FUP convoca a categoria a votar nas duas propostas construídas pelo movimento sindical para garantir a transição energética justa. As propostas mais votadas serão apresentadas pelo presidente Lula na COP 29. Votação termina no dia 26 de agosto
[Da comunicação da FUP, com informações do Sindipetro RS]
Por meio da plataforma Brasil Participativo, a FUP, o Sindipetro RS e a CUT estão defendendo duas importantes propostas para o Plano Clima Participativo, que tem como objetivo formular ações em parceria com a sociedade civil para reduzir a emissão de gases de efeito estufa e os impactos das mudanças climáticas.
O governo federal realizou, entre julho e agosto, encontros em diversas cidades e biomas por todo o Brasil para debater o plano e receber propostas que estão sendo votadas pela população na plataforma Brasil Participativo. As ideias mais votadas serão apresentadas pelo presidente Lula na COP 29 (Conferências das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas), no Azerbaijão, em novembro deste ano.
O coordenador-geral da FUP, Deyvid Bacelar, e a presidenta do Sindipetro RS e diretora da federação, Miriam Cabreira, apresentaram duas propostas, com foco na transição energética justa. A votação segue até o dia 26 de agosto e é fundamental que todas as trabalhadoras e trabalhadores participem votando nas duas propostas apoiadas pela FUP e pela CUT.
São elas:
Transição Energética Justa Centrada no Trabalho, assinada por Miriam Cabeira, que pode ser votada no link https://bit.ly/transicaoenergeticajusta
A proposta consiste no desenvolvimento de um plano de transição energética justa centrada no trabalho, considerando as particularidades brasileiras, e permitindo que as regiões e o mundo do trabalho contribuam efetivamente na elaboração dessa política com objetivo de desenvolver tecnologia, gerar empregos de qualidade e com perspectiva social e de gênero.
Fundo soberano para financiar a Transição Energética Justa, de autoria de Deyvid Bacelar, cujo link é https://bit.ly/fundosoberanopratransicaojusta
O objetivo é criar Fundos Soberanos Subnacionais voltados para a Transição Energética Justa, com financiamento dos setores industriais de maior contribuição para o PIB nacional, como a indústria petrolífera, e pelos setores que mais impactam as emissões de gases de efeito estufa, particularmente aqueles ligados ao uso inadequado da terra. Os recursos desses fundos deverão subsidiar ações emergenciais e de longo prazo nas esferas estaduais e municipais para ampliar a capacidade brasileira de captura de carbono e promover setores industriais verdes e de maior complexidade, como aqueles relacionados à produção de combustíveis sustentáveis e fertilizantes verdes.
Para votar, é preciso acessar um link de cada vez, fazer o login com o CPF e confirmar o voto.
O coordenador da FUP ressalta que a transição energética justa é reafirmar os direitos de trabalhadores, trabalhadoras e comunidades impactadas pelas novas fontes de energia. “Em Candiota, no Rio Grande do Sul, houve grande impacto na qualidade de vida e milhares de trabalhadores e trabalhadoras perderam seus empregos quando o carvão deixou de ser a principal fonte energética. Por essa razão, a FUP e a CUT estão apresentando duas propostas, a criação dos Fundos Soberanos subnacionais, e a transição energética justa centrada no trabalho”, afirma Bacelar, destacando que essas propostas contribuirão para mobilizar recursos tanto para medidas de adaptação como de mitigação, promovendo, a um só tempo, a preservação e restauração das florestas e a descarbonização da matriz energética nacional.
A diretora da FUP, Miriam Cabreira, explica que a proposta apresentada leva em consideração as particularidades do nosso país. “O Brasil é uma exceção no mundo, porque 75% das nossas emissões dos gases de efeito estufa não vêm de fontes de energia, porque nós já temos uma das matrizes energéticas mais limpas no mundo”, afirma
Ela lembra a importância da categoria participar do processo, votando até o dia 26 de agosto nas propostas construídas pelas entidades sindicais. “Por isso, nós da CUT e da FUP convidamos vocês a votarem na nossa proposta para uma transição energética justa, centrada no trabalho, para que a gente possa garantir não só que os empregos e a geração de renda de qualidade fiquem no nosso país, mas que também essa transição energética ocorra no nosso país a partir da nossa realidade. Não a gente copiando ideias de outros países, não a gente importando os equipamentos já produzidos de outros países, e sim a gente desenvolvendo a nossa própria tecnologia e produzindo aqui no nosso país tudo o que for necessário para essa transição energética justa ocorrer”, ressalta.