NOVA PROPOSTA DA PETROBRÁS GARANTE GANHO REAL DE ATÉ 3% E PAGAMENTO DE TRÊS NÍVEIS PARA 34.460 APOSENTADOS E PENSIONISTAS
O Conselho Deliberativo da FUP avaliou detalhadamente a nova proposta que foi apresentada pela Petrobrás e subsidiárias na quarta-feira, 24, e indicou a sua aprovação nas assembleias, que deverão ser iniciadas imediatamente.
A proposta elevou o reajuste na RMNR de 7,58% para 9,71%, o que representa um ganho real entre 2,36% e 3%. A Petrobrás também estenderá para 34.460 aposentados e pensionistas os níveis recebidos pela ativa em 2004, 2005 e 2006, o que representará um reajuste de 12,49% em seus benefícios. A empresa elevou ainda o valor do abono proposto, que agora passa a ser de 1,06% sobre a soma da RMNR mais o ATS ou R$ 7.668,00, o que for maior.
Em relação às cobranças da FUP sobre recomposição de efetivos, a Petrobrás criará um fórum de negociação específico para tratar desta questão, como determina a cláusula 96 do ACT. Quanto às pendências do Acordo Coletivo referentes a regimes de trabalho, a empresa concordou que a compensação das horas trabalhadas nos dias 24 e 31 de dezembro no regime administrativo sejam discutidas com os sindicatos e não mais impostas pelas gerências, como vinha ocorrendo. No que diz respeito à atividade especial em horário administrativo (cláusula 105 do ACT), o Conselho Deliberativo indicou que proposta feita pela Petrobrás seja discutida pelos sindicatos, que se posicionarão na próxima reunião da Comissão de Regimes.
Proposta conquistada
Ganho real acima da média
A proposta conquistada pelos petroleiros representa um ganho real superior ao que foi conquistado no ano passado (1,82% a 2,33%) e também ao que vem sendo garantido pela maioria das categorias.Estudo do Dieese com base em cerca de 400 negociações coletivas acompanhadas pelo órgão aponta que 45% das categorias que obtiveram ganhos reais conquistaram índices entre 1% e 2% acima da inflação e outros 20% garantiram de 2% a 3% de aumento.
Categorias em luta |
Ganho real |
Petroleiros (proposta para as assembleias) |
Média de 2,7% |
Bancários (continuam em negociação) |
0,61% nos salários e 1,08% no piso |
Correios (já aprovaram o acordo) |
0,16% |
Metalúrgicos (acordos do 1º semestre) |
Média de 2,14% |
Demais categorias (acordos do 1º semestre) |
Média de 1,54% |
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Fonte: FUP