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Apesar das diversas advertências feitas pelo Sindipetro-BA, denunciando as condições precárias de trabalho e segurança nas estações dos campos de produção terrestre do estado, a Petrobrás nada fez e continua colocando em risco a vida dos trabalhadores. O resultado foi a morte de um vigilante que prestava serviços para a empresa na Estação Almeida, uma das bases operacionais do campo de Taquipe, no Recôncavo Baiano. Cláudio Alves da Silva, 40 anos, foi assassinado em serviço, durante um assalto à estação no último dia 15.
Uma morte anunciada, que poderia ter sido evitada se a Petrobrás atendesse as reivindicações que o Sindipetro vinha cobrando há nove meses, para garantir a segurança dos trabalhadores nas estações de produção do interior do estado. Essas unidades são cercadas por arames farpados, sem qualquer infraestrutura que evite a vulnerabilidade dos operadores e vigilantes. Vítima da irresponsabilidade e do descaso dos gestores da Petrobrás, que têm cortado investimentos nos campos terrestres, Cláudio perdeu a vida de forma precoce e, lamentavelmente, previsível.
Ele era contratado da empresa MAP há três anos, mas já era vigilante antigo das estações do campo de Taquipe, tendo, inclusive, sido vítima de calote por uma das empresas que o empregaram antes. Cláudio deixa órfão um filho adolescente, de apenas 15 anos.
Dia de luto e luta - petroleiros param Taquipe por 24 horas
Para protestarem contra a morte do companheiro e, mais uma vez, cobrarem condições seguras de trabalho, petroleiros próprios e terceirizados da Petrobrás que atuam em Taquipe paralisaram por 24 horas suas atividades nesta segunda-feira (18). Segundo o Sindipetro-BA, a paralisação teve início às 6 horas de hoje e nenhuma operação está sendo realizada nas estações ligadas ao campo de produção. Os trabalhadores do administrativo voltaram para casa e também não está sendo realizada a troca de turno.