Diretoras da FUP participam de diversas agendas sobre Transição Energética

A Transição Energética é uma pauta urgente e necessária. A Federação Única dos Petroleiros tem uma intensa atividade nesse sentido, e tem elaborado nos últimos anos propostas concretas para avançar numa Transição Energética que seja justa com os trabalhadores e trabalhadoras e com as comunidades atingidas no caminho da transformação da matriz energética. Nesse sentido, as diretoras da FUP, Miriam Cabreira, e Bárbara Bezerra têm participado nos últimos dias de atividades onde apresentaram as propostas da categoria petroleira e debateram sobre o assunto.

Cabreira, diretora da FUP e presidenta do Sindipetro RS, afirmou: “estamos fazendo esse processo de diálogo com a sociedade civil, com o movimento ambientalista e com os demais sindicatos para divulgar para a sociedade a proposta da FUP para uma agenda de Transição Energética Justa, soberana e popular para o setor de óleo e gás e desmistificando algumas questões referentes a para quais caminhos a transição energética tem que andar, qual é o papel da Petrobrás, o que que a gente espera que a Petrobrás faça nesse processo”. A diretora disse ainda, que a FUP busca também discutir o Brasil: “Nós estamos defendendo a necessidade de um caminho público, com as estatais protagonistas, uma transição energética que tenha uma coordenação estatal para mitigar os impactos sociais, para mitigar também os riscos de encarecimento da energia e até mesmo o desabastecimento”.

Bárbara Bezerra, aponta que “a Transição Energética que a FUP defende, só será justa se ela for popular e democrática e se combater a pobreza energética”. Na visão da diretora, isso só acontecerá se ela for constituída com a classe trabalhadora, com os movimentos sociais e com a escuta dos povos atingidos, originários, quilombolas, o pessoal do MAB, os pequenos agricultores, todos nós”. E acrescenta: “O povo precisa ter voz para explicar quais são as necessidades da trans energética e da democratização energética, e também o modelo de diversificação energética ele tem ser escolhido pelas pessoas envolvidas nele, não dá pra dizer que simplesmente fazer eólica ou energia solar é uma solução cabível para o país inteiro”.

No dia 16 de setembro, a diretora da FUP e do Sindipetro NF, Bárbara Bezerra, participou do lançamento da publicação “Petrobras de que precisamos”, elaborado pelas organizações que integram o Grupo de Trabalho Clima e Energia, do Observatório do Clima.

O documento traz um conjunto de medidas para reorientar o portfólio da Petrobras,
priorizando fontes renováveis e de baixo carbono, e prevendo uma rápida e significativa
redução das emissões diretas da empresa, contribuindo, para uma transição
energética justa no Brasil. A FUP criticou que o estúdio não tenha ouvido a voz dos trabalhadores da empresa para elaborar as propostas.

A FUP entende que a categoria petroleira tem que entrar em cheio nessa discusão. Cabreira afirma: “Essa é uma discussão do presente, não é uma discussão do futuro. As decisões estratégicas estão sendo tomadas agora, e elas também dizem a respeito do futuro dos nossos empregos e o futuro da nossa Petrobrás, essas coisas estão sendo decididas agora e é por isso que a categoria petroleira tem que estar participando ativamente”.

Seminário da ABI

A FUP participou do I Seminário de Meio Ambiente da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), para discutir o papel da imprensa diante dos desafios ambientais críticos e suas consequências sociais no Brasil. No evento, Bárbara Bezerra analisou o panorama atual do Brasil em relação à produção da energia e reafirmou a necessidade de democratização da energia no país. Ao mesmo tempo, reafirmou que a Petrobrás tem a capacidade de liderar o processo de Transição Energética Justa no Brasil.

Plataforma Operária e Camponesa da Água e da Energia

No dia 17 de setembro, em Xerém, foi realizado o Seminário nacional “Realidades e Perspectivas da Transição Energética na Ótica dos Trabalhadores”, organizado pela Plataforma Operária e Camponesa da Água e Energia (POCAE), que reuniu movimentos populares, institutos de pesquisa, sindicatos, organizações da sociedade civil e partidos políticos, para transição energética como produto de soberania popular, ferramenta para as lutas da classe trabalhadora e as perspectivas para os movimentos populares, a partir de uma análise histórica e geopolítica. Durante o evento foi elaborado um documento para ser levado à COP 30.

Debate com as CUT´s do Norte

A atividade, organizada pelas filiais da Central Única dos Trabalhadores do Norte do Brasil (CUT Acre, CUT Pará, CUT Amazonas, CUT Amapá, CUT Roraima, CUT Rondônia), e realizada de forma virtual, debateu desafios e propostas para a Transição justa. Miriam Cabreira participou junto com Bárbara Bezerra, e ambas aprofundaram nos desafios para a classe trabalhadora na luta por uma transição energética que garanta dignidade para os trabalhadores e trabalhadoras e não aumente a precarização e a retirada de direitos. Nesse sentido, foi discutido o papel das empresas estatais nesse sentido e a importância da luta pela transição energética justa estar atrelada à luta contra as privatizações. A FUP colocou também sua posição em relação à Margem Equatorial brasileira. A Federação defende que a área seja declarada como área estratégica e seja revisto o modelo de exploração, com a Petrobrás protagonista, derrubando o leilão realizado pela Agência Nacional do Petróleo (ANP).

Atividade da FUP aprovada na COP 30

O Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) divulgou nesta quinta-feira (25) o resultado da seleção de painéis da sociedade civil que integrarão a programação dos Pavilhões do Brasil na 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), que ocorre entre os dias 10 e 21 de novembro em Belém do Pará.

A atividade Transição Energética Justa para o Sul Global: trabalho decente e combate a pobreza energética, promovida pela Federação Única dos Petroleiros e a Central Única dos Trabalhadores (CUT), foi aprovada, e vai ocorrer no dia 13 de novembro, no pavilhão azul da Conferência. Em breve, divulgaremos mais informações.