Nov 24, 2024

Direção dos Correios rejeita proposta negociada pelo TST e confirma intransigência

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CUT

 

A Federação Nacional dos Trabalhadores dos Correios e Telégrafos reuniu-se na quarta (19) com os representantes da ECT para uma audiência de conciliação referente à Campanha Salarial. O objetivo era um acordo entre as partes para por fim a greve dos trabalhadores que atinge todo o país.


Na audiência, a ministra do TST, Maria Cristina Peduzzi, propôs um reajuste de 5,2% sobre todos os salários e benefícios, aumento linear de R$ 80 e reajuste de 8,84% sob os vales alimentação e refeição. Além disso, a ministra propôs a criação de mesas temáticas para discutir questões raciais, de gênero, anistia e condições de trabalho na empresa.


A ECT rejeitou a proposta oferecida pelo TST, o que demonstra, novamente, descaso e falta de interesse em negociar com os trabalhadores. A empresa alega que o crescimento das receitas este ano é de 8% e o de despesa com pessoal é de 18%. O impacto gerado passaria de R$ 455 milhões para R$ 854,6 milhões, ou seja, mesmo assim a empresa continuaria com lucro e se negou sequer a continuar discutindo em nova audiência de negociação proposta pela Fentect.


O TST então decidiu levar a julgamento o pedido de dissídio protocolado pela ECT na última semana, já que as partes não chegaram a um acordo. Ficou decidido ainda que a ministra relatora do processo será Katia Arruda. Trabalhadores e Empresa terão até a próxima segunda-feira, 24, para se manifestarem.


O Comando de Negociações e Mobilização da Fentect orienta que os trabalhadores continuem mobilizados e firmes na luta para que possamos dobrar a intransigência da ECT.


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