Neste final de semana, sexta (23) e sábado (24), os petroleiros e petroleiras têm um importante compromisso. Nestes dias será realizado o XXXVIII Congresso Estadual dos Petroleiros e Petroleiras do RS, que este ano terá como tema “Energia para acelerar o coração do Brasil”. O encontro acontecerá no CEPE a partir das 18h na sexta, e das 9h às 12h, no sábado. As inscrições vão até às 12h do dia 22 de junho e podem ser feitas através do telefone (51) 99894.3814 ou através do e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo., com o assunto “Congresso Estadual RS 2023”, informando nome completo, e-mail e celular. As teses e sugestões de pauta devem ser entregues no momento da inscrição.
UM CONGRESSO ESPECIAL
Este ano, o Congresso Estadual dos Petroleiros e Petroleiras acontece num momento especial. Será o primeiro encontro presencial pós-pandemia e, também, está sendo realizado num momento de esperança frente a um governo democrático, que tem estabelecido o diálogo com a categoria desde os primeiros dias, quando os petroleiros foram chamados a participar dos grupos de trabalho que ajudaram a construir diretrizes para os projetos do governo. Também ocorre com uma gestão na empresa aberta ao diálogo e que tem criado espaços para a categoria, estabelecendo um novo patamar de negociações.
Depois de anos de descaso e de ataques à categoria e à empresa, com as constantes ameaças de privatização, incluindo a Refap, o que tornava a luta dos petroleiros e petroleiras praticamente a defesa das conquistas e contra a privatização da Petrobrás, agora está se desenhando um momento onde, vencida a questão da privatização – embora seja um tema que está sempre na pauta da categoria – se poderá avançar em questões que são de extrema importância, como a reposição dos efetivos, questões do ACT que estiveram paralisadas nos últimos anos e o resgate de direitos que foram retirados dos petroleiros pelas gestões bolsonaristas da empresa.
Não menos importante serão os debates para tratar do resgate do que foi vendido pelo governo anterior e outros temas que se deram a partir do desmonte promovido na empresa, como as transferências compulsórias e o preocupante estado de saúde física e mental da categoria petroleira, resultado dos anos de ataques e de ameaças do projeto de destruição da empresa e que exigiu um trabalho permanente de resistência dos trabalhadores e trabalhadoras.
O Congresso Estadual também é o momento de construir e definir as pautas dos petroleiros e petroleiras gaúchas que serão levadas ao debate nacional no XIX Congresso Nacional da FUP (ConFUP).
IMPORTÂNCIA DA PARTICIPAÇÃO
O Congresso Estadual, cujo tema indica um momento de esperança e de renovar as energias para fortalecer a Petrobrás, uma das principais empresas para a geração de emprego, de riquezas e de desenvolvimento para a recuperação do país, ou, de forma metafórica, o verdadeiro “coração” do Brasil, é fundamental neste momento. Não só porque propicia fazer uma avaliação retrospectiva, mas também apontar rumos futuros, depois de um longo e desgastante processo de destruição da empresa e da própria categoria.
O encontro estadual e na sequência, o nacional, precisam traduzir de forma efetiva e plural, um retrato da categoria, de suas necessidades e anseios e, por isso, a participação de cada um e de cada uma é muito importante. Serão apenas algumas horas para definições de questões que poderão fazer a diferença para a categoria. Especialmente considerando que as deliberações dos trabalhadores e trabalhadoras, tanto em nível estadual como nacional, serão levadas às negociações com a empresa nos GTs, nas negociações do Acordo Coletivo e em outros espaços de debates.
Nos últimos anos as ações da categoria se concentraram, fundamentalmente, em defender a empresa e as conquistas do Acordo Coletivo frente aos constantes ataques dos gestores bolsonaristas e do próprio governo. Agora, há a perspectiva não só de recuperar algumas perdas, mas de avanços reais no Acordo Coletivo, abrindo espaço para demandas represadas nos últimos anos.
NEM TUDO SÃO FLORES
Mas como nem tudo são flores, é importante, ainda, fazer uma reflexão sobre a atual conjuntura levando em conta que apesar da eleição de um governo comprometido com a Petrobrás e com os trabalhadores, ainda há uma forte influência do bolsonarismo, que continua vivo no Congresso Nacional e em outros espaços que ameaçam constantemente os projetos desenvolvimentistas, de soberania nacional e de fortalecimento da Petrobrás.
Há, em cargos chaves, como o Banco Central, o verdadeiro time dos contra, que não perdem qualquer oportunidade de tentar ressuscitar o projeto entreguista, neoliberal e antidemocrático e que somam forças para impedir qualquer projeto que dialogue com os trabalhadores e com a recuperação de direitos e do que foi destruído.
Na própria Petrobrás, foram necessários mais de quatro meses para que o governo pudesse, de fato, tomar as rédeas da empresa e não sem antes enfrentar ameaças e ações de pessoas dentro da estatal que trabalhavam pela continuidade do esquartejamento promovido na empresa pelo governo anterior.
HÁ MUITO O QUE FAZER
Os ventos sopram a favor. Mas ainda há muito que fazer. O governo eleito em outubro de 2022 e que iniciou em janeiro deste ano, é um governo em permanente disputa. Portanto, a hora não é de abandonar a luta.
Ao contrário, ela é extremamente necessária para fortalecer a Petrobrás. E isso exige muita dedicação e participação da categoria. Os congressos são momentos importantes para este debate e para a definição de diretrizes e estratégias para esta caminhada.
Participe do Congresso Estadual e vamos construir juntos uma agenda de lutas a ações que conduzam a categoria e a Petrobrás para o lugar que lhes cabe na reconstrução do país.
Programação:
Sexta-feira, 23 de junho de 2023
18h – Credenciamento;
18h30 – Abertura e lançamento do selo de 60 anos do Sindipetro-RS;
19h - Painel de Conjuntura I
"O futuro da Petrobrás no RS" - Miguel Rossetto, Deputado Estadual PT-RS;
19h20 – Painel de Conjuntura II
“A Petrobrás no cenário político nacional” – Sérgio Borges Cordeiro, diretor administrativo e de finanças da FUP/dirigente do Sindipetro-NF
19h40 – Painel de Conjuntura III
“O que podemos esperar do ACT na era Lula” – Cloviomar Cararine, economista do Dieese;
20h – Rodada de perguntas;
21h – Coquetel e confraternização “Arraiá do Sindipetro-RS” com show especial “Sons do Nordeste” com Lili Fernandes e Bando
23h59: encerramento.
Sábado, 24 de junho de 2023
9h – Recepção (café da manhã);
9h30 - Votação do Regimento (a leitura deverá ser prévia e apenas serão discutidos pontos levantados. O regimento será enviado na sexta, 23, para os inscritos);
10h - Discussão das teses e propostas da negociação coletiva e deliberações;
10h30 – Discussão da pauta reivindicatória;
11h30 - Eleição de delegados e delegadas para o XIX ConFUP, 16º CECUT e 14º CONCUT;
12h – encerramento.
“Energia para acelerar o coração do Brasil”