A decisão da Petrobrás de dar continuidade a essa obra é formidável e, além de ampliar a oferta de derivados, trará um grande impulso à indústria de óleo e gás e à economia regional e nacional.
A medida, segundo informou a estatal, foi fundamentada em criteriosa reavaliação do Projeto Rnest e a obra se mostrou economicamente atrativa, com base nas premissas do Plano Estratégico 2023-2027. O principal objetivo da Petrobrás, com a conclusão dessa planta, é expandir a capacidade de refino do país, em atendimento à demanda do mercado interno por derivados de petróleo. Quando o trem 2 estiver pronto, a capacidade de produção nacional deve aumentar em cerca de 13 milhões de litros de diesel S-10 por dia.
A Rnest foi a última unidade de refino entregue pela Petrobrás. A refinaria entrou em funcionamento no final de 2014 e sua construção foi interrompida poucos meses depois. As obras foram abandonadas por conta da Operação Lava Jato, que apontou indícios de superfaturamento na construção.
Faz oito anos que a Rnest está com suas obras paradas. Ela, que é a mais moderna do Brasil, está conectada ao sistema logístico nacional e desempenha um papel estratégico no desenvolvimento do Nordeste do país.
O fato é que se a construção da Rnest tivesse sido concluída, hoje nosso país teria mais combustíveis e a Petrobrás estaria vendendo mais e, consequentemente, gerando mais caixa. Quanto a Petrobrás e o Brasil perderam com essa paralisação? Esta pergunta precisa de resposta.
Felizmente, a visão estratégica do acionista controlador e da atual gestão da companhia mudou. Implantar a Rnest com toda sua capacidade (260 mil barris/dia) é maravilhoso. Mas penso que precisamos avançar mais e resgatar o projeto original do Comperj, mutilado pela gestão bolsonarista, rever os “TCCs” com o Cade, nas áreas de refino e gás, e reavaliar as vendas de ativos importantes como Rlam, Reman, SIX, TAG, NTS, BR, Albacora Leste e tantos outros…
Blog Rosangela Buzanelli