Os funcionários do Banco do Brasil mandaram um recado à direção do Banco do Brasil nesta terça-feira, 30 de abril, Dia Nacional de Luta. Além do protesto contra o Plano de Comissões, os bancários denunciaram a truculência, o assédio moral, as ameaças de demissão via ato de gestão e as práticas antissindicais.
A data de 30 de abril foi definida como dia de mobilização após a implantação unilateral do novo plano e o cancelamento de uma reunião no início de abril, em Brasília, em que os sindicatos iriam apresentar as suas reivindicações de mudança na proposta.
”Queremos que o banco exerça um papel de banco publico de verdade e não como tem feito nos últimos anos. Além de impor metas individualizadas, o BB é a instituição que menos tem negociado com os trabalhadores, optando pela truculência ou a falta do diálogo”, afirmou o diretor do SindBancários e funcionário do BB, Julio César Vivian.
”A lógica do BB tem sido a exploração do cidadão e dos clientes, com a imposição de tarifas abusivas, vendas casadas, taxas de mercado. O banco tem que regular o mercado e não obrigar a população a pagar mais por seus serviços. Neste Dia de Luta queremos denunciar a destruição do Plano de Cargos e Salários e a pressão do banco para que os colegas assinem termos de migração ao novo plano. Foi criado um clima de terror entre o funcionalismo”, apontou Ronaldo Zeni, funcionário do banco e diretor da Fetrafi-RS.
”O banco é do Brasil e não da direção que está ocupando os cargos no momento. Não pode agir como se fosse um banco privado. Estamos promovendo este ato para denunciar essas polítcas e manifestar nossa indignação contra os desmandos do BB”, declarou o diretor da Fetrafi-RS, Arnoni Hanke.
O descontentamento do funcionalismo está com a redução salarial imposta para as novas Funções Gratificadas de 6 horas e com o novo valor do Adicional de Função Gratificada, definido pelo banco em 10% do valor do VR da função. Os comissionados de 8 horas também ficaram revoltados com o novo valor estabelecido para o Adicional de Função de Confiança e só aderiram ao novo plano porque o banco pressionou a todos.
O plano ainda ataca os direitos conquistados desde a retomada das greves, como os 36% de aumento real no piso e 16% nas gratificações de funções. O plano reduz ainda as gratificações de funções e elimina a percepção da conquista da carreira de mérito.
SindiBancários