CUT-RS e centrais sindicais convocam para Ato contra ataques de Trump na sexta (1°)

A CUT-RS, Centrais Sindicais e movimentos sociais estão se mobilizando para o Dia Nacional de Mobilização pela Soberania Nacional nesta sexta-feira (1°), às 17h na Esquina Democrática. O Ato é uma resposta contra os ataques de Trump, contra a soberania nacional brasileira e a data escolhida marca o início da taxação de 50% sobre as nossas exportações aos Estados Unidos, o que deve provocar desemprego e perdas na economia do Brasil.

Para a CUT-RS, ir para rua defender o Brasil é compromisso de todos os trabalhadores e trabalhadoras. “A nossa resposta precisa ser nas ruas, não podemos baixar a cabeça e ceder aos ataques de Trump e da família Bolsonaro na nossa democracia. Estamos diante de um ataque à soberania nacional, um ataque contra a população e aos trabalhadores que também serão afetados pela taxação. Queremos cobrar que medidas de amparo aos empregos sejam criadas pelo governo” pontua o presidente da CUT-RS, Amarildo Cenci.

1º de agosto é uma data carregada de simbolismo para o povo brasileiro já que Por isso, é importante que a população saia às ruas em todo o país em defesa de nossa soberania.

 

Saiba quais são as pautas defendidas pela CUT-RS no Dia Nacional de Mobilização:

 

Fim da escala 6×1

A escala de seis dias de trabalho para um de descanso prejudica a saúde e a convivência familiar dos trabalhadores. Essa lógica exaustiva imposta pelo mercado retira o direito ao descanso digno e à vida fora do trabalho. Defender o fim da escala 6×1 é lutar por um trabalho mais humano, com mais dignidade para quem produz a riqueza do país.

 

Isenção de IR para quem ganha até R$ 5 mil

A luta é por justiça tributária: quem ganha até R$ 5 mil não pode continuar sendo tratado como se fosse rico. É hora de aliviar o peso dos impostos sobre os ombros de quem sustenta o país com seu trabalho.

 

Taxação dos super-ricos

Enquanto a classe trabalhadora paga impostos sobre salário, consumo e serviços básicos, os milionários seguem com lucros e dividendos isentos de tributação. O Brasil está entre os países que menos taxam os super-ricos no mundo. A proposta é simples: quem tem mais, paga mais. Taxar os grandes patrimônios, heranças milionárias e lucros financeiros é essencial para combater as desigualdades e financiar políticas públicas.

 

Redução da jornada de trabalho

Com os avanços tecnológicos e o aumento da produtividade, é possível trabalhar menos e viver melhor. Reduzir a jornada semanal de trabalho é uma pauta histórica do movimento sindical e pode gerar mais empregos, melhorar a saúde mental e física da população e garantir mais tempo para o lazer, a família e a vida pessoal. Países como França, Alemanha e Islândia já experimentam modelos com jornadas reduzidas e melhores resultados sociais.

 

Combate à pejotização e precarização

Além de retirar a renda do trabalhador, a pejotização irrestrita acabará com o financiamento da casa própria e investimentos de infraestrutura, que são feitos via FGTS, a arrecadação da Previdência Social, colocando em risco o pagamento das aposentadorias, o Sistema S, que é pago sobre o valor da folha de pagamentos das empresas e impostos municipais, estaduais e federais, abrindo um rombo no orçamento do país, provocando um caos econômico e social.

 

Não ao PL da devastação

Na calada da noite, de forma completamente nefasta e mal-intencionada, foi aprovada a PL 2.159/2021, a PL da Devastação, como os movimentos socioambientalistas tem chamado. Foram 267 votos a favor e 116 votos contra. Este projeto permite a autodeclaração e dispensa análise técnica prévia, além de enfraquecer a participação de importantes órgãos técnicos do país como o ICMBio, a Funai, e o IPHAN.

 

Pelo fim do genocídio em Gaza

As forças israelenses mataram quase 60 mil palestinos em ataques aéreos, bombardeios e tiroteios desde que lançaram sua ofensiva contra Gaza em resposta aos ataques a Israel pelo grupo Hamas, que matou 1,2 mil pessoas e capturou 251 reféns em outubro de 2023. O Brasil irá ingressar formalmente em ação movida pela África do Sul na Corte Internacional de Justiça contra Israel por genocídio na Faixa de Gaza.

 

Os motivos dos ataques de Trump

Dizendo que o governo e o judiciário brasileiro perseguem o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que pode ser preso por tentativa de golpe de Estado, o atual presidente dos EUA Donald Trump, que também tentou um golpe de Estado em 6 de janeiro de 2021 data em que o Congresso norte-americano se reuniu para ratificar a eleição em 2020 de Joe Biden, tem na verdade interesses econômicos e políticos para defender Bolsonaro.

Os ataques de Trump ao governo brasileiro nada mais são do que tentativas para beneficiar as empresas norte-americanas que estão perdendo dinheiro com o PIX, e de olho nas terras raras onde estão minerais essenciais para a indústria bélica e de tecnologia. O Brasil é o segundo maior produtor mundial desses minérios, atrás apenas da China.

 

CUT-RS