CUT-RS repudia ataques aos direitos e condena sonegação de impostos no ato em defesa da previdência pública

A CUT-RS repudiou os ataques aos direitos dos trabalhadores e apontou a necessidade de aumentar o combate à sonegação de impostos, durante o ato do Dia Nacional de Luta em Defesa da Previdência Pública, realizado na manhã desta terça-feira (31), em frente ao prédio do INSS, no centro de Porto Alegre. Houve manifestações das centrais sindicais e associações de aposentados. Ao final, os participantes deram um abraço simbólico à sede do INSS.

“Em vez de propor uma nova reforma da previdência, o governo ilegítimo, golpista e interino de Michel Temer deveria apertar a fiscalização pra cima dos empresários porque recursos bilionários que podiam ser arrecadados acabam sendo sonegados e fazem muita falta não somente para a previdência, mas também para a saúde, a educação e a segurança pública, dentre outras áreas prioritárias para o atendimento da população”, afirmou o secretário de Relações do Trabalho da CUT-RS, Antonio Guntzel.

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Sonegômetro

Ele destacou que o sonegômetro nacional, elaborado pelo Sindicato Nacional dos Procuradores da Fazenda Nacional (Sinprofaz), revela que de 1º de janeiro deste ano até hoje o Brasil perdeu em sonegação de impostos, em média, mais de R$ 215,227 bilhões.

Já o sonegômetro estadual, criado pelo Sindicato dos Técnicos Tributários do Rio Grande do Sul (Afocefe Sindicato), aponta que no mesmo período o Rio Grande do Sul está perdendo com a sonegação de ICMS, em média, mais de R$ 3,007 bilhões . Os números, em tempo real, podem ser conferidos e acompanhados no site da CUT-RS.

Antonio ressaltou que “os ataques dos golpistas não envolvem apenas os direitos previdenciários, mas um conjunto de direitos e conquistas da classe trabalhadora”. Não foi de graça que a Fiesp e outras federações empresariais apoiaram o golpe do impeachment. “Querem que o trabalhador pague o pato para aumentar os lucros das empresas, o que é inaceitável”, frisou.

O presidente da CTB-RS, Guiomar Vidor, salientou que a reforma da previdência que Temer está planejando vai beneficiar os ricos, uma vez que o filho do empresário vai trabalhar, em média, 30 anos para se aposentar, enquanto o filho do trabalhador vai ter que trabalhar, em média, 40 anos. “Os trabalhadores vão acabar sustentando a aposentadoria dos ricos”, denunciou.

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