Muitas são as situações de risco dentro da Refap, mas uma se destaca: a Casa do Cloro, localizada junto a ETA. O vazamento do gás cloro sempre foi considerado um dos cenários de risco na refinaria. Infelizmente esse cenário vem sendo negligenciado pela gestão. Havia um projeto de troca de todo o sistema por um mais moderno e de menor risco, mas aparentemente foi deixado de lado. Enquanto isso a atual casa vai se deteriorando e os equipamentos de segurança também.
Para entender, o gás cloro vem acondicionado em cilindros pressurizados. Um cenário possível de acidente é o vazamento do gás nas conexões junto aos cilindros ou no corpo do mesmo. A primeira atitude a tomar seria tentar conter esse vazamento. Um operador usando máscara de ar autônoma com a ajuda do “kit de vazamentos”, composto por peças que se adaptam as várias situações, faria a tentativa. Caso não adiantasse, a próxima ação seria mergulhar o cilindro numa piscina com produtos para neutralizar o gás.
Fica óbvio que para atuar bem nessa situação de estresse é necessário treinamento, que, como muitos outros, ocorre lá de vez em quando ou não ocorre. Mas mesmo que houvesse esse treino, descobriríamos que o kit, que se encontra na casa, está deteriorado, enferrujado e possivelmente não vedaria o vazamento. Para terminar de descrever o grave cenário, o sistema de neutralização de gás cloro, para onde o produto poderia ser desviado e neutralizado, minimizando os efeitos do vazamento, está inoperante há anos.
Assim que fomos informados, cobramos da gestão da refinaria uma solução para essa questão. Mas, não basta, é importante a priorização do projeto do novo sistema. O Sindicato está buscando a solução interna, mas caso necessário procurará as autoridades competentes para denunciar essa situação.
Caso você saiba de outras situações semelhantes de risco, entre em contato através do denuncia@sindipetro-rs.org.br.