A FUP retomou nesta sexta-feira, 16, as negociações com a Petrobrás para a construção de um único plano de cargos e salários que atenda a todas as trabalhadoras e trabalhadores, independentemente de exercerem ou não função gratificada e do local onde atuem.
Na primeira reunião da Comissão, realizada, no dia 25 de julho, a FUP propôs uma metodologia de reuniões temáticas, a partir a partir dos pontos apresentados pelas direções sindicais. A Petrobrás, no entanto, ignorou as reivindicações, levando a FUP a retirar-se da mesa da semana passada (08/08), em sinal de protesto.
Nesta terceira reunião da Comissão, os representantes da empresa, em atendimento às cobranças da FUP, fizeram uma apresentação de dados atualizados sobre o perfil do efetivo, sua distribuição por cargos, ênfases e níveis no PCAC e no PCR, além de informações sobre critérios adotados para aumento de mérito e progressão salarial.
A FUP chamou atenção para o desafio entre a teoria e a prática, quando a gestão apresentou a sua visão sobre os planos de cargos, destacando que o modelo que pode aparentar funcionar bem no papel, não tem aderência na prática, pois não envolveu os trabalhadores no debate. Foi enfatizado que os desvios e distorções acontecem e é preciso criar instrumentos que reduzam as subjetividades e injustiças cometidas nos processos de avaliação e de distribuição de níveis.
As representações sindicais reforçaram a cobrança que vem sendo feita desde o ano passado, que é a isonomia do PCAC em relação ao PCR, destacando que o modelo do novo plano de cargos defendido pela FUP será tema de debate da 11ª Plenafup, que acontecerá entre os dias 27 e 30 de agosto, no Paraná.
As lideranças sindicais reafirmaram que o processo de negociação é, portanto, o melhor caminho para construir um único plano de cargos que seja o mais próximo possível da realidade do dia a dia dos trabalhadores e que espelhe seus anseios e necessidades. Daí a importância de se ouvir a categoria, como vem fazendo a federação ao divulgar a pesquisa que subsidiará a negociação com a Petrobrás, como destaca a diretora da FUP, Cibele Vieira.
“Entendemos que esse debate deve ser realizado de uma forma ampla. Como se dá a organização das atividades exercidas por todos nós no Sistema Petrobrás, como isso se organiza por funções, como é a progressão na carreira, que tipo de conhecimento a gente tem que ter para exercer cada atividade, a distribuição entre júnior, pleno e máster, a nossa justa remuneração pelo que cada um de nós exercemos no dia a dia da empresa, são questões que influenciam diretamente na negociação do novo plano de cargos e carreiras”, explica.
É fundamental que as trabalhadoras e os trabalhadores do Sistema Petrobrás respondam a pesquisa que a FUP disponibilizou e que subsidiará a negociação do novo plano de cargos. O formulário está online e leva menos de dez minutos para ser respondido. Mas, atenção: a pesquisa ficará aberta até o dia 23 de agosto. A partir desta data, as informações coletadas serão sistematizadas para que possam embasar os debates que serão realizados na Plenafup, com o objetivo de construir uma proposta de plano de cargos e salários que atenda às necessidades da categoria petroleira.
“Essa pesquisa é muito importante para compreendermos melhor o dia-a-dia concreto das trabalhadoras e trabalhadores do Sistema Petrobrás e mapear possíveis formas de preconceitos e práticas que podem prejudicar ou não cada pessoa no exercício de sua atividade e na progressão de carreira. Por isso, pedimos dados pessoais para garantir a confiabilidade da pesquisa, pois, para que seja auditável, precisamos saber se os respondentes são mesmo petroleiros do Sistema Petrobrás”, explica Cibele.
“Os dados da pesquisa serão confrontados com os dados estatísticos da empresa para conseguirmos avançar em um plano de cargos único, justo e igualitário para todos nós” reforça a diretora da FUP.
FUP