O indicativo da FUP de greve por tempo indeterminado no Sistema Petrobrás, a partir da próxima segunda-feira, 15, foi aprovado massivamente pela categoria petroleira nas assembleias de base, realizadas nestas duas últimas semanas. Seguindo as determinações legais, os 14 sindicatos filiados estão enviando o comunicado de greve à empresa, comprometendo-se a garantir as necessidades essenciais de abastecimento da população.
De Norte a Sul do Brasil, os trabalhadores e as trabalhadoras das unidades operacionais e administrativas da Petrobrás e subsidiárias participaram das assembleias, demonstrando a indignação e a revolta com o desrespeito da gestão Magda àqueles que constroem os resultados da empresa. Não por acaso, a greve foi aprovada por unanimidade em diversas bases.
Os petroleiros exigem o atendimento dos três eixos da campanha reivindicatória que foram aprovados nas assembleias: distribuição justa da riqueza gerada, fim dos PEDs e reconhecimento da Pauta pelo Brasil Soberano, com suspensão dos desimplantes e das demissões no E&P.
R$ 37,3 bi para os acionistas e 0,5% de ganho real para os trabalhadores
Enquanto a Petrobrás já desembolsou, somente nos primeiros nove meses deste ano, R$ 37,3 bilhões para pagamento de dividendos, a categoria recebe uma contraproposta de Acordo Coletivo com meio por cento de ganho real, além de uma série de retrocessos e diferenciações de direitos entre os trabalhadores da holding e das subsidiárias. Uma provocação!
A categoria quer respeito, dignidade e uma justa distribuição da riqueza gerada. A greve aprovada nas assembleias é por um ACT forte, que resgate direitos perdidos nos governos Temer e Bolsonaro e que garanta qualidade de vida e condições decentes de trabalho para todos os trabalhadores, inclusive os prestadores de serviço.
Esse é um dos eixos da campanha reivindicatória, assim com a solução para os Planos de Equacionamento dos Déficits da Petros, os famigerados PEDs, que causam perdas financeiras imensas à categoria, sobretudo aos aposentados e pensionistas, que acumulam dívidas e descontos altíssimos em seus benefícios.
Desde o início da negociação coletiva, a FUP e seus sindicatos deixaram claro para a gestão da Petrobrás que o fim dos equacionamentos é ponto central para o fechamento do ACT. É inadmissível que, após quase três anos de negociações, a empresa não avance na apresentação de uma proposta que coloque um ponto final nos PEDs.
Em vez disso, a gestão Magda prefere apostar no impasse, atropelando o processo de negociação coletiva com medidas unilaterais em plena campanha reivindicatória, como tem feito em relação ao E&P, impondo desimplantes forçados e demissões sem justificativas.
Nesta segunda-feira, 15, a partir da zero hora, os trabalhadores e as trabalhadoras do Sistema Petrobrás deflagram greve nacional para barrar os ataques e os retrocessos que ameaçam a retomada de direitos e o avanço nas conquistas da categoria petroleira.
Por um basta às arbitrariedades da gestão Magda e por respeito àqueles que constroem os resultados da empresa e dedicam suas vidas por uma estatal forte, integrada e comprometida com o desenvolvimento nacional.
Petroleiros e petroleiras, luta e resistência!
FUP