Os trabalhadores da Estrutural e da Engevale decidiram na manhã dessa terça-feira (02), através de assembleia, encerrar a greve deflagrada no último dia 27 de março. Os trabalhadores da Estrutural, representados pelo Sindicato dos Metalúrgicos, aceitaram o acordo proposto na semana passada, a partir da mediação no Tribunal Regional do Trabalho (TRT4).
No sábado (30), o vice-presidente do TRT4, Desembargador Alexandre Correa da Cruz, reconheceu “a abusividade no exercício do direito de greve no movimento deflagrado pela categoria profissional”. A decisão foi anunciada e esclarecida aos trabalhadores/as na assembleia de ontem (1º) e na manhã de hoje, devido às implicações, que iam desde a computação de faltas não justificadas com a perda de direitos previstos no Acordo Coletivo de Trabalho vigente, até o desconto do salário referente aos dias não trabalhados, foi encaminhado o fim da paralisação.
Em negociação com a Estrutural, o Sindicato conseguiu a permanência dos avanços alcançados no Tribunal, que são: 2% de antecipação no reajuste dos salários; pagamento de R$10,00 por dia trabalhado para a primeira alimentação do dia (café da manhã) no mês de abril; 280h de abono para todos os contratos por prazo determinado, observadas as condições estabelecidas no Acordo Coletivo de Trabalho (ACT); Observância das regras referentes ao espaço confinado; limpeza diária dos banheiros; adequação do número de chuveiros e a inclusão de 15 minutos dentro da jornada de trabalho para o banho.
Em relação aos dias de paralisação, as partes acordaram sobre o abono de todos os dias, exceto a parada de ontem (1º), que deverá ter as horas compensadas.
Engevale
O TRT4 também julgou a greve abusiva, por isso, os trabalhadores da Engevale, representados pelo STICC, retornaram aos postos de trabalho, mas se avanços. Em mediação com o TRT4, ficou acertado que não terá punições aos grevistas e nem desconto dos dias de paralisação. Também ficou estabelecido uma comissão de negociação com a empresa sobre a pauta de reivindicações.
Refap
Paralelo às negociações (dos sindicatos com as empresas), a gestão da Petrobrás está estudando uma forma de viabilizar uma convenção coletiva entre os Sindicatos e as prestadoras de serviços. Desta forma os salários e benefícios dos trabalhadores vão passar a ser iguais entre todas as empresas.