinsey encomendado pelo Instituto para o Desenvolvimento do Varejo (IDV) e apresentado nesta quinta-feira em evento de comemoração dos dez anos da entidade. Excluindo-se a ocupação agrícola, a queda foi ainda maior no período, de 60% para 42%. O único país com evolução semelhante nessa mesma comparação foi a África do Sul, cujo índice diminuiu de 51% para 33%.

A diminuição do nível de informalidade ocorreu em todos os segmentos da economia, mas foi mais expressiva no comércio, de acordo com o estudo. Nesse segmento, a fatia do emprego informal caiu 18 pontos percentuais na última década, de 54% para 36%. Nesse período, o comércio tornou-se o principal setor em termos de participação no emprego, ultrapassando o setor agrícola.

Segundo Ari Kertesz, sócio da consultoria, o movimento se refletiu na expansão da classe média e no avanço do (Produto PIB per capita, que aumentou a uma média de 2,5% de 2002 a 2012. Na década anterior, a alta foi bem menor, de 1,1%. “Somos um país de classe média, mas para nos tornarmos um país desenvolvido temos muito caminho pela frente”, disse Kertesz, já que, na média dessas nações, o percentual de empregos infformais é de 20%.

Por outro lado, segundo o consultor, outra gama de fatores impediu uma redução maior da informalidade, que ainda é um empecilho a um maior ganho de produtividade da economia brasileira. Como exemplos, citou a piora do ambiente de negócios, a regulamentação trabalhista defasada e a carga tributária elevada. “Em questões estruturais, poucas coisas mudaram”, disse.

Para que a informalidade continue em trajetória de redução, ela precisa voltar a ser tema prioritário da agenda do governo, na avaliação de Kertesz, o ambiente de negócios precisa melhorar, é preciso atualizar a legislação trab alhista e simplificar o sistema tributário.
Fonte: Valor Econômico


Facebook