Nov 24, 2024

Ato dos petroleiros do RS pressiona contra privatizações no Sistema Petrobras

Petroleiros e petroleiras do Rio Grande do Sul amanheceram nesta sexta-feira (24) em frente à Refinaria Alberto Pasqualini (Refap), em Canoas, na região metropolitana de Porto Alegre, protestando contra a continuidade da política de privatizações no Sistema Petrobras. O ato foi organizado pelo Sindipetro-RS e contou com a participação da CUT-RS.

O protesto marcou o dia nacional de mobilização convocado pela Federação Única dos Petroleiros (FUP) e seus sindicatos. De norte a sul do país, trabalhadoras e trabalhadores próprios e terceirizados fizeram manifestações, cobrando o cumprimento da determinação do governo Lula de suspensão da venda de ativos da maior empresa pública do Brasil.

“Tá na hora de já ir embora”

Um dos recados enviados pelos manifestantes para a atual direção bolsonarista da Petrobras foi: “tá na hora de já ir embora”. Outro foi a necessidade de parar a venda de ativos da estatal.

No último dia 17, a diretoria da Petrobrás publicou “fato relevante” para reiterar a continuidade da venda da Lubnor (CE) e dos polos de produção do Rio Grande do Norte e do Espírito Santo, na contramão da orientação do governo Lula.

“Apesar de quase três meses do governo Lula, ainda temos a diretoria e o Conselho de Administração da Petrobras, indicados pelo ex-ministro Paulo Guedes do governo Bolsonaro, que desrespeitam as ordens do Ministério das Minas e Energia (MME), para que a empresa paralise todas as privatizações que estavam em andamento”, afirmou a presidente do Sindipetro-RS, Miriam Cabreira.

“Continuamos na resistência contra os processos de privatização”, ressaltou a dirigente. “A atual direção da Petrobras tem que tomar semancol e se mandar porque esse projeto já foi derrotado nas urnas”, frisou Miriam, ressaltando que o “o novo governo já disse que não é para privatizar mais nada”.

Governo Lula já mandou suspender as privatizações

Em documento enviado à estatal, em 1º de março, o MME havia solicitado a suspensão por 90 dias da venda dos ativos que estão em andamento.

O presidente nomeado por Lula para a Petrobrás, Jean Paul Prates, ocupa interinamente o cargo, pois precisa ser referendado pela Assembleia Geral Ordinária (AGO) dos acionistas.

Somente na quarta-feira (22), após pressão das entidades sindicais e sob a iminência de uma greve dos petroleiros, o Conselho de Administração aprovou a nova diretoria, que tomará posse no próximo dia 29.

A decisão sobre os processos de privatização que tiveram início na gestão de Bolsonaro, mas não foram concluídos, deverá ser pauta da próxima reunião do Conselho de Administração da Petrobrás e a deliberação final caberá à Assembleia Geral Ordinária (AGO) dos acionistas, prevista para 27 de abril.

Fonte: CUT-RS

 

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