Os trabalhadores petroquímicos realizaram, nesta quarta, 18, durante cerca de três horas, mais uma manifestação para forçar as empresas Braskem, Innova, Borealis, Lanxess KELL e Oxiteno a avançarem nas negociações. Durante a atividade, que reuniu o pessoal do ADM e do turno que pegava às 8h, os trabalhadores reiteraram a rejeição da proposta das de reajuste salarial escalonado (percentual diferente para a categoria) apresentada pelas empresas e reiteraram a contraproposta da categoria. A manifestação aconteceu próxima ao Polo, no km 423 da Rodovia BR 386.

Os trabalhadores também deixaram claro a sua indignação com a forma discriminatória com que as empresas têm tratado a negociação e as diferenças de índices apresentados aqui e em outras regiões.  Alguns dos itens reivindicados pelos trabalhadores do Polo gaúcho inclusive já são pagos pelas empresas em outras regiões, tanto que, em algumas, a negociação já está encerrada.

Segundo o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Petroquímicas de Triunfo (SINDIPOLO),  esta atitude demonstra o descaso com que as empresas vêm tratando a questão e representa uma postura, que não condiz com um processo de negociação. “Buscamos um reajuste digno, auxílio-educação para os trabalhadores de todas as empresas  - hoje só os da Braskem recebem o benefício -, entre outros itens”, informa o presidente da entidade, Carlos Eitor Rodrigues, acrescentando que desde setembro as empresas conhecem as reivindicações da categoria.

Os trabalhadores buscam reajuste salarial de 8%, sem escalonamento; auxílio educação para os trabalhadores da Braskem, Innova, Lanxess KELL, Borealis e Oxiteno; abono de férias de 80% de um salário, mais 1/3 de lei; extensão do auxílio-creche também para o trabalhador (homem); Vale Alimentação (VA) mensal de R$ 250,00, entre outros itens.

A categoria não descarta o fortalecimento das manifestações, caso as empresas mantenham sua postura  e não avancem na negociação.

Sindipolo