Após 11 mortes em 2012, Petrobrás se recusa a apresentar balanço das práticas de SMS para os trabalhadores. FUP discute saída do GT paritário de SMS

Diante deste e outros fatos que comprovam a inércia e o desinteresse da empresa em avançar, de fato, nos trabalhos do Grupo Paritário de SMS, que se reúne desde setembro do ano passado, a FUP resolveu se retirar da reunião e discutir com a direção colegiada da Federação a possibilidade de interromper a continuidade das reuniões do GT.

Para os representantes da Federação, os debates sobre mudanças na política de SMS para os trabalhadores do Sistema Petrobrás é de extrema importância, mas não pode ser uma via de mão única, por isso, a FUP não vai aceitar que a empresa utilize o GT para dizer que está discutindo com os trabalhadores, melhores práticas de saúde e segurança. A falta de vontade política de mudar a sua política de SMS escancara a máxima que permeia grande parte do corpo gerencial da companhia, de que a morte faz parte do negócio.

Incêndios

Nas mesmas semanas em que houve duas mortes no Sistema Petrobrás, também ocorreram dois incêndios na Estação de Rio Pardo. O acidente ocorreu no Sistema OSPLAN, responsável por transferir produtos processados leves como dieesel, gasolina, nafta e QAV, que abastecem as refinarias do Sistema Petrobrás. Felizmente, os incêndios não causaram vítimas fatais.