A FUP participa nesta sexta-feira, 19, da audiência pública na Câmara Municipal de Natal que irá debater "A atual situação dos investimentos da Petrobrás no Rio Grande do Norte". A Federação também acompanhou nessa quinta-feira, 18, a reunião que a presidenta da Empresa, Maria das Graças Foster, teve com parlamentares do estado e com o Sindipetro-RN, cuja pauta tratou dos investimentos da Petrobrás nos campos maduros de produção e as perspectivas de novos projetos exploratórios e de revitalização dessas áreas.
A retração de investimentos tem impactado os trabalhadores não só no Rio Grande do Norte, como também na Bahia e no Espírito Santo, comprometendo o desenvolvimento econômico de diversos municípios.
A presidenta da Petrobrás afirmou que serão mantidos os investimentos no custeio dos atuais ativos da UO-RNCE e anunciou que até o final de abril a estatal fechará novos contratos de prestação de serviço. Graça Foster também reiterou que em maio os trabalhadores que foram demitidos em função da desativação dos antigos contratos serão recontratados.
No último dia 12, os parlamentares do Rio Grande do Norte realizaram uma grande audiência pública na Câmara Municipal de Mossoró, onde foram discutidos os impactos da retração dos investimentos da empresa na região que concentra a maior produção terrestre de petróleo do país. A audiência elencou uma série de questionamentos que foram documentos na "Carta de Mossoró", entregue pessoalmente nesta quinta-feira à Graça Foster. O documento foi construído conjuntamente com o Sindipetro-RN e outras entidades representativas dos trabalhadores, que denunciam a interrupção de cerca de cinco mil postos de trabalho na região, em função da descontinuidade dos contratos da Petrobrás com as empresas prestadoras de serviço.
A FUP continuará se articulando, cobrando não só dos gestores da Petrobrás, como também do governo, a revitalização dos campos maduros de petróleo. Essa é uma luta histórica da Federação, que mobilizou recentemente a sociedade brasileira contra a tentativa de privatização dos campos maduros, durante a discussão da legislação que regulamentou a exploração e produção do pré-sal. Na ocasião, os empresários chegaram a incluir no projeto de capitalização da Petrobrás que a empresa deveria abrir mão de grande parte dos seus ativos terrestres, mas, por pressão da FUP e de seus sindicatos, o texto foi vetado pelo então presidente Lula. A defesa dos campos maduros é, portanto, uma luta contínua em defesa da soberania nacional e contra os privatistas de plantão.
FUP