Sindicato convoca para o Ato em Apoio aos trabalhadores, nesta quinta (9), às 7h, em frente à REFAP
Na manhã dessa quarta-feira (8), seguranças particulares, a mando das contratantes, coagiram os trabalhadores terceirizados da parada de manutenção da Refap a não descerem do ônibus, tentando impedir a participação na assembleia. Um segurança, com um spray de pimenta na mão, trancava a porta interna do ônibus, que fica logo atrás do motorista. Diariamente os trabalhadores estão relatando perseguições e intimidações a mando da empresa, além da ameaça de multa diária por parte da justiça. Há relatos de que seguranças particulares chegaram a jogar spray de pimenta no rosto de alguns grevistas que descansavam na sombra. O Sindipetro-RS já cobrou a gestão da Refap a tomar providências quanto a essas denúncias, pois obrigar estes trabalhadores a entrar na empresa pode ocasionar consequências ainda piores.
Diante do absurdo presenciado nessa quarta-feira, o Sindicato convoca os petroleiras e as petroleiras para um Ato em Apoio aos trabalhadores terceirizados da Parada de Manutenção, nesta quinta-feira (9), às 7h.
O movimento grevista teve início no dia 30 de janeiro. Depois de diversas assembleias, estado de greve e mediações no TRT-4, os trabalhadores decretaram greve na sexta-feira (3). O Sindipetro-RS tem acompanhado as mobilizações e dado todo seu apoio e suporte a estes profissionais.
Os cerca de 4.500 trabalhadores terceirizados das empresas Estrutural, Estel, Engevale, Contratec e Darcy Pacheco, que estão atuando na Parada de Manutenção na Refap, reivindicam por melhores condições de trabalho e de salário. Muitos vêm de outros estados, pagam caro para se deslocar e ainda estão recebendo cerca de 30% menos que nas demais refinarias, apesar de a Petrobrás estar pagando o mesmo valor às empresas contratadas. Eles buscam ajuda de custo, reembolso das passagens, estabilidade para os trabalhadores da Comissão que está negociando, aumento dos valores para alimentação, aumento das horas prêmio ao término da Parada, participação no Programa de Lucros e Resultados (PLR), adequação salarial em acordo com as demais refinarias do Brasil, previsão de direitos trabalhistas nos contratos (40% da multa de rescisão e seguro-desemprego), e o pagamento de 100% nas horas extras aos sábados.