Petroleiros de várias regiões do país fizeram manifestação nesta quarta-feira, 23, em frente ao Edifício Senado (Edisen), atual sede da diretoria da Petrobrás, no Centro da cidade do Rio de Janeiro, em defesa da Fundação Petrobrás de Seguridade Social (Petros). O Sindipetro-RS esteve representado pela presidenta Miriam Cabreira.
Convocado pela Federação Única dos Petroleiros (FUP), Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) e outras entidades representantes dos petroleiros, o movimento teve por objetivo pressionar a Petrobrás a pagar dívidas com o fundo de pensão, acabar com os programas de equacionamento de déficit que penalizam os trabalhadores, e aumentar a representação da categoria na diretoria da Fundação.
Em sua fala, a presidenta do Sindipetro-RS, Miriam Cabreira, apontou a necessidade de mudança na gestão da Petros: “Esse ano é um ano emblemático. A gestão, além de indicar os seus dirigentes, ainda maquia, deixando lá gestores de direita, atrapalhando os nossos problemas. Temos um período de quatro anos pela frente, mas precisamos resolver o quanto antes, se não resolvermos agora, nessa janela de oportunidade, será muito difícil resolver no futuro. Temos que resolver os nossos problemas através da luta e da disputa. Por isso é muito importante estarmos atentos na eleição do conselho deliberativo e fiscal da Petros. Precisamos eleger um conselho que tenha o compromisso de resolver as nossas questões.
“O foco central desse ato é pressionar a Petrobrás, para que ela continue as mudanças no conselho deliberativo da Petros. Ainda tem pessoas indicadas que estão no conselho e não ajudam no processo de negociação com entidades sindicais à respeito do déficit da Petros. É necessária essa mudança para que a Petrobrás, que deve à Fundação em torno de R$ 20 bilhões, possa sanar esse déficit a partir de um grande acordo que precisa ser feito, principalmente com a FUP que tem uma ação judicial desde 2001”, destacou o coordenador-geral da FUP, Deyvid Bacelar, durante a manifestação. Ele lembrou que é preciso “acordo nos autos do processo para que possa acabar de forma definitiva com o sangramento no bolso dos aposentados e pensionistas”.
Segundo Tezeu Bezerra, diretor da FUP e coordenador- geral do Sindipetro-NF, “o governo Bolsonaro foi cruel para o trabalhador. Esse ato é um chute final que os petroleiros querem dar na gestão bolsonarista que ainda insiste em permanecer na Petrobrás. Estamos aqui para dar um basta nisso e lembrar que ainda tem bolsonarista tentando se eleger no Conselho da Petros”.
Os petroleiros estão em campanha para eleição dos conselhos Deliberativo e Fiscal da Petros, que ocorrerá entre os dias 29 de setembro e 9 de outubro. O Conselho Deliberativo, órgão máximo da Petros, é responsável pela aprovação da política geral de administração da Fundação e de seus planos. A FUP e a FNP se uniram no pleito, em defesa das aposentadorias, com a chapa “Unidos pelo Futuro da Petros.”
Com informações, FUP