FUP
As mulheres petroleiras estão somando forças e construindo uma plataforma de reivindicações e lutas. Através da organização sindical, elas querem assegurar o direito a um ambiente de trabalho sem discriminações e que respeite o universo da mulher, que representa hoje 17% dos trabalhadores da Petrobrás. A grande maioria dessas petroleiras atua em áreas administrativas, sendo que praticamente 50% delas estão lotadas nos escritórios. Apesar da Petrobrás ser presidida por uma mulher, apenas 6% dos cargos de liderança são ocupados por petroleiras, sendo que menos de 2% têm autonomia de decisão.
Os dados da Petrobrás provavelmente são muito semelhantes aos das demais empresas do setor petróleo. Por isso, o empoderamento da petroleira, seja no ambiente de trabalho ou nas demais esferas da sociedade organizada, como os sindicatos e o poder público, será um dos temas abordados no I Encontro Nacional de Petroleiras Fupistas, que acontecerá entre os dias 05 e 07 de abril, no Rio de Janeiro, cujo tema será "Lugar de mulher é onde ela quiser! E ela quer estar em todos os lugares!".
Organizado pelo Coletivo Nacional de Mulheres Petroleiras, em conjunto com a FUP e seus sindicatos, o Encontro discutirá o enfrentamento aos assédios moral e sexual, que ainda são recorrentes na Petrobrás e nas demais empresas do setor, bem como bandeiras de luta e reivindicações específicas do universo da mulher petroleira. O evento pretende reunir trabalhadoras de todas as bases do país e terá uma programação com palestras e atividades culturais. "Queremos respeito e nossos direitos assegurados no ambiente de trabalho, nas lutas da nossa categoria, nos espaços públicos e privados. A organização e a unidade das mulheres petroleiras é o caminho", destaca Marbe Cristina Noguerino, coordenadora provisória do Coletivo Nacional de Mulheres Petroleiras, cujo regimento interno será definido durante o Encontro Nacional, quando também será eleito o colegiado de representantes.
O Coletivo foi criado no ano passado durante a III Plenafup e é resultado de debates regionais de mulheres petroleiras. A idéia ganhou força nos encontros que aconteceram em março de 2012, em São Paulo e na Bahia e se solidificou na Plenária Nacional da FUP. No segundo semestre, as mulheres petroleiras do Rio Grande do Norte e da Região Sul ampliaram a luta com novos encontros e em janeiro deste ano, o Coletivo foi formalizado em uma reunião na sede da FUP, no Rio de Janeiro.
Atualmente, o Coletivo conta com a participação de petroleiras de São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Norte, Duque de Caxias, Norte Fluminense, Minas Gerais, Bahia, Espírito Santo e Rio Grande do Sul. O I Encontro Nacional de Petroleiras Fupistas poderá ter até três representantes por sindicato e também das oposições reconhecidas. Assim que for definida a programação e datas de inscrição, a FUP divulgará em seus boletins e em seu sítio na internet. Quem quiser obter mais informações sobre o evento pode entrar em contato com a coordenadora do Coletivo, Marbe Cristina, através do e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.