CUT
A luta por garantias de direitos para as pessoas com deficiência, diferentemente de momentos anteriores em que as ações estavam voltadas ao mero assistencialismo e aportadas no modelo médico, sem uma efetiva organização das pessoas com deficiência, apresenta hoje um momento importante.
Momento este de maior organização dos/as trabalhadores/as ancorado em ações da Central Única dos Trabalhadores que ao longo da história teve um papel preponderante, de vanguarda na defesa dos direitos dos/as trabalhadores/as com deficiência, não só pela existência de um Coletivo Nacional como pela formulação e acompanhamento de políticas sociais específicas.
Assim, neste 21 de setembro, Dia Nacional de Luta das Pessoas com Deficiência, a Central estará realizando atividades descentralizadas por todo o Brasil.
Em São Paulo, por exemplo, a CUT-SP realiza ato público nesta sexta (21), a partir das 12h na Praça do Patriarca. O objetivo é chamar atenção para as dificuldades enfrentadas pelas pessoas com deficiência no cotidiano e apresentar as reivindicações da Central na luta pela inclusão no mercado de trabalho e por políticas públicas inclusivas. Durante a programação será criado um mural de impressões com frases e depoimentos de pessoas com deficiência, além de apresentação teatral entre outras intervenções.
No processo organizaconal dos/as trabalhadores/as com Deficiência, a CUT, através da Secretária Nacional de Políticas Sociais e do Coletivo Nacional de Trabalhadores/as com Deficiência, lançou em 2010 a Campanha Nacional pelos Direitos para os/as Trabalhadores/as com Deficiência, dirigida principalmente aos sindicatos de base, com o objetivo de sensibilizar o movimento sindical cutista para essa importante luta, que é a garantia de direitos, no seu sentido mais amplo e também sindical, da classe trabalhadora que é deficiente.
A Campanha foi lançada também em diversos estados. A partir das ações nos sindicatos, a CUT espera que as entidades organizem os coletivos de trabalhadores (as) com deficiência, para que em conjunto com suas direções, definam quais as propostas específicas devam entrar nas minutas de reivindicações.
Além disso, é preciso que nossas entidades sindicais garantam as condições de participação em todas as atividades, fazendo adaptações em suas sedes, jornais e sites acessíveis, interprete de libras nas assembleias e todas as atividades de massa.
Por fim, é fundamental que essas lutas específicas não estejam descoladas das lutas gerais. A defesa dos direitos dos/as trabalhadores/as com deficiência é parte de uma luta mais ampla, de defesa dos interesses imediatos e históricos da classe trabalhadora, pela construção de uma sociedade justa, igualitária e sem preconceitos.