Sindipetro-NF
Falta de itens de alimentação, problemas com a qualidade dos produtos e número reduzido de trabalhadores na área são as três reclamações mais presentes nos relatos feitos pelos petroleiros da Bacia de Campos ao Sindipetro-NF (Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense). As plataformas, que já foram conhecidas popularmente por oferecerem bons alimentos em seus restaurantes, hoje registram problemas que, na avaliação do sindicato, não poderiam fazer parte da rotina de uma atividade altamente lucrativa como a do petróleo.
O levantamento foi feito em 41 plataformas, das 46 em operação na região. Destas, 12 citaram problemas com a “falta de itens de alimentação”; 12 com a “péssima qualidade na alimentação”; e 10 com o “baixo efetivo na hotelaria”. Outras nove apontaram falta de produtos de higiene e sete registraram infestação por vetores (insetos e larvas).
Também foram lembrados pelos petroleiros a falta de higiene nos ambientes comuns e nos camarotes (6); falta de condições de higiene em banheiros (6) e o mau estado da rouparia (6), entre outros itens.
“Os petroleiros atuam em um trabalho confinado e perigoso, e é condição básica que sejam tratados com dignidade. É inadmissível que uma empresa como a Petrobras, uma das maiores do mundo, permita que suas unidades passem por problemas como estes”, protesta o coordenador geral do Sindipetro-NF, José Maria Rangel.
O levantamento feito pelo sindicato foi realizado após a entidade ter recebido relatos de alguns petroleiros sobre os problemas. O Sindipetro-NF, então, indicou aos trabalhadores que aproveitassem recentes assembléias da Campanha Reivindicatória, entre os dias 21 e 25 de Setembro, para que registrassem as suas reclamações. A sistematização dos itens citados foi concluída hoje. Os números servirão de base para cobranças por melhorias junto à empresa e, se necessário, a denúncias a órgãos fiscalizadores.